De Mãos Dadas No Pôr Do Sol

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Comunicados Super Importantes:
1- Esse é o último capítulo do primeiro livro, exatamente, essa história terá uma continuação, essa chamada Por Que Ele?
2- Já está liberado para leitura o primeiro capítulo da história Meu Herói, Meu Vilão ( Romance gay ) , alguns esclarecimentos: Por que não escrever logo a continuação? Estou fazendo isso para evitar que eu me fixe demais a uma história ou acabe me cansando dela. Espero que compreendam.
3- O grupo no Whatsapp ainda está recebendo participantes, é importante esclarecer que se ele foi um grupo pra se falar apenas do livro deixou de ser isso a muito tempo, lá você encontrará de tudo, ( somos bem liberais 😁). As regras para entrar continuam as mesmas, basta deixar seu número nos comentários ou entrar em contato pelo número +5527998241813. Pronto, agora vamos ao capítulo.

Por Martin

Sabe aquele momento em que seu coração para e o mundo a sua volta resolve fazer o mesmo? Pois bem, foi isso que aconteceu comigo quando dei de cara com meus pais na porta.
Quando liguei pra eles e disse que meu namorado tinha me salvado de um atentado eu pensei, agora que os  tranquilizei e me assumi homossexual  está tudo certo, ambos devem estar me odiando, minha mesada foi pelo ralo e estão entrando em contato com seu advogado para me tirarem de seus testamentos, mas pra ser sincero, eu não estava nem aí, eu tinha o Oliver ao meu lado, ele tinha um emprego e eu podia conseguir um também, seríamos felizes assim.
Mas não pensava que teria na possibilidade de enfrentá-los cara a cara, não tão cedo.
Eles me encaram e eu os encaro, ficamos nisso por alguns minutos. Meu pai não levanta a mão para me dar um soco, talvez fosse a presença dos policiais.
-Não vai nos convidar para entrar Martin?- pergunta ele sério.
-Oh claro. - faço um gesto convidativo para que entrem, eles obedecem, assim que põem o pé para dentro passam a analisar cada detalhe do lugar, talvez estivessem vendo se aquilo que os rodeava era digno de sua presença, eles podiam ter momentos de ostentação as vezes, coisa de gente rica.
Finalmente seus olhos se fixam em Oliver que estava de pé junto ao sofá.
Minha mãe se aproxima dele, deduzo que ela vai lhe dar um tapa e começar a berrar algo do tipo Como você teve coragem de transformar meu bebê em um viadinho? Seu maldito!!!
Ela fica frente a frente com ele, observando -o bem nos olhos, sinto como se tudo estivesse prestes a explodir, mas algo acontece.
Minha mãe lhe dá um forte abraço, Oliver fica sem ação, parece surpreso, então ela o solta e lhe dá um beijo na testa deixando uma marca vermelha.
-Você que salvou meu filho, não é?
-Sim, sim fui eu. -diz gaguejando.
Meu pai vai até ele e lhe agradece enquanto aperta sua mão.
Fico ali sem entender mais nada.
-Pai, mãe, estou feliz por tudo isso, feliz mesmo, mas tenho uma dúvida, como assim vocês estão tão receptivos? Sempre se orgulhavam por que tinham um filho pegador. E não venham me dizer que já desconfiavam por que seria mentira, nem eu sabia a algumas semanas atrás.
- Filho, é simples. Não temos orgulho das coisas do que faz, temos orgulho de você, vamos te apoiar não importa qual seja sua escolha.
Ouvir aquilo me faz abrir um grande sorriso, era tudo que precisava ouvir.
Abraço is dois, todos nos sentamos e meus pais fazem questão de ouvir cada detalhe de nossa história, cada detalhe mesmo, coisas do tipo:
Vocês transam? Usam camisinha?( Nessa eu menti, admito) Você já foi passivo filho? Confesso que nessa fiquei tão vermelho que a resposta deixou de ser necessária, tentando melhorar a situação meu pai fala  Não importa filho, aposto que você foi o melhor dando o rabo, lindo né?
Então, depois de muita conversa eles  foram embora, uma sorte a minha sanidade.
No outro dia somos informados de que poderíamos voltar para casa, saio para resolver algumas coisas, depois de um banho levo Oliver para o terraço do prédio, lá nos sentamos na beirada, damos as mãos e observamos o pôr do sol.
-Oliver, a partir de amanhã Hillary volta a trabalhar para mim.
Ele me observa, sabia que estava considerando isso como uma demissão.
-Tudo bem, uma hora isso iria acontecer. - seu olhar fica distante.
-E além do mais, não existe motivo para que meu futuro marido trabalhe para mim. - digo tirando uma caixinha de veludo do bolso. Ele olha para mim. - Oliver, aceita se casar comigo?
- Sim, sim eu aceito.- responde ele emocionado, nos beijamos e trocamos as alianças.
-Oliver, logo no início, quando comecei a descobrir minha homossexualidade cheguei a pensar Por que eu? Hoje eu tenho a resposta para essa pergunta, precisava disso para conhecer de verdade, hoje eu posso afirmar, sou a pessoa mais feliz do mundo.
-Não, nós somos igualmente felizes. - diz ele, nos beijamos e ficamos ali, assistindo o sol desaparecer por entre as colinas.

                                                Fim...

Por Que Eu? ( Romance Gay )Onde histórias criam vida. Descubra agora