Prólogo

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Clarissa

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Clarissa

Cinco dias antes.

Levanto-me espreguiçando, vou ao banheiro e olho no espelho, cara amarrotada, cabelos bagunçados, meus olhos castanhos arregalados, ninguém acorda perfeita né, só mesmo em novela.

Hoje esta se revelando um dia mais que especial, pois é estarei voltando para casa, saudade é pouco, faz oito longos anos que não abraço nem chego perto de meu pai, eu sei que ele sofreu com a morte da mamãe, conversávamos somente por vídeo-conferencia, o que para mim ajudou, já que nos momentos de comemoração, ele nunca podia vir me ver.

Retiro meu baby-doll e entro no chuveiro, a água quente tira a tenção e o cansaço, lavo meu corpo com meu sabonete de morango, meus cabelos que estão embolados em um emaranhado é o próximo passo, apos toda minha higiene matinal, saio do banheiro, o que acho estranho é que o quarto esta deserto.

Me troco, colocando uma calça jeans, uma camisa regata branca e uma jaqueta preta,minha bota cano curto, seco meus cabelos que caem em cascata abaixo de meus seios, faço uma maquiagem leve, saio do quarto em busca das duas maluquinhas.

Neste internato conheci duas maluquinhas que se tornaram irmãs para mim, a ruiva se chama Laila, e a loira se chama Safira, a sorte disso tudo, dividimos o quarto, e moramos próximas, então mais tarde quando for para casa, não ficarei só eu as terei por perto.

Já na biblioteca avisto um cabelo ruivo, e um loiro, caminho a passos lentos e me jogo em cima das duas, que estão sentadas no sofá.

   - Caramba só podia ser mesmo a sem noção. - isso é o que a Laila diz parecendo esta estrangulada com meu peso, sobre ela, sorrio com a constatação.

   - Qual o motivo desta animação toda? - essa é a vez da Safira falar.

  - Meninas hoje é o dia da nossa liberdade, e vocês estão jogadas nesse sofá assistindo a um documentário? caramba é melhor vocês pedirem para seus pais a deixarem de vez aqui.

As duas arregalam os olhos, e dão um pulo do sofá, o que me faz cair estatelada no chão e elas gargalharem, o que nos torna alvo de olhares, com dor no meu bumbum com a queda passo um olhar irritado para elas e saio em direção do quarto.

- Não acredito que você ficou irritada Clara? Safira diz me avaliando com a mão na cintura.

- Não eu não estou. eu estou ansiosa com minha volta. digo com a cabeça baixa dando um longo suspiro.

- Calma Clara, eu entendo sua ansiedade, ainda mais esses anos todos longe do seu pai, deve ser muito difícil não saber como é a convivência com uma pessoa, ainda mais ela sendo sua família. - Laila diz vindo ao meu encontro me abraçando.

- Esse grude já esta me deixando enjoada. - Diz safira indo em direção a sua cama, pegando a mala.

- É isso ai chega de baixo astral, como você disse Clara é nossa liberdade, e você esse tempo todo aqui se beijou foi muito, quando voltarmos para Nova Iorque vamos para as melhores baladas, entendeu mocinha. - Laila diz calmamente se virando.

-  Vocês  sabem que eu não quero, ficar com qualquer pessoa, eu acho que tem que ser em um momento, especial. - digo a elas já finalizando o assunto, elas duas são minhas amigas mas esta ai o motivo de chama-las de maluquinhas.

Arrumamos as malas em uma farra que só, foi divertido, o que acarretou em uma gritaria, e guerra de travesseiro.

Depois do que pareceu uma eternidade a diretora do colégio apareceu, para se despedir, nós achamos um alivio, o mulher chata, porem nem ela ficou de fora das encrencas que aprontamos.

Já em frente a saída, jurava que papai iria me busca, seria uma primeira viajem juntos após esses longos anos, mais não o que recebi foi uma mensagem.

Filha não pude te buscar mais foi alugado um carro para te deixar no aeroporto, te vejo em casa bjos seu Pai.

Leio umas quatro vezes, até me da conta, ótimo só eu mesmo para achar que papai largaria seus afazeres por mim, olho para o lado e deparo com minhas amigas e seus familiares que se prontificaram a busca-las, elas me avaliam, mais não quero demonstrar o que já está se tornando rotina na minha vida.

Aceno e dou tchau a ela e entro no carro que me espera pra essa viajem.

O que me espera isso eu já não sei, abraço e flores não foi, amor e carinho só mesmo chegando lá para ver.

Chego ao aeroporto e o que me espera é um jatinho particular, respiro e inspiro, por que papai não me deixou ir em um avião com minhas amigas, acho que ele quer me ver solitária, o que para ele talvez não seja ruim.

Sento a poltrona e me aconchego para me acomodar no assento, a aeromoça informa que logo estaremos decolando, a mesma pergunta se desejo algo, minha ansiedade é tanta que se comer sei que vou vomitar, coloco a minha mascara de dormi e meus fone deixo o embalo da musica conduzi e tirar toda a tenção da viajem.

Nem sei quanto tempo passei dormindo, acordo com a aeromoça indicando que chegamos, me espreguiço, tirando a mascara e um dos fones, já que o outro caiu e nem percebi.

Minhas malas já estavam no carro, onde adentrei e segui o caminho em silêncio, o lugar onde nasci não me lembrava mais, olhando parecia que não fazia parte do lugar.

O carro para em frente a uma grande mansão, a casa esta totalmente modificada do que era antes,o motorista abre a porta para eu descer.

Olho para todos os lados e contemplo um belo jardim amplo, com uma fonte com enorme chafariz, direciono meu olhar para frente e vejo uma escadaria, e em frente uma porta grande, forço meus pés a se moverem para direção.

Antes de bater a porta é aberta, por um homem alto forte cabelos negros com alguns tons grisalhos, os olhos são da cor do meu, sim é ele, hoje estamos frente a frente.

Meus olhos se enchem de lagrimas e num rompante me jogo em seus braços.

_ Papai, que saudade. - o abraço, não o querendo soltar, tenho medo de ser novamente os sonhos que tive esses anos todos.

_ Minha filha como você cresceu já é uma mulher. - sinto-o afagar meus cabelos e me embalar em seus braços.

O Contrato  (Concluído) Onde histórias criam vida. Descubra agora