Por Que Eu? ( Romance Gay )

O Todo Poderoso Senhor da Vida

Por Acaso

A interrupção do Destino me deixou um pouco irritado, não por suas acusações, mas pelo tempo perdido, sua presença me entediava.
Além do mais, eu estava prestes a invocar a presença do Chefe, vocês não tem ideia de como é difícil juntar coragem para se fazer isso.
Assim que ele vai embora reinicio o que estava fazendo.
-Eu invoco o grande Criador do céu e da terra, assim como de todo universo, o Senhor Da Vida.
Assim que faço esse anúncio o tempo para, apenas as nuvens continuam em movimento, um grande ser branco começa a descer e pousa a minha frente.
-Acaso meu filho, diga -me o que lhe aflige?- diz ele, sua voz parece vir de tudo a minha volta, das árvores, do chão, do rio...
-Pra começar eu tenho uma pergunta e quero uma resposta direta, sem desvios. O que são os cinco? - não me preocupo em especificar pois sabia que ele me entendia, afinal, era uniciente.
-Você se refere aos Edenianos, dos quais Oliver faz parte?
-Você sabe que sim.
-Tudo bem, no início havia Adão, um homem responsável pelo jardim do Éden, criado do barro, se sentindo solitário ele pede uma companheira, então de sua costela é criada Eva.
-Essa história eu já conheço, poderia pular para a parte que me interessa?
-Tenha calma. Porém algo atormentava meus pensamentos, e se por acaso estes abandonassem o caminho do bem? O que faria? Foi daí que eles surgiram, os Edenianos. Criados do barro, assim como Adão, porém cada um com uma habilidade diferente, e o mais importante, um ensinamento para a raça humana, seriam responsáveis por auxiliar na guarda do Éden, e assim tudo ocorreu, até o dia da traição, os humanos foram desobedientes contrariaram minhas ordens e por isso foram expulsos, sendo assim a missão de guardar o jardim passou a ser dos Edenianos.
-Se o que está dizendo é verdade, por que Oliver está aqui e não no Éden?
-Por muito tempo tive esperança de que os humanos retornariam ao caminha do bem, mas isso nunca aconteceu realmente, no ápice do caos, tomei uma das minhas decisões mais difíceis: o dilúvio.
Estava determinado a matar todos, mas um deles me procurou, seu coração era muito grande, ele sentia pena daquelas pessoas, sendo assim me convenceu para que ao menos salvasse uma família que ainda tivesse fé, e assim, depois que as águas baixassem os Edenianos fossem mandados à terra, para que pudessem guiá -los. Mas sempre que morressem, voltassem a nascer.
-E assim aconteceu, vida após vida, até chegarmos em Oliver, não é?
-Exatamente.
-Obrigado por responder ao meu chamado, até a próxima.
-Espere.- diz ele, -Antes de ir preciso lhe pedir uma coisa.
Aquilo não estava me cheirando bem.
-Pode pedir.
Ele levanta o braço e sobre sua mão surge um pequeno frasco.
-Tome, este é o Elixir da vida, quero que guarde ele, e use apenas quando for necessário.
Ele diz isso é desaparece, me deixando sozinho com um pequeno recipiente nas mãos, não podia dizer com certeza, mas achava que já sabia para que aquilo seria.