Por Que Eu? ( Romance Gay )

Escola Parte I

Por Oliver

Depois do banho fomos dormir, não aguentava fazer mais nada, pra ser sincero éramos estranhos, transávamos no quintal, no banheiro, e apenas dormíamos na cama, vai entender. No dia seguinte teríamos aula, alguns minutos depois Martin já dormia, às vezes me puxava mais pra perto, mas eu ainda estava acordado, uma ideia atormentava meus pensamentos, como ele agiria amanhã? Assumiria nosso relacionamento? Se quisesse um tempo eu entenderia, sabia muito bem como era difícil se assumir. Me concentro em seu calor e adormeço.
Meus sonhos me levam a uma igreja, a minha frente está Martin usando um terno preto e branco, igual ao meu. Os bancos estão cheios, reconheço algumas pessoas, Travis, Connor e a senhora Hutcherson.
O padre pergunta para mim.
-Oliver, você aceita Martin como seu legítimo esposo?
-Sim. - respondo prontamente.
-Martin, você aceita Oliver como seu legítimo esposo?
-Sim. - diz ele sorrindo.
-Então que seja feita a troca de alianças.
Martin as pega em seu bolso, me entrega umas delas e a outra põe em meu dedo, assim que tento fazer o mesmo seu corpo começa a se desintegrar, virando um fino pó que é levado pelo vento aos poucos, seus lábios formam um eu te amo e então ele desaparece.
Não consigo me mover nem dizer nada, nem ao menos entendo o que se passa ali, uma lágrima começa a rolar de meu rosto.
-Você nunca terá um final feliz, eu irei garantir isso, edeniano.
Nesse momento eu acordo assustado, felizmente o despertador estava tocando, escondendo meu desespero, não queria preocupar Martin, faço nosso café, nos arrumamos e comemos.
Já estava saindo com a bicicleta quando ele me para.
-Aonde pensa que vai com isso? Entra aí.
-Mas eu pensei que...
-Deixa de bobagem e entra logo.
Não discuto, entro e partimos rumo a escola.
Chegando lá ele estaciona e suspira.
-Oliver, posso te pedir uma coisa?
-Claro.
-Eu te amo mais do que qualquer coisa, mas não sei se estou pronto para me assumir, então... - ele trava.
-Eu compreendo, não se preocupe, serei o mais discreto possível.- digo e afago sua mão ao invés de beija -lo pois poderia haver alguém próximo.
Saímos do carro e seguimos para a escola. Vou direto para a sala, Martin para no banheiro, assim que me sento Travis se aproxima.
-Vocês transaram?- pergunta.
-Bom dia pra você também.
-Responde logo.
-Sim, nós transamos.
-Imaginei, só isso para fazer você esquecer seu arco lá em casa. Mas me conta? Como foi? Ele fode bem? O pau dele é grande?
-Cara, aqui não é lugar pra falar sobre isso, hoje eu vou lá na sua casa e conto tudo, OK?
O sinal toca e ele assente. Martin entra na sala. Durante as aulas eu e ele não nos falamos, as olhadas foram inevitáveis.
P

ra ser sincero eu não prestei atenção em um segundo das aulas. Quando elas acabaram nos encontramos no estacionamento.
-Hoje a tarde vou até a cidade visitar Hillary vem como ela está, depois vou passar na casa de Travis pegar o arco que esqueci lá. -digo.
-Tudo bem, eu te levo, preciso fazer umas compras e pago um táxi para te buscar.
Assinto, entramos no carro e partimos .