– Você precisa fazer um exame de sangue. – Diz Nicole exasperada.
Embora eu ache um pouco exagerada a sua reação, concordo que seja necessário comprovar a inocência de Jason ou enfim incriminá-lo.
– Tudo bem. Você vem comigo ao posto de saúde?
– Vou. – Nick vai até a sua cama, pega a bolsa e eu faço o mesmo, indo até a outra cama pegar a minha.
Caminho para fora do quarto, sendo acompanhada por Nicole. Passamos pela sala, enquanto ela chama um uber.
– Ele está no quarteirão da rua de trás. – Concordo com a cabeça e não demora muito até que o carro aponte na rua da república.
O carro chega, minha colega de quarto abre a porta do passageiro e eu me sento em um dos bancos traseiros.
– Vocês têm alguma preferência de caminho?
– Não. – Nicole responde por nós duas.
– Aceitam alguma coisa? – O motorista oferece ao mesmo tempo em que aponta para a garrafa de água e algumas balas de menta.
– Obrigada. – É minha vez de responder, negando com a cabeça.
Depois de receber minha resposta, o motorista liga a ignição do carro e da partida.
Passamos a curta viagem de 20 minutos em um silêncio confortável, preenchido apenas por algumas músicas de sertanejo, estilo apresentado a mim pelas meninas da república com quem mais tenho intimidade.
– Estão entregues. – O senhor destrava a porta do carro, minha amiga paga o motorista e ele nos deixa ali.
Eu nem tenho tempo de observar, realmente, o local, porque Nicole me puxa para dentro do posto.
Chegamos à recepção e minha colega de quarto se encarrega de cuidar de toda a parte burocrática para mim.
Enquanto ela fala com a recepcionista, eu me sento em uma das poltronas e aguardo apreensivamente até que ela retorne.
Passados alguns minutos, que eu encaro como horas, Nicole se senta ao meu lado e eu aguardo ela começar a falar.
– Eles irão coletar o seu sangue e o resultado ficará pronto ao fim da tarde. Ela me deu esse papel. – Nicole o entrega para mim. – E disse que você pode conferir o resultado no site deles com o seu e-mail e essa senha. – Minha colega de quarto faz uma pausa para respiração e volta a dizer. – Como não sei o seu e-mail, passei o meu. – Nick abre a bolsa e pega um papel de dentro com seu e-mail anotado.
– Obrigada.
– De nada. E essa é a sua senha. – Concordo com a cabeça. E desvio o meu olhar para um casal que entra no posto de saúde com uma criança no colo. – Emy? – Viro para Nicole e espero até que ela diga o que tem para dizer. – Você acha mesmo que eu devo falar com o Louí?
– Por que você está me perguntando sobre isso agora?
– Ontem no bar eu comecei a refletir sobre alguns comportamentos de Hanna desde que começamos a ser amigas. – Continuo em silêncio e Nicole se sente motivada a continuar. – Quando me aproximei mais dela, minhas brigas com o Louí se intensificaram e em vários momentos como esse eu percebi ela se aproximar dele. E assim que eu a questionava sobre essas ações, ela sempre dizia que estava tentando fazer com que conversássemos e nos reconciliássemos.
– Eu acho que deve sim falar com ele. – Suspiro depois da confissão dela. E apoio minha mão em seu ombro. – Acho que você tem que procurar ouvir o lado dele e de talvez até terceiros que estavam no mesmo local que os dois. Não pode deixar o seu namoro acabar sem você ter uma opinião formada sobre o acontecimento. – Friso a palavra você para que ela enfim entenda. Nicole sorri para mim e aquece.
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Um doce reencontro ( Em revisão )
RomanceEmily Fray é uma garota que acredita ter perdido a mãe em um acidente de carro aos 5 anos de idade. Ela cresce com a presença apenas de seu pai e de seus outros 3 irmãos. Emily namora, tem amizades, se envolve em algumas intrigas... realidade norma...