Dia seguinte

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Estendo minha mão em direção ao Matt e uno meu mindinho ao dele, decidindo oferecer esse voto de confiança a ele.

Chupamos o picolé, enquanto observamos as ondas do mar em silêncio, hipnotizados pela beleza do luar refletido nas águas agitadas.

Assim que terminamos, Matt se levanta e segura minha mão, puxando-me para cima e meu corpo se choca ao seu.

- Está pronta para continuar? - Faço um sinal de jóia e ele ri, me conduzindo até o calçadão da praia.

- Nós não vamos de triciclo? - Curiosidade é meu nome do meio.

- Não. Seguiremos daqui com um táxi.

Para onde será que nós vamos?

- Ele já nos espera.

- Quem? - Olho perdida de um lado para o outro.

- O táxi. - Matt cai na risada.

Ele abre a porta para mim e entra logo depois que eu entro. Vamos o caminho todo em silêncio... ele parece um pouco nervoso e eu observo a paisagem.

Noto que o caminho é um tanto familiar para mim. Nós estamos indo para o... espero por um momento até que uma luz me vem a cabeça. Estamos indo para o Griffith Park.

- Por quê estamos indo para o Griffith Park? Eu não te disse que já visitei o observatório?

- Fica calma, pequena curiosa. - Matt bagunça o meu cabelo e eu o encaro com uma careta, passando a mão pelo lugar bagunçado e tentando dar um jeito ali.

Noto que o carro começa a subir a Mulholland Drive e segue até que a rua acaba e eu avisto o sinal de Hollywood.

Abro a porta embasbacada.

- Você não fez mesmo isso. Fez? - Saio do carro e me aproximo dali, tendo a melhor vista de toda Los Angeles. - Como sabia que eu queria mesmo vir aqui?

- Não sabia. - Ele sai e depois que fecha a porta do carro e dá dinheiro ao taxista, ouço o barulho de uma outra porta e direciono meu olhar para ele. - Foi só um palpite. - Caminha em minha direção e segura minha mão, entrelaçando seus dedos aos meus.

- Quando foi que colocou essa cesta no porta-malas?

- Um pouco antes de comprar os picolés. - O sorriso que ele me lança chega aos olhos.

Mattweo coloca uma toalha de pano no chão, pousa sobre a sua cesta e se senta ali, tendo-me como acompanhante em seu gesto.

- Você não me contou muito sobre a sua família, como ela é? - Ele me oferece um sanduíche de alface com peito de peru.

- Minha mãe morreu aos meus 5 anos, meu pai sempre foi um bom pai, apesar de ter trabalhado muito e não ter nos dado tanta atenção como queríamos. Minha irmã mais velha acabou de se casar, meu irmão mais velho frequenta o nosso colégio, ele está no último ano e meu irmão mais novo tem feito aulas em casa.

- Por quê?

- Na verdade, eu não sei. Meu pai preferiu assim. E a sua família?

Um doce reencontro ( Em revisão )Onde histórias criam vida. Descubra agora