E ELA SE FOI...

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-Adam Nobel

Como um choque, ela me deixou. Virou e seguiu, não olhou para trás, não exitou. Pensei que por um minuto a mesma iria mudar de ideia, me escutar, me deixar explicar e sei lá voltar para mim, mas não, ela não voltou.
Katherine estava mais do que decidida, ela simplesmente partiu o meu coração, não sei explicar como, nunca senti isso antes, mas dói... Dói muito!
Uma garota fez isso comigo, como? O que ela tem? Por que estou assim?
Minha vontade é gritar, isso está queimando! Como se a bondade e sei lá, sentimento... Agora fosse ao chão e como vidro se estilhaçasse em mil pedaços dando lugar a algo negro que me fazia ter ódio, tanto que sentia meu corpo tremer.
Ela entrou no táxi e um pingo de chuva caiu sobre o meu ombro, o mesmo seguiu e então como ironia do destino uma leve chuva começou a cair. Parado ali, observando minha esperança ir... Sabendo que ela tinha razão, sabendo que deixá-la seguir a propria vida seria o melhor presente que eu daria a ela... Apesar de tudo, mas, aquela sensação doía... Era difícil explicar.
O táxi virou a esquina me fazendo levar a mão até o bolso da calça e de dentro do mesmo tirar uma caixinha vermelha, sozinho na rua, a chuva aumentando, abri e lá estava ele, o anel que eu daria a ela... O que provaria que eu voltaria, qual sentido fazia aquilo, agora!?
Olhei para aquela pequena prova de... Pequena prova de amor, e uma lágrima desceu se misturou a chuva e me fez fechar a caixa.

Deixar a dor ser dominada pelo ódio, e trancar todo e qualquer sentimento de amor, piedade e ilusão que começava a surgir.
Meu lado sombrio estava vencendo novamente e desta vez eu não dava a mínima.

> uma suicida e seu psicopata < CONTINUAÇÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora