Por Que Eu? ( Romance Gay )

Perdendo Para Ganhar

Por Martin

Depois de ter uma faca colada a sua garganta dormir se torna uma tarefa difícil, no fim acabo desistindo, e como essa era minha situação, tinha muito tempo de sobra para pensar em uma forma de reconquistar a confiança e o amor de Oliver.
Precisava provar que o merecia, umas das poucas idéias que me veio a mente foi me assumir, mas não sabia se estava preparado isso.
As horas vão passando e acabo derrotado pelo sono.
Estou ao lado da minha cama, observo meu corpo repousando, meu rosto não expressava nada. É então que meu corpo pega fogo, não eram chamas normais, tinham tom verde, de qualquer forma aquilo me assusta dou um passo para trás e assim que faço isso sou surpreendido por uma mão em meu ombro, viro e me deparo com um homem de meia -idade e sorriso gentil.
-Não precisa ter medo. Estou aqui intercedendo por você, lhe protegendo. - diz calmamente.
-Você que pôs fogo em mim? -pergunto enquanto aponto para a cena.
-Sim, de certa forma sim.
-E chama isso de proteção?-questiono.
-Exatamente, talvez ainda não lhe faça sentido agora, mas acredite, isso fará a diferença no futuro. Agora acorde, e se lembre, a partir de hoje, seu destino dependerá apenas de você.
Nesse momento acordo assustado, estava muito suado, mas fazia frio, procuro por resquícios de fogo porém não encontro. Me sentia confuso, nada comprovava qualquer um daqueles acontecimentos,mas dentro de mim sentia como se tudo tivesse sido tão real. Precisava desesperadamente falar sobre aquilo com alguém.
Desço as escadas e vou para o quarto de hóspedes, de cueca mesmo, como dormia, por várias vezes ele tinha me visto pelado, não seria por estar semi nú que reclamaria.
Abro a porta, e chamo seu nome, sem resposta chamo novamente e mais algo.
-O que você quer?- pergunta Oliver com a voz sonolenta.
-Será que a gente poderia conversar?- pergunto.
-Não temos nada conversar.
-Eu tive um sonho. -insisto.
-É comum, todos temos sonhos, se veio aqui pra isso pode ir.
-Poxa cara, me dê uma chance de falar, OK? Vai ser um sacrifício tão grande assim? -despejo irritado.
-Engraçado te ouvir falando sobre sacrifício, você que apenas me usou e destruiu meu coração, eu me entreguei a você, te dei minha virgindade...
Ele continua falando mas me perco em pensamentos, não me sentia capaz de me assumir, mas havia uma coisa, algo que jamais passara pela minha cabeça e sabia que poderia fazê -lo voltar a ao menos confiar em mim. Reúno forças e falo.
-Oliver, me fode.
-É o que? -pergunta ele confuso.
-Você me ouviu, eu mandei me foder. E se isso não lhe servir como uma prova de que eu te amo, que seja uma recompensa pela virgindade que tirei de você. Olho por olho, virgindade por virgindade.
Ele me observa por alguns minutos, parecia tentar me compreender, julgar minha oferta.
-Tudo bem. - diz finalmente.
Oliver se levanta, estava vestindo apenas uma cueca, como eu.
Meu coração começa a bater forte, sentia uma mistura de medo e desejo, Oliver iria me foder e como meu antigo eu pensaria, seria mais um arrombado no mundo.