Por Que Eu? ( Romance Gay )

Planos e Alianças

Por Francis

-Bom dia, David correto?- o cumprimento.
-Sim, meu nome é David, e você quem é?- pergunta desconfiado.
-Oh me desculpe, me chamo Francis, sou psicólogo, vim aqui por que acho que temos um interesse em comum.
- E qual seria ele?
-Martin.
-Eu não tenho interesse nenhum naquele idiota, a única coisa que existe que tenho com relação a ele é raiva.
Ao ouvir isso abro um grande sorriso, ele seria perfeito para meus planos. Bastava um pouco de lábia e teria alguém para fazer o trabalho sujo.
Pensar daquela forma me lembra de minha infância, na primeira vez que ouvi a fábula da Cigarra e da Formiga, fiquei inconformado com o fato de que as formigas tinham a razão vivendo em seu trabalho sem fim, sem nenhuma alegria.
Após questionar sobre isso minha mãe afirmou que trabalhar era o único propósito delas, e sendo assim, também deveria ser sua felicidade.
Deixei o assunto por baixo, minutos depois estava no jardim matando formigas, libertando -as de sua escravidão, acreditando que no céu elas poderiam ser felizes, se elas sentiam dor ao morrer, isso seria o preço a ser pago pela liberdade.
-Pelo visto está ainda mais apto a colaborar. Dividimos o mesmo ódio por Martin, se você pensar um pouco pode deduzir os meus motivos.
Ele olhava diretamente para mim, não precisava ser um garoto esperto para associar meus hematomas à uma briga com seu inimigo.
-E então, o que lhe interessa? Quais são seus planos? - pergunta curioso.
-Eu quero ele morto.
-Uou, aí você já está pegando pesado demais, ter sido expulso de casa não é um motivo para matar. - diz ficando com o pé atrás.
-E por acaso sabe por que ele te expulsou?
-Bobagem, só por que eu tentei brincar um pouco com nossa empregada.
Eu entendo o sentido de seu brincar, era psicólogo, sabia que falávamos de uma tentativa de estupro, isso mostrava que o garoto era capaz de atitudes baixas e sujas.
-Tão inocente, e se eu te dissesse que isso não é verdade, você me ajudaria?- pergunto.
-Isso depende de o quanto enganado estou.
-Martin te expulsou de casa por outro motivo, sabe que não ligava com essa tal empregada, ela foi apenas um pretexto. Ele fez isso para te trocar por um gay. Talvez você o conheça, seu nome é Oliver.
-Ele e o Oliver? Impossível, os dois se odiavam. - diz incrédulo.
-Pense David, não aconteceu nada estranho entre eles nos últimos dias?
-Não, mas teve uma vez que ele perguntou para o Oliver se ele queria ver o tamanho do seu pau, e houve uma vez que os dois chegaram juntos de carro...- ele parece refletir um pouco- Mas que filho da puta.
-Parece que seu amigo mostrou mesmo o tamanho de seu membro para o garoto. Mas preciso saber se posso contar com seu apoio.
-Mas é claro, quero aquele viadinho morto, ele e sua putinha.
- Se conseguir alguns aliados para esse serviço seria muito bom.
-Isso é fácil, meus amigos vão gostar muito de ferrar com aquele babaca.
-Ótimo, estamos combinados?
-Sim, pode nos buscar nesse endereço. - diz anotando em uma folha de papel e me entregando.
-Ótimo, prepare -se faremos isso amanhã à noite.
-Perfeito.
Me levanto e lhe estendo a mão, já sendo correspondido.
-Foi um prazer negociar com você. E se lembre do que combinamos, levarei as armas. - digo isso e saio da sala.