Capítulo 84

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Bjus e boa leitura.

Uma semana depois

      - O que é isso? - perguntei olhando o cartão que o Matt deixou em cima da mesa.

      - Nada de mais. Só um cartão que ganhei no hospital.

      - Feliz aniversário? - repeti a frase que estava no cartão - é seu aniversário?

      - Sim.

      - E você não ia me contar? - perguntei indignada.

      - Não tem tanta importância.

      - É claro que tem, é seu aniversário. Vamos comemorar.

      - Já são quase dez da noite, eu não vou a lugar nenhum - ele falou e se jogou no sofá.

      - Que não vai. Você vai sim! Levanta essa bunda dai e vai se arrumar.

      - Você é muito chata sabia? - ele resmungou enquanto se levantava.

      - Sim. Eu sempre soube. Agora vá se arrumar.

      Depois de devidamente arrumados eu o Matt, a Miranda e a Maitte fomos a um restaurante que tinha perto de onde morávamos, o ambiente era maravilhoso e estava vazio, mas o melhor, eles comemoravam aniversários. Logo que cheguei pedi a eles que fizessem um bolo pequeno para nossa comemoração, depois pedimos nosso jantar.

      - Está fazendo vinte e nove não é? - perguntei.

      - Sim.

      - Tá bem velhinho né - a Miranda alfinetou.

      - Um velhinho que é milhões de vezes mais saudável que você - ele retrucou.

      - Ainda sim é velho.

      - Para vocês dois ou eu peço os seguranças para tirarem vocês daqui.

...

      - Até que foi legal - o Matt comentou enquanto estávamos no elevador do nosso prédio. Eu estava confortávelmente escorada no braço dele enquanto a Miranda estva com a Maitte no colo.

      - Sabia que você ia gostar.

      - Obrigado - ele falou e me deu um abraço assim que chegamos na porta do meu apartamento.

      - De nada - retribui o abraço.

      - Depois de amanhã eu entro de férias e vou visitar meus pais. Que ir comigo? Vai adorar conhecer minha irmãzinha.

      - Eu vou adorar, mas não posso ficar lá por muito tempo, vou tentar a vaga naquela impresa que me ofereceu um estágio e tem a faculdade também.

      - Nós podemos voltar quando você quiser.

      - Que ótimo, vou avisar meus pais e fazer as malas.

...

      Três dias depois estávamos embarcando em direção a casa dos pais do Matthew. Miranda não veio conosco, preferiu ir visitar os pais dela. Era só eu, o Matthew e a Maitte.

      Não sei exatamente quantas horas depois, porque dormi o vôo todo, desembarcamos na Flórida. Eu estava com tanto sono que estava sendo praticamente arrastada pelo Matthew, então não vi quando uma multidão pulou em cima dele, todos querendo abraçar ele na mesma hora.

      - Calma que eu vou abraçar todo mundo - ele falou sorrindo.

      - Mamão - uma garotinha muito linda gritou e estendeu os braçinhos pra ele.

      - Oi minha coisinha linda - ele carregou ela no colo e a abraçou.

      - Eu senti muuuuita saudade de você - ela falou abrindo os braços.

      - Eu também, senti uma saudade grandona - ele falou e ela começou a rir.

      - Agora é minha vez - uma garota de aproximadamente quatorze anos se aproximou - estava com saudades de você.

      - Você estava é com saudade de pegar meus chocolates que eu sei - ele falou rindo.

      - Não me acuse injustamente primo. Assim fico ofendida - ela disse fingindo está triste mas acabou rindo - e você? É namorada dele? - ela me olhou com uma cara de quem sabe todos os meus pecados.

      - Não, só amiga. Luma.

      - Sei, e eu não roubava as barras de chocolate dele - ela deu uma risada - me chamo América, prazer.

      - Adolescentes - o Matt falou - só ignora que eles desaparecem.

      - Eu não sou o bicho papão pra você falar assim - ela retrucou.

      - Mas parece.

      Depois da prima do Matthew ficar indignada com o insulto e bater nele, o Matt abraçou todos e saímos do aeroporto.

      A casa dos pais do Matt era simplesmente maravilhosa, no estilo imperial, ela se destacava das poucas casas que haviam por perto. E o que dizer dos pais dele?! Eles são maravilhosos, me receberam tão bem que eu fiquei emocionada. Na verdade toda família me recebeu muito bem. Uma coisa que eu descobri é que a profissão de todos ali  era relacionada a área da saúde. O pai era médico geral, a mãe cirurgiã, o avô dentista, a avó enfermeira e até a prima dele de quatorze anos já sabia o que seria futuramente, ela queria ir pra área da oftalmologia.

      - Que legal, uma família de profissionais da saúde - comentei enquanto estávamos todos na sala de estar depois do jantar.

      - E por incrível que pareça não foi combinado - a avó dele falou.

      - Só o meu sobrinho Eduardo que não se formou nessa área! Preferiu seguir os passos do pai.

      - A ovelha negra da família - a prima dele falou rindo.

      - Apesar de não trabalhar na área da saúde ele é muito competente no que faz - o pai do Matt defendeu o Eduardo.

      - É verdade, ele é uma excelente pessoa, você ia gostar muito de conhecê-lo - a avó dele falou.

      - Ele mora no Canadá também! Você nunca o viu? - a mãe do Matt perguntou.

      - Eu trabalhei com ele durante um tempo - respondi e todos me olharam como se eu tivesse criado um terceiro olho na testa.

      - Fazia o que? - a América perguntou.

      - Eu era assistente pessoal dele.

      - O quanto pessoal? - a avó perguntou.

      - Morava na mesma casa que ele, cuidando da agenda e demais coisas dele.

      - Vocês se pegaram? - a América perguntou com a curiosidade de uma adolescente cheia de hormônios, como se isso fosse o melhor assunto do mundo.

      - Chega de perguntas - o Matt interveio - vamos dormir.

      - Haa, na melhor parte - América reclamou.

      - Isso não é assunto pra criança.

      - Eu não sou criança - ela falou impinando o nariz é estufando os peitos - sou uma adolescente.

      - Pra mim você é uma criança. Agora vai deitar logo.

      Os dias que passei com a família do Matt formam maravilhosos, eles eram legais, engraçados e muito atenciosos, eles amaram a Mai. Descobri através do Matthew que a América morava com eles desde que a mãe adoeceu e precisou ir se tratar em uma clínica nos EUA, enquanto o pai estava em trabalho voluntário, numa missão de paz na Somália.

      Quatro dias depois estáva de volta. O Matt queria voltar comigo mas eu o convenci a passar suas férias com a família que eu ia ficar bem.

   

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