Capítulo 34

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      Acordei sem saber onde estava, dei uma olhada em volta e percebi que estava em um hospital, tentei me lembrar o que eu estava fazendo aqui, mas nada me ocorreu, olhei no relógio e vi que eram duas horas da tarde. Tentei me levantar mas não consegui, meu corpo doía muito, então comecei a ficar desesperada.

      - Calma, calma, está tudo bem - uma enfermeira falou entrando rapidamente no quarto.

      - O que eu estou fazendo aqui? Quem é você? - perguntei a enfermeira que eu nunca tinha visto, ela não parecia uma boa pessoa.

      - Sou a enfermeira contratada para cuidar de você.

      - Há quanto tempo eu estou aqui? - perguntei sentindo tudo girar.

      - Cinco dias - ela falou se aproximando.

      - O que é isso? - perguntei apontando pra seringa na mão dela.

      - É um anestésico - não pera, eu acabei de acordar e ela já está tentando me dopar, tinha uma quantidade muito grande de anestésico naquela seringa.

      - Há quanto tempo você está me dopando? - perguntei começando a me desesperar.

      - Não estou te dopando senhora.

      - Tá sim - ela começou a injetar o remédio no soro que ia pra minha veia - SOCORRO, SOCORRO, EDUARDO, SELENA - comecei a gritar enquanto tentava tirar a agulha do meu braço.

      - O que está acontecendo aqui? - ela perguntou entrando no quarto junto com o Eduardo.

      - Ela estava tentando me matar - falei com os olhos lacrimejando - por que eu estou aqui? O que aconteceu comigo?

      - Você não se lembra de nada? - o Eduardo perguntou assustado.

      - Do que eu deveria me lembrar?

      - Você sofreu uma queda - o Eduardo falou com cuidado como se eu fosse retardada, então foi como se um flash passasse na minha mente e me lembrei, eu cai da escada, mas não estava sozinha.

      - Tinha alguém comigo, não tinha? - perguntei.

      - A Maitte - a Selena falou com cautela, mas não adiantou nada, eu surtei.

      - Cadê ela? - perguntei desesperada - o que aconteceu com ela? - comecei a chorar.

      - Calma ela está bem, não aconteceu nada de grave a ela - a Selena falou passando as mãos nos meus cabelos pra me acalmar.

      - Onde ela está?

      - Está na minha casa, ela ficou aqui no no hospital em observação mas já foi liberada. A mais afetada foi você.

      - Eu vou poder andar de novo? - perguntei temendo a resposta.

      - Vai sim - a Selena respondeu sorrindo - você está sentindo dor por causa da queda, mas está tudo bem.

      - Vamos mãe, ela tem que descansar - o Eduardo falou.

      - Não me deixem sozinha aqui, por favor - pedi com os olhos lacrimejando.

      - Luma está tudo bem, a Violet vai cuidar de você - a Selena falou de uma forma carinhosa.

      - Eu não quero ficar sozinha com ela - falei desesperada.

      - Vai ficar tudo bem - ela falou e saiu.

...

      - Você não foi uma boa menina - a Violet falou se aproximando de mim.

      - Sai de perto de mim.

      - Não grita garota, não queremos ninguém aqui,não é?!

      - SOCORRO, SOCORRO - comecei a gritar, mas, de repente tudo tudo começou a girar. Ouvi de longe a Selena entrar no quarto e perguntar se estava tudo bem, porque ouviu gritos e a Violet responder que estava tudo bem, então eu fui engolida por uma escuridão profunda.

      Escuridão, medo e frio, é tudo que vejo, é tudo que sinto. Não tem mais nada aqui, nada mesmo, eu grito por socorro mas ninguém me escuta, tento correr mas minhas pernas estão pesadas demais, choro e não há lagrimas, só a escuridão.

      Eu tenho que acordar desse pesadelo, eu preciso... O problema é que eu não consigo, as coisas só pioram aqui, quanto mais o tempo passa mais me sinto impotente, está mais difícil viver aqui, é como se eu estivesse morrendo aqui também.

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