Detetive

1K 68 1
                                    

- Emily? - Ouço um tom de preocupação na voz de Nicole. Olho para ela e percebo que ela tem os olhos em mim.

- Sim?

- Você está bem?

- Nick? Sei que seria estranho se conhecesse, mas preciso perguntar mesmo assim. Você conhece algum detetive particular?

- Na verdade, sim. Meu primo de segundo grau é detetive. Você quer que eu te mande o contato? - Assinto. E vejo minha amiga entrar em seus contatos para que no segundo seguinte eu sinta o meu celular vibrar e possa ver o contato que ela prometera. - Emily? - Tiro os olhos do celular. - Você está bem? - Insiste mais uma vez. - Está acontecendo alguma coisa?

- Não. - Sinto minha falhar e minha colega de quarto me olha desconfiada.

Ainda não posso confiar o suficiente nela para me abrir assim.

Embora pareça não acreditar, Nicole continua em silêncio. Felizmente ela percebeu que preciso de um tempo até confiar nas pessoas e me abrir totalmente.

Vejo um carro se aproximar e cutuco Nicole com meu cotovelo.

- É o motorista. - O carro para em frente à boate, eu e Nicole entramos e ela dá o endereço da nossa república.

- Podemos fazer duas paradas? - O motorista concorda com a cabeça e mesmo com um olhar estranho em minha direção, Nicole me entrega o celular para que eu coloque o endereço da adicional.

Escrevo o endereço do apartamento que Giiacomo divide com Caio, um de seus amigos, e o motorista dá partida no carro.

- Por que você está indo primeiro ao apartamento dele? - O motorista nos olha pelo retrovisor assim que Nicole fala e eu peço para que fale mais baixo.

- Eu sou muito curiosa Nick, preciso saber o motivo de ter me ajudado e qual o diálogo da conversa entre ele e Jason o mais rápido possível... Ou não conseguirei tomar uma decisão sobre o que fazer com os fatos descobertos. - Nicole finalmente assente e nós passamos todo o trajeto em silêncio. Nicole parecendo refletir sobre tudo o que aconteceu na saída da Tunnel e eu pensando na maneira que usarei para abordar Giiacomo.

- Primeira parada. - Ouço a voz do motorista e volto a mim.

- Obrigada. - Digo ao motorista, e antes que eu saia do carro, sinto um toque de leve em meu pulso.

- Se precisar de qualquer coisa me ligue, tudo bem? - Aqueço.

Despeço dela, saio do carro e teclo o botão que me dará acesso ao interfone da portaria.

- Quem é?

- Emily Fray. Eu estou aqui para ir ao apartamento do Giiacomo e do Caio

- Só um minuto. - Aguardo por alguns minutos e não demora até que ouça a voz do porteiro mais uma vez. - Caio autorizou a sua entrada. Você sabe qual é o bloco, o apartamento e onde fica? - Nego com a cabeça e então me lembro que ele não pode ver o movimento feito por mim.

- Não.

- Certo. - A voz do homem some e vejo uma sombra de ombros largos se aproximar do portão. Por isso, me aproximo também. - O apartamento deles fica no bloco dois, terceiro andar e é o apartamento 32. - O porteiro destrava o portão e me conduz quase para o meio da rua. - Basta você seguir reto e virar à segunda quadra a direita. Deu para entender?

Um doce reencontro ( Em revisão )Onde histórias criam vida. Descubra agora