Capítulo 26

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      Eu e o Eduardo ficamos lado a lado, escondidos atrás da parede de rosas, até ouvirmos barulhos de passos.

      - Vem mais pra cá - o Eduardo sussurrou pra mim e eu fui.

      - Daqui a pouco você vai querer sentar na minha cabeça - falei com um tom de raiva pro Eduardo que estava escorando os braços na minha cabeça.

      - Para de reclamar - ele falou colocando um pouco de pressão nos braços - se não piora - ele falou e eu me virei na hora pra protestar.

      - Olha aqui seu... - não deu tempo de terminar de falar porque ouvimos passos novamente e o Eduardo no mesmo instante me puxou pela cintura pro meio das rosas.

      Ficamos parados alguns segundos ali, no meio das rosas - que estava cheias de espinhos e estavam me furando - até que os barulhos de passos pararam.

      - Você fez eu me furar toda - falei levantando o rosto enfurecido pro Eduardo - vou ficar toda marcada.

      O Eduardo não falou nada, apenas continuou com as mãos na minha cintura e olhando dentro dos meus olhos. Trocamos olhares durante alguns milésimos de segundos, até ele tirar uma das mãos da minha cintura, apóia-lá no meu pescoço e me puxar pra um beijo.

      Minha nossa senhora da bicicletinha, fiquei paralisada. Oque eu faço agora? Eu nem acredito que isso esteja acontecendo! Sério, por que ele tá fazendo isso? O que deu nele? Será que ele bebeu? Não! A boca dele tá com gosto de marshmallow. Sera que ele viu o rosto de outra pessoa em mim? Não! Isso acontece só em novelas mexicanas. Será que ele sente algo por mim? "Você tá ficando louca é? Isso não aconteceria nem em seus sonhos" (minha consciência fez questão de responder por mim). Por que será que ele fez isso? Essa é a pergunta que não quer se calar.

      Enquanto eu me afogava em perguntas mentais sem sentido, não percebi que tinha colocado minhas mãos em volta do pescoço dele e tinha levantado os pés. O Eduardo beija muito bem, embora eu não possa qualificar um beijo como bom ou ruim, porque esse é o meu primeiro, mas se tivesse que dá uma nota, eu daria dez,porque o beijo dele é muito bom.

      O tempo passou e continuamos ali nos beijando como se não houvesse amanhã, até que a falta de ar fez com que nós dois nos separarmos. Encostei minha cabeça no seu peitoral enquanto tentava regularizar a respiração e tentava pensar em alguma coisa pra dizer, mas nada me veio a mente, não tinha nada pra dizer e pelo que parecia ele também não. O silêncio entre nós dois era estranho e constrangedor e eu estava da cor das rosas vermelhas que estavam atrás de nós, até a voz da Miranda nós salvar daquele momento incomodo.

      - Luma... Cade você? - ouvi a Mi gritar de longe e sai de trás da parede.

      - Estou aqui - falei acenando pra ela.

      - Estava te procurando, você desapareceu.

      - Por cinco minutos - falei.

      - O que aconteceu? Que arranhados são esses Luma? - Mi me perguntou.

      - Nada - respondi.

      - Como nada? Você tá toda surrada - ela falou, foi quando o Eduardo apareceu - foi ele que machucou você não foi?!

      - Miranda para de paranoia, são só umas marquinhas e ele não fez isso por querer, só estava me ajudando me esconder de você - expliquei.

      - Te ajudando te dando uma surra? Nem aqui nem na China isso é ajuda - ela falou brava - eu vou te mostrar o que acontece quando encostam na minha melhor amiga - ela falou ameaçando o Eduardo.

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