Clarissa.
***
Após abraçar meu pai, ele me encaminha para sala, e pelo que eu vejo é que a casa esta completamente modificada, nada do que a mamãe tinha feito ou qualquer lembrança dela, tudo foi apagado, encaro o local completamente diferente e luxuoso, assim que entro me deparo com uma janela de vidro que se estende do teto ao chão, as cerâmicas são brancas e em frente a uma poltrona de couro, no meio da sala a um sofá cinza seis lugares, á uma mesa de centro com orquídeas azuis, na parede ao lado esquerdo a uma televisão cinquenta polegadas abaixo a uma linda lalera, a claridade da sala passa uma beleza exuberante.
O motorista informa que já deixou minhas malas em meu quarto.
Subimos a escada, e me deparo em um corredor extenso com sete portas todas na cor branca, o que dificulta, eu lembrar qual é o meu quarto. na quarta porta meu pai para abrindo e me dando passagem.
Olho para o quarto que vivi parte de minha vida, e nem ele eu o reconheço mais, as paredes são pintadas de branco, no centro esta uma cama de casal com dossel, os forros são na cor dourada, combinando com as cortinas, ao pé da cama um par de poltronas branca estofadas, na cabeceira ao lado á um criado mudo, olhando minha direita a um closet, e ao lado tem uma porta onde é o banheiro, após uma longa pausa avaliando me viro devagar, encarando e vendo a expressão que toma o rosto dele.
- Filha você gostou? se não eu mando redecorar da forma que quiser. - ele diz me avaliando com as mão cruzadas em frente ao seu corpo.
- Não se preocupe pai é que esta tudo tão diferente. - Falo me direcionando a cama e sentando.
- Clarissa essa casa foi reformada e você tem que se acostumar.- ele diz parando a minha frente e se agachando segurando minha mão.
- Porque você não deixou nenhuma lembrança dela? - fungo sabendo que a qualquer momento as lagrimas começam a descer.
- Você sabe mais do que todos que sofri e sofro demais com a morte de sua mãe, eu não consegui manter tudo como ela deixou, estava sufocando, eu tenho sua mãe em meu coração, alguns álbuns de família. - ele se levanta e caminha em direção a porta.
- Desculpe, eu não devia perguntar, afinal eu cheguei hoje e tenho que me adaptar. - abaixo minha cabeça para não encara-lo.
- Filha acho melhor você descansar. - a porta é fechada e me vejo só.
Pego uma mala menor a abrindo e tirando um retrato com a foto de minha mãe dona Jennifer os cabelos castanhos como o meu seus olhos eram esverdeados, era linda, deito na cama agarrando o porta retrato e chorando, penso em todas as coisas que o destino me fez perde sem te-la ao meu lado.
flash-back;
Acabo de completar treze anos papai disse que iria me buscar para ir a disney, conversamos por vídeo-chamada, ele não vai poder vir, passo o dia todo triste,chorando sinto falta de casa da mamãe, chegou a hora de ir para a sala de aula, sinto dores na barriga abaixo do umbigo não sei o que possa ser, estou com um short de malha na cor beje e a blusa da instituição, chego a sala e me sento no meu lugar quietinha, a professora esta passando avaliação e todos tem que ir a frente responder, chega a minha vez me levanto, todos me olham e começam a apontar, não entendo continuo meu caminho até que sou zoada pela sala toda, mais eu não sei o porque, olho para baixo no meu short a sangue, eu me machuquei, eu não sei aonde, meus olhos arregalam e lagrimas saltam, fito a imagem apavorada, a professora junto a mim sai da sala me levando ao quarto, ela me explica tudo, eu acabei de ficar mocinha, eu não sabia que teria isso, ela me da remédio e absorventes.
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O Contrato (Concluído)
RomanceProibido para menores de 18 anos. Esta é uma obra de ficção. Nomes, personagens, lugares e acontecimentos descritos são produto da imaginação da autora. Qualquer semelhança com nomes, datas e acontecimentos reais é mera coincidência. Todos os direi...