Percabeth: Cupcakes Azuis

Um Robô em São Francisco

HAZEL POV -

25 minutos tinha se passado desde que eu empurrara Percy no Rio Estige.
- Tá demorando demais... - Frank comentou.
- Tá bom, eu vou lá. - Nico falou, já se levantando. (Ele estava agachado.)
   Coloquei a mão no peito de Nico.
- Há poucos minutos você estava quase engolindo o Percy, dizendo que não iria e agora já quer se jogar no Estige? - Questionei, revirando os olhos.
- Agora estamos em outras circunstâncias. Um amigo corre perigo.
  Abri a boca para protestar, mas fui interrompida por um barulho emergindo das águas.
  Um certo semideus de olhos verdes saía, com dificuldades, do Rio, segurando consigo um martelo azulado. De longe pude sentir seu poder divino.
- Percy! - Corri até ele. Frank e Nico vieram em meu encalço. - Conseguiu!
- Você está bem? - Perguntou Frank.
   Ele parecia meio confuso, meio distante.
- É, tô legal. Derrotaram os cães? - Percy perguntou.
- Nico contribuiu em boa parte. - Respondi.
  Meu irmão deu de ombros.
- Então, vamos embora. Estou louco para sair daqui. - Percy disse.
- Tudo bem, então toquem nas minhas costas. - Nico mandou.
  Frank pareceu ficar enjoado.
- Ah não, viajar nas sombras, de novo, não...
 
PERCY POV -

    Paramos de viajar nas sombras após alguns segundos.
- Acho que vou vomitar... - Frank resmungou, enjoado.
Olhei ao nosso redor.
- Onde estamos? - Perguntei.
- Hum... Numa rua de São Francisco? - Hazel chutou. - Nico???
  Olhamos para ele que parecia confuso.
- Não sei porque paramos aqui. - Ele respondeu.
   Olhei para trás.
- Uma rua sem saída. Isso não é nada bom. - Falei.
- Aaaaiii... - Frank gemeu.
  Um barulho metálico invadiu aquela rua isolada, onde só se via carros estacionados em frente às paredes de fundo de prédios.
- Vish, não tô gostando disso. - Hazel disse, já pegando sua espada.
  Outro barulho extremamente forte soou.
-  Será que estão torturando o Festus? - Frank perguntou.
   Dei de ombros.
  Outro barulho de metal e os carros ali vibraram, voaram e se uniram. Aos poucos adquiriram a forma de um monstro de metal com olhos vermelhos. Ele possuia cerca de 3 metros e meio e se revestiu em cor prata.
- E virou Transformers? - Perguntei.
- Objeto de guerra de Ares. Um de seus filhos construiu exatamente para tentar desafiar Hefesto. Mas... Puttzz... Quem é que ganha de Hefesto quando se fala em construção? - Frank comentou.
   Olhei para Frank.
- Você virou Annabeth agora? - Falei, por sua descrição do monstro.
- Era só pra vocês saberem. - Ele respondeu. - Vamos lutar.
   E com isso, Frank se transformou em um elefante cinza. Nico já tentou afundar o Robô, porém ele emitiu fogo dos pés e flutuou.
- Que potência... Muito bom. - Hazel elogiou.
- Isso não é hora pra elogiar, Hazel! - Nico exclamou.
   O elefante disparou em direção ao monstro, enrolando sua tromba em uma de suas pernas e a puxando com força. O monstro caiu, mas se levantou com rapidez. Jogou o braço para o lado acertando Frank. Respirei fundo e me concentrei: Pude sentir água por perto, uma enorme caixa d'água se encontrava no topo de um dos prédios. Explodi aquele reservatório e disparei contra o robô, esperando que seus circuitos queimassem, o que não aconteceu. Ele continuou andando em nossa direção.
- Droga, o que faremos agora? - Perguntei, recuando um passo.
  Nico deu de ombros. Pegou sua espada, correu atacou numa fissura que havia na cintura do monstro. Pousou no chão e esperou que algo acontecesse, mas foi em vão.
De repente, fios vermelhos, parecidos com elástico, se soltaram do robô e ricochetearam até bater em nós. Desviei de vários, mas fui pego por um deles, caindo no chão. Os fios não paravam de ricochetear por toda a parte. Lancei água nos fios. Também não funcionou.
Hazel e Nico começaram a levar mais bofetadas daqueles estranhos fios. Tentei passar por eles, para atacar aquela máquina enorme, mas fui jogado pra trás, acertado por mais dois fios. Agora foi que deu. Alguém aí conhece algum ninja ou pulador de corda que saiba desviar de fios "elétricos" de robôs, que se movem por todo lugar, numa velocidade absurda? Logo, Frank apareceu próximo de nós de novo.
- Até que enfim voltou. - Nico murmurou.
   Ele desfez sua transformação de elefante.
- Percy, essa é uma máquina para humilhar e destruir Hefesto! Só há alguém ou alguma coisa que consiga derrotar algo do tipo! - Frank falou.
- Hã... Talvez Annabeth... Ela teria uma ótima ideia na cabeça, neste exato momento, se estivesse aqui. - Falei, distraído.
- Não! Hefesto! Ele derrota qualquer máquina ou construção, com certeza.
- Mas não podemos chamá-lo até aqui. - Falei.
  Nico, Hazel e Frank me olharam como se eu fosse louco e fomos ricocheteados por mais ataques de fios.
Resmunguei.
- Não é isso, seu idiota! - Hazel exclamou, de onde se levantava. - O martelo de Hefesto! Ele pode acabar com esse monstro!
- Ah... - Eu disse, entendendo.
   Me ajoelhei, pegando o tal martelo na mochila, que estava brilhando num tom azulado.