Por Que Eu? ( Romance Gay )

Um Passo A Frente

Por Martin

Se existe uma coisa que eu não iria tolerar era ouvir alguém falando mal de Oliver, alguns idiotas começam a depreciação. Eu que deveria ficar na arquibancada fico ali à beira do campo, não demora muito para que eles o derrubem, imediatamente vou em sua direção e lhe estendo a mão, quando está de pé lhe seguro em um longo beijo, naquele momento todo o medo de me assumir havia desaparecido, nada mais me importava além dele, os outros podiam pensar o que quisessem.
Em contato com ele me sentia em outra dimensão, não ouvia ou sentia mais nada.
Quando nossos lábios se desencostam é que vejo a figura do professor a nossa beira, seu rosto indicava que não estava muito satisfeito.
-Os dois, para a sala do diretor, agora.
Olho nos olhos de Oliver, esperava encontrar uma posição de ódio por tê -lo posto naquela situação, mas pelo contrário, encontro felicidade, orgulho por ter sido capaz daquilo.
-Tudo bem, nós estamos indo. - digo com um grande sorriso.
Dali saímos de mãos dadas, passamos pelos vestiários, ali nos beijamos selvagemente confesso, devia ter reconquistado a confiança de Oliver.
Depois seguimos para a direção, o diretor podia me expulsar que eu receberia a notícia com um grande sorriso.
Quando entramos nos deparamos com um senhor que não parecia muito feliz.
-Já me contaram sobre o que os dois fizeram no campo, e já devem imaginar como estou satisfeito.
Logo que ele diz isso imagino como a notícia devia estar se espalhando rápido.
-Tudo bem. - digo.
-Não me surpreende que seu psicólogo estivesse preocupado com o senhor, e quanto a você Oliver, mas uma aparição íntima em público? Aquele trabalho não foi suficientemente constrangedor?
-Espere, você falou sobre um psicólogo, qual seu nome? Quando ele esteve aqui?
-Estava aqui ontem pela manhã, seu nome era, se não me engano Franz.
-Não seria Francis? -pergunto.
-Sim, isso mesmo.
-O que ele queria aqui?- indago.
-Bem, disse estar cuidando de seu tratamento e me pediu para conversar com um de seus amigos.
-E você deixou? Quem pensa que é para interferir na minha vida? -Espere, com quem ele falou?
-Como seu amigo David.
-Seu imbecil, não vê a porcaria que fez, aquele homem que se disse meu psicólogo mentiu, e eu e David não somos mais amigos. Você acabou de aliar meus piores inimigos.
-Oh, me desculpe, eu não sabia.
-Poderia nos dar alguns minutos à sós? - pede Oliver e o diretor cede.
-Eu, não precisa ficar assim tão nervoso, qualquer coisa que eles pudessem estar planejando foi pelos ares quando você se assumiu.
Olho para ele, e então percebo que é verdade, pego sua mão e lhe dou um beijo.  Não havia porque se preocupar, estávamos livres de qualquer perigo.