HIV

Espera

Acordei com meu celular tocando, não era meu alarme dessa vez. O número era desconhecido.

- Laur.

- Dinah?

- sim, sou eu. Eu estou perdida, Laur. Não sei de quem é essa casa, tem um homem batendo na porta.

- De quem é esse celular?

- Eu também não sei. Laur, estou com medo.

Dinah falava baixinho, eu não escutava direito.

- me manda a localização.

Vi aparecer no meu GPS, a casa não era muito longe, mas era um local muito perigoso.

- me espera ai.

Nem escovei os dentes e já desci as escadas correndo, liguei o carro e fui na velocidade máxima até o local. Ainda era de madrugada, não tinha carros nas estradas.

- Droga!!!!

Falei quando entrei em um beco sem saída, dei ré e voltei pra estrada. 30 minutos depois, parei em frente à uma casa azul, parecia que estava vazia, mas eu escutava algumas risadas. Bati na porta e esperei. Dois homens grandes apareceram, eu tentei entrar e vi Dinah sentada no sofá, com os braços amarrados.

- Olá Srtª Jauregui, lembra de mim?

Não acredito que o pai de Camila estava fazendo isso. Tentei ir até Dinah, mas os grandes homens me seguraram.

- vai se foder, seu bosta!!

- se eu fosse você, ficaria calada.

- Ainda bem que você não é.

Ele se aproximou de mim, com o seu rosto colocado no meu, encostou seu nariz no meu pescoço e cheirou.

- você é bem bonitinha. Camila tem um bom gosto.

- Vai se foder!

- meu bem, eu que vou foder você.

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