Primeiro dia na escola

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Abro meus olhos e me sento assustada.

Que quarto é esse? Que cama é essa? - Uma porta se fecha atrás de mim e eu me viro bruscamente. Observando os olhos azuis e o cabelo negro, brevemente o reconheço.

- Rafael? - Encolho meu corpo. - Onde estamos? Por quê eu estou aqui.

- Fica calma, tá? - Rafael pega a toalha do ombro e enquanto senta na beirada da cama, seca o cabelo. - Você está no meu quarto. Você está aqui, porque apagou antes de me dizer onde morava. - Respiro um pouco mais aliviada.

- N... nós fizemos alguma coisa?

- Não. Eu só tirei a sua roupa e te deitei na cama.

Respiro mais aliviada, cubro o meu corpo com o lençol da cama e sigo em direção ao banheiro. Mas, paro assim que ouço a sua pergunta.

- Em qual colégio está estudando?

- No Stratford School, por quê?

- Preciso falar com um dos meus professores da faculdade. Posso te dar uma carona. - Rafael é muito gentil e bondoso comigo.

- Se você já vai ter que sair, então eu aceito a carona.

- Vá tomar o seu banho, vou preparar alguma coisa para comermos e depois saímos. - Quando está prestes a sair do quarto e me dar um espaço para que eu me arrume, parece se lembrar de algo. - Se quiser pegar uma camisa minha, está na segunda gaveta do lado direito. Não sei se seria bom você ir para o colégio com a roupa que estava vestindo ontem. - O Rafael se vira e sai.

Pisco duas vezes e meus olhos ardem. Eu estou louca ou ele piscou antes de sair? Ao mesmo tempo que o acho um bom homem, tenho receio que ele queira algo, consiga e suma.

Enfim... se eu for ficar pensando nisso, vou acabar me atrasando.

Entro dentro do banheiro, tranco a porta e começo a me despir, olhando superficialmente o ambiente. Tão superficialmente que nem me lembro de quais detalhes estavam ali.

Deixo meus fios ruivos pingarem pelas minhas costas, enrolo a toalha no meu corpo e vou em direção ao seu guarda-roupa. Ele está certo sobre usar a roupa de ontem. Abri a segunda gaveta como me instruíra, achei uma camiseta social e a transformei em um vestido.

Sai do quarto com a toalha, agora, enrolada na cabeça e fui atraída pelo cheiro da comida dele até o que me pareceu ser a cozinha.

- Terminou o banho?

- Sim, obrigada. O que você fez para comermos?

- Ovos mexidos com bacon e suco de laranja. - Sentei na frente dele e ele colocou um prato cheio de comida. - Sinta-se a vontade para comer. Vou preparar o meu café agora.

Rafael se afasta e começa a ferver a água para o café.

(...)

Tudo o que fizemos foi comer, enquanto conversávamos um pouco e conhecíamos mais um do outro. Rafael me contou que era filho único e que pouco antes do seu pai morrer, o pai insistiu muito para que ele fizesse direito e seguisse no ramo da advocacia, a fim de cuidar do escritório da família.

Um doce reencontro ( Em revisão )Onde histórias criam vida. Descubra agora