Percabeth: Cupcakes Azuis

A Chave N° 2

PERCY POV -

- Hey, curti a camisa! - Hazel disse, quando chegamos ao local.
- Valeu. - Agradeci.
- O que vocês estão fazendo?? - Annabeth perguntou autoritária ao meu lado. Me virei para ela e pude perceber que ela falava com seus irmãos.
- Hã... Brincando? - Um dos gêmeos falou.
  Bob segurava Peter fingindo que ele era uma metralhadora e aparentemente ele e seu irmão estavam correndo com o bebê.
- Ficou maluco, Bob? - Ele só tem um mês! Um mês!
- Calma, Annabeth. Eu só estava segurando ele deitado, nem estava mexendo muito. E aliás, eu sou o Matthew.
- Bebês são fofos, dá vontade de brincar com ele, mas não estávamos fazendo nenhuma besteira. - Disse Bob.
Annabeth inspirou profundamente e depois soltou o ar.
- Tudo bem, esquece. Me dêem ele aqui, vou amamentar. - Ele olhou pra mim após pegar nosso filho. - Estarei na chácara.
  Os gêmeos pareciam meio constrangidos pela reação da irmã.
- Nunca estressem Annabeth Chase. - falei.
  Eles deram de ombros.
- Percy? - minha mãe se colocou entre os irmãos. - Podemos conversar agora?
- Tá.. - respondi, a seguindo. - Aonde estamos indo?
- Você vai ver. - ela respondeu. - Pensei em fazer uma reforma nessa velha chácara, já que o lugar agora é nosso, mas pensei que talvez você quisesse manter assim pra relembrar os velhos tempos. Não sei. O que você acha?
- Acho que não vejo problema numa reforma, contato que não mude muito o ambiente externo, eu acho... Sua nora é arquiteta, esqueceu? Ela pode dar um jeito nisso.
Sally sorriu.
- É verdade. Você se casou com uma grande mulher. Bom, eis aqui a parte 2 do presente.
- Mãe, já chega. Você comprou esse lugar, montou toda essa comemoração pra mim, fez almoço.. já chega. - Falei, sério.
- Perseu Jackson, agora eu tenho condições de te dar tudo o que não pude te dar no passado. Sou uma escritora famosa nacionalmente, tenho um marido que é diretor de uma escola e me ajuda em qualquer custo financeiro e posso gastar no que quiser, então fique quieto.
Suspirei.
- Só quero dizer que você já fez o bastante. Me comprava doces, me incentivou a estar na escola e me protegeu mais de monstros do que qualquer outra pessoa. Você é uma mãe nota 100.
- Mas eu quero te dar o presente que você sempre dizia que queria quando íamos para alguma praia ou lagoa e um deles passavam.
- Eu dizia? E quantos anos eu tinha, posso saber, senhora "eu-gasto-dinheiro-como-eu-bem-quiser"?
- Acho que até uns 9. Depois acho que percebeu que eu não tinha condições de comprar ou que ninguém saberia dirigir para você.
- Mãe, é melhor que não seja...
Ela apertou o botão da garagem dos fundos.
- Parabéns, Percy.
  Olhei para a garagem e o meu pensamento era mesmo verdadeiro.
- Chave número 2. - Minha mãe disse, colocando na minha mão.
- Não... Não... Não pode ser. - Estava sem palavras. Respirei fundo. - Desculpe, não posso aceitar. Isso foi o olho da cara.
- Pelos deuses, Percy. Aceite algo da sua mãe de bom grado pelo menos uma vez na vida. - ela pediu.
- Um jet ski? Fala sério!
Ela deu de ombros.
- Pelo menos é azul.
  Era verdade. Eu amava o mar e amava a forma como aquele veículo era veloz dentro d'água. Eu sempre falava pra minha mãe que queria pilotar um daqueles, não imaginei que ela um dia levaria a sério.
- Leve essa chave de volta, eu não sei pilotar. - Falei, estendendo a chave pra ela, a qual ela não pegou.
- Percy, com quem você aprendeu a pilotar iates e navios mesmo? - ela perguntou, irônica.
Não respondi.
- Com ninguém! Você simplesmente sabe pilotar automóveis marinhos e se não souber entra em aulas particulares que eu pago. Agora para de fricote e me dá um abraço logo!
Sorri.
- Você é maluca, isso sim. - a abracei. - Obrigado.