Um doce reencontro ( Em revisão )

Finalmente

O pessoal que sabia sobre qual seria o destino da nossa viagem, fez mistério até que nós pisássemos no hotel em que ficaríamos. A única coisa que eu sabia é que seria um lugar quente e provavelmente com muitas praias, porque a única coisa que meu pai me disse quando me mandou fazer as malas foi que precisaria levar biquínis e roupas leves.

Nós pegamos um transfer privativo para irmos do aeroporto ao resort e como fomos conversando, fazendo piadas e curtindo a trilha sonora que soava na mini vã, não demorou muito para que chegássemos ao local da nossa estada.

As meninas foram as primeiras a descer, sendo seguidas por mim. Quando pousei os olhos naquela imensidão azul, fui surpreendida pela voz do meu pai bem atrás de mim.

- Bem-vinda as Ilhas Maldivas.

Nós estamos nas Maldivas? Uau.

Pelo o que eu vi até agora, parece ser um lugar maravilhoso. Melhor do que eu poderia ter imaginado... melhor do que qualquer lugar para o qual eu já tenha ido. Sinto como se esse lugar já fizesse parte de mim... e só fazem dois minutos que estou olhando para ele.

Mesmo tendo acabado de chegar, me sentia segura, encantada, encorajada. Sinto que vai ser a melhor viagem que já tive...

Fomos a recepção e pegamos as chaves dos nossos quartos, meu pai ficou com Michelle em um quarto pequeno de casal, assim como eu e Rafael. Já meus dois irmão ficaram em um quarto com duas camas de solteiro, e minhas duas amigas ficaram juntas em quarto quase igual.

Embora estejamos ficando há algum tempo, eu e o Rafael nunca dormimos juntos antes. A única vez foi no dia em que saímos da balada no nosso primeiro encontro e tanto pelo o que ele me contou quanto pelo o que me lembro, nós realmente apenas dormimos. O Rafa me respeita, é doce, gentil, educado e espera o meu tempo. A cada dia que passa a nossa relação fluí mais e se fortalece, como se fosse um muro que não pudesse ser derrubado por qualquer coisa.

Deixamos as nossas malas nos quartos e seguimos em direção a esse maravilhoso lugar paradisíaco. Hoje nós iriamos descansar na área de lazer do hotel, para que aproveitássemos melhor amanhã já que passamos por algumas boas horas de viagem. Além disso, passaríamos uma semana aqui, ou seja, teríamos muito tempo para aproveitar.

Por sorte, meu aniversário acontece exatamente um mês antes do fim do ano letivo. Portanto, depois da viagem, eu passaria pelo meu último resto de ano naquela escola.

Só de pensar que eu teria novas responsabilidades, teria que escolher qual carreira seguir, eu fico ansiosa e sem saber o que pensar.

É melhor me desvencilhar destes pensamentos, aproveitar mais este lugar e as pessoas que estão aqui comigo e deixar para pensar em coisas assim quando estiver de volta a Los Angeles.

Cada um foi para seu respectivo quarto. Abri a porta do nosso e me deparei com um ambiente rústico. Tinha uma lareira elétrica, uma cama de casal, dois criados mudos, um de cada lado da cama, e uma pequena mesa de madeira entre a lareira e a cama. Todos os móveis eram de madeira, o que dava ao quarto um ar confortável e acolhedor.

Escutei a porta fechar atrás de mim e olhei para o Rafael que adentrava o quarto e colocava a sua mala em um canto do quarto, próximo ao criado-mudo. Imitei o seu gesto.

- Amor?

- Hm? - Murmurei.

- Seu pai pediu que trocássemos de roupa para irmos à piscina do hotel, curtir o dia todos juntos.

- Vou trocar de roupa no banheiro então, tudo bem? - Rafael assente.

Ergo minha mala, coloco sobre a cama e abro. Pego um biquini branco, um vestidinho justo no busto e solto no quadril, uma rasteirinha para por nos pés e sigo em direção ao banheiro.

(...)

- Amor, estou saindo.

- Tudo bem.

Saio do banheiro me deparo com Rafael, devidamente vestido e quase perco o fôlego. A camiseta com três botões por fechar que ele trajava ao corpo valorizava o peitoral dele, assim como short deixava bem marcada sua protuberância...

Caminhei até o meu namorado, plantando um beijo nos lábios dele, que pegou minha mão e me arrastou para fora do nosso quarto. Assim que todos já estavam prontos fomos juntos até a piscina, era divertido ver como eles se divertiam, o sol estava razoavelmente fresco e dava para pegar um bronze.

A piscina guardava uma visão linda do mar das Maldivas, era ótimo poder me divertir com minhas amigas, minha família e com o meu namorado. Eu revezava entre jogar vôlei aquático com João, conversar com meu pai, com minha madrasta, Jack e as meninas e curtir o meu momento com o meu namorado.

A tarde seguiu assim, até que o sol se pôs e resolvemos voltar para o quarto, a fim de descansar, aproveitando que tínhamos comido alguns dos muitos petiscos trazidos pelos funcionários do hotel até a piscina e estávamos todos satisfeitos.

Conforme nos aproximávamos do quarto, eu sentia meu estômago revirar. Afinal, eu querendo ou não, passaria minha primeira noite com Rafael e estava cheia de expectativa.

Rafael foi na frente e no momento em que chegamos ao quarto, abriu a porta para mim e eu tive uma visão deslumbrante do nosso quarto.

Como foi que ele preparou tudo isso? No chão havia rosas espalhadas e na cama um coração feito de pétalas de rosas brancas... Quando eu estava olhando fixamente para a cama senti o seu hálito ao pé do meu ouvido.

- As rosas brancas significam que eu sou leal a você, eu te amo mais do que já amei outra pessoa, Emily. Eu te amo mais do que achei que fosse amar.

- Eu também te amo, Rafa. - Senti suas mãos na minha cintura, conduzindo-me até a cama. Logo que chegamos ao pé da mesma, Rafael me virou e capturou meus lábios. O beijo era aquele tipo de beijo com ânsia por mais, com desejo. O beijo que te faz sair do chão e esquecer até mesmo o seu nome.

Foi assim que eu e o Rafa nos amamos a noite toda e eu ainda pude acordar com seus braços a minha volta, me confortando e me protegendo.

Escutei um toque no meu celular e levantei com cuidado para não acordar meu namorado.

Quando tive acesso ao meu aparelho, percebi ter uma notificação, cuja origem vinha das mensagens de texto. Não esperei muito para abrir.

"Está se divertindo na viagem vadia? Cuidado para não se divertir muito e esquecer de quem é. Se você se esquecer, pode ser que escorregue feio. - M"

Senti como se o ar se esvaísse dos meus pulmões, como se eu tivesse ficado surda, uma névoa atingiu meus olhos e foi difícil enxergar qualquer outra coisa. Demorei para ouvir meu namorado chamar meu nome.

- Emily?

- Sim?

- Você está bem? Está pálida...

Como é que eu vou explicar para ele o que está acontecendo?