Quem tu pensa que é?

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Abri meus olhos lentamente, tentando, numa preguiça profunda, me localizar. Senti um ar quente várias vezes em meu rosto e quando abri um pouco mais meus olhos encontrei uma versão ampliada da cara do Batcão; levei um susto do caramba e me afastei subitamente, ele pareceu se assustar também porque fez o mesmo.

— Meu Deus, Bat. Você poderia ser um cão despertador melhor - falei meio grogue.

Ele apenas latiu em resposta.
Claro né! Você esperava que ele fosse responder como? Falando ao ritmo de Betoween?

Me sentei e olhei para frente, bem na direção da janela, e uma claridade extrema deixou minha visão até branca. E isso só ajudou a preguiça impregnar mais minha alma. Após algumas piscadas minha visão se acostumou e meus dedos, não porque, pegaram meu celular e o desbloquearam, deve ser o vício se manifestando.

Havia um lembrete dizendo que as 13:00 horas teria que ir até o restaurante do Niall para receber um treinamento de garçon.

Eram mais de meio-dia, então tinha em torno de 45 minutos para acordar direito, dar comida ao cachorro, dar comida para mim, me arrumar e ir a pé até lá.

Considerando a criatura lenta que sou, principalmente ao acordar, e o tempo que levo para chegar lá com minhas pernas pequenas, posso afirmar que está tudo ferrado.

Pulei da cama e fui direto para o banheiro. Bat me olhou como se estivesse pensando: "Eu tentei avisar, seu humano em processo de jumentice."

Enchi minhas mãos de água e joguei no rosto. Em seguida fui para a cozinha, onde encontrei o almoço pronto. Então Harry tinha vindo para casa almoçar. Santo Styles.

Aproveitei para colocar água e comida para o Batcão e já o deixei no quintal. Ontem nós tivemos uma conversa séria de como deveria ser o seu comportamento enquanto eu estivesse fora, portanto, não há necessidade de repeti-la.

Não sentia fome, mas me sentei para comer porque era necessário. Num momento, me distrai com um dos feijões; ele era bem gordinho, o que me fez lembrar de outras criaturas com esse mesmo porte, como baleias, alguns tipos de cães, pandas... Ohh pandas! Eles são tão fofos. Adoro panda, quem não gosta de pandas, não é mesmo?

Eita, espera. Meu espírito de retardado estava me dominando de novo.

Enfiei o feijão na boca antes que me distraísse novamente e voltei a comer.

Cheguei no restaurante em cima da hora. Estava fechado como sempre está antes das seis. Entrei pela porta dos funcionários, que estava aberta, que levava para a cozinha. Como não havia ninguém eu fui para onde as mesas ficavam e encontrei Niall sentado numa delas, com uma calculadora e vários papéis.

— Hm... Olá.

— Lou! O que faz por aqui?

Não creio que vim com toda aquela pressa para o cara nem lembrar do que tínhamos marcado...

— Eu vim para treinar como garçon.

— Ah sim, por isso até deixei a porta aberta! Sente-se por favor.

Enquanto fazia o que ele pediu, uma voz, aparentemente vinda do além, murmurou:

— Nossa, cara, até eu lembrava que ele viria. E olha que estou de ressaca e ontem estava preocupado com Hogwarts.

— Zayn? - perguntei.

— Presente - uma mão se levantou um canto escuro da grande sala, entre algumas cadeiras.

— Ele queria vir te ver, mas vai ficar olhando daquele lado onde está escuro porque a claridade estava irritando seus olhos. - então Niall aumentou o tom de voz - E, aliás, meu caro, a matemática é bem pior que o álcool! E olha que estou usando uma calculadora!

Last Hope ✨ l.sOù les histoires vivent. Découvrez maintenant