Percabeth: Cupcakes Azuis

Controlem Sally Jackson!

PERCY POV -

Estacionei o carro na frente do novo apartamento da minha mãe. Ela implorou para que nós almoçassemos com ela e Paul antes da tal festa, então por volta das 11h saímos. Ninguém podia frear Sally Jackson quando ela inventava alguma loucura dessas.
Saí do carro e fui tirar meu filho da cadeirinha enquanto Annabeth pegava a bolsa do bebê.
Pegamos o elevador e subimos. Annabeth tocou a campanhia e quase imediatamente a porta se abriu.
- Bom dia, crianças! - Meu padrasto cumprimentou. Ele olhou para Peter e apertou devagar suas bochechas. - E olá, criança menor.
  Ele nos deu passagem para passar.
- Onde está minha mãe? - perguntei.
- Ela foi atrás de uns doces que ela diz ter esquecido de comprar lá na doceria que ela trabalhava e ainda não voltou. - Paul respondeu.
- Parece que esse doce é importante... - Comentou Annabeth, olhando para o centro da sala e observando que já se encontrava várias caixas de doces e salgados ali.
- Deve ser... Vai entender a Sally.. - Paul deu de ombros. - Percy! Feliz aniversário. - Ele falou sorrindo e me abraçando.
Sorri de volta.
- Obrigado, Paul.
- Tenho uma coisa pra você. - ele acrescentou e se dirigiu a uma gaveta na estante da sala, voltando com um caixa pequena, coberta por um plástico prateado.
- O que é isso? - Perguntei inocentemente.
- Abra.
Rasguei o embrulho de uma vez só e abri a caixa lentamente - o que achei ali era algo interessante.
- Uma chave? - Questionei.
- Não diga "uma chave" como se não fosse nada. Esta é a chave.
- O que tem de especial nessa simples chave? - perguntei, sem entender.
- Deuses, Percy! A função de uma chave é abrir alguma coisa! - Annabeth falou, impaciente com a minha lerdeza provavelmente.
  Hesitei.
- E o que exatamente eu vou abrir com ela?
Paul sorriu.
- Só a casa que você alugava com a sua mãe na praia de Montauk.
- Aaah tá... Achei que era um presente de aniversário. - Falei.
  Annabeth e Paul ficaram olhando para mim com uma expressão que parecia incredulidade. Até Peter abriu seus olhinhos como quem não acreditava no que seu pai tinha acabado de falar.
Permaneci calado olhando pra eles.
- Céus, Percy! EU comprei a casa de praia de Montauk e to te dando a chave! Já transferi para o seu nome.
  Hesitei, tentando formular as palavras. Depois quase gritei:
- O QUÊ? Você comprou a casa de praia??
- É... Essa era a surpresa. Sally e eu concordamos que você tem boas lembranças dali. E mesmo que ela não esteja mais com seu pai, sei que ela também ama aquele lugar. Agora temos a certeza de que poderemos ir pra lá sempre que quisermos, sem precisar pagar nada mais. - Paul explicou.
- Meus deuses, ainda não estou acreditando. - Falei incrédulo. O abracei mais uma vez. - Obrigado, Paul.
- Tem a parte 2 da surpresa, mas isso aí é com Sally.
  Ouvimos o barulho da porta quase imediatamente.
- Olá, família! Cheguei! - Minha mãe entrou no apartamento com duas caixas enormes da doceria da estação que ela trabalhava e mais duas sacolas penduradas no braço.
- Mãe, o que ta fazendo? Você disse que era um simples bolo com minha família e amigos mais próximos. - Falei.
- Mas é isso mesmo. Só relaxe, ok? - Ela falou, largando as duas caixas no centro em cima das outras e as sacolas no sofá. - Vem, vamos comer. Já tinha deixado tudo pronto.
  Nós a acompanhamos até a cozinha.
- Faz tempo que chegaram? - Ela perguntou.
- Não muito. - Annabeth respondeu. É claro que ela já havia largado a bolsa de Peter pela sala também.
- Sentem-se, só vou dar uma esquentada em tudo. - Sally continuou e, sorridente, se aproximou de mim. - Há muito o que comemorar hoje, não é? Não é, Peter? Coisa mais linda da vovó! Percy, feliz aniversário, meu amor! - Ela falou me abraçando fortemente. - Eu te amo tanto!
- Eu também, mãe. - Eu tentei dizer, já que ela estava basicamente me enforcando.
- Já recebeu o presente de Paul?
Balancei a cabeça.
- Ótimo. A parte 2 fica por minha conta.
- Hã... Obrigado, eu acho. Além da festa... E do almoço. - Agradeci.
Sally revirou os olhos e pegou Peter, já brincando com ele.
Me sentei ao lado de Annabeth, que silenciosamente concordou comigo: Sally Jackson era incontrolável.