As Flores e a Vítima

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Todas as nobres encontravam-se assustadas pelo destino de Aila. Ninguém jamais ouvira falar de uma das escolhidas ser enviada para as masmorras.

Safira não conseguia entender Lucien e muito menos o motivo dele conseguir alterar o futuro. Pensar nele como alguém poderoso a fazia ter calafrios pelo seu corpo. A princesa optara por permanecer em seus aposentos acompanhada de Celius, o único que conhecia seus poderes.

— Isso não é possível – se viu falando trêmula ao olhar para Celius – Ninguém jamais conseguiu mudar o futuro após minhas previsões.

Celius encontrava-se tão assustado quanto Safira, mas seus instintos lhe diziam para permanecer calmo em sua frente. A última coisa que desejava era assustá-la.

—Eu preciso descobrir o que ele é – Safira se viu determinada – Mas e se nem ele souber o que é?

— Poderia chamar a sua irmã – disse referindo-se a Muriel.

—Jamais a colocarei em perigo – o olhou séria – Preciso que descubra algo sobre esse rei.

— Ninguém ousa falar sobre ele.

—Dentro do palácio – o corrigiu séria – Precisa sair e buscar a verdade.

— Não posso fazer isso – declarou assustado – Se eu for permanecerá sem proteção. Prometi protege-la de todos.

— Descobrir a verdade também é uma forma de proteção.

Celius a olhou assustado.

— Não posso deixa-la sozinha.

Safira suspirou afim de manter a sua calma.

— Se não fizer isso, correrei ainda mais perigo aqui dentro.

— Sempre podemos retornar para Landivia.

— Eu disse que iria retornar quando descobrisse tudo, e é exatamente isso que pretendo fazer, com ou sem a sua ajuda.

A vontade de Celius consistia em abraçar a princesa e não soltá-la mais ao ver a sua expressão, mas sabia que não poderia.

—Deixá-la desprotegida é impensável.

— Façamos desta forma – Safira pensou calmamente – Saia por poucos dias e tente descobrir o máximo que conseguir. Eu lhe peço, meu amigo.

— E sua segurança?

—Saberei me cuidar – sorriu confiante.

Celius por fim assentiu ao concordar. Ele não queria fazer o que lhe era pedido, mas não via outra forma para ajudar Safira.

—Eu irei – concordou por fim – Deve me prometer que evitará problemas até o meu retorno.

— Não precisa se preocupar com isso – o assegurou sorridente – Me ensinou muito bem.

Celius se permitiu sorrir orgulhoso.

— Quando devo ir?

— O mais breve possível.

Ele assentiu contra a sua vontade.

—Irei hoje.

—Obrigada meu amigo – sorriu antes de avançar em sua direção e abraça-lo. Celius passou a mãos em torno da cintura de Safira, aproximou o seu rosto de seus fartos cabelos e logo se viu aspirando o seu aroma característico de flores.

Prometo jamais abandoná-la.

***
O olhar perspicaz de Richiston fazia com que todos os soldados o encarasse com medo a medida que ele avançava em direção ao escritório do rei.

Tentação Real [Completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora