PERSEGUIDO

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-Rick Negan
 
   Fazê-la a garota mais feliz de toda Chicago? Nam, de todo o mundo.
   O que custa tentar? Por que não arriscar? Outra vez, e mais uma...
   Academia, a garota que amo e daqui alguns dias o fim do meu último ano no colégio. O que poderia interromper esse momento?

--------- Tem certeza de que é ela quem quer? - já era noite, meu horário na academia mudou nesse dia por razões maiores. Sofi me fazia companhia, desde que cheguei a Chicago ela tem se mostrado uma boa amiga, parece que nos conhecemos a muito tempo, uma garota incrível além de linda, quase uma irmã, sinto que posso fazer com ela o que não fiz pela Mel, é como ver minha irmã em outra mulher, não sei dizer, apenas sinto uma grande afinidade por ela.
  Porem, como em uma boa história dramática, Sofia não é a maior fã da Katherine, ela acha que a mesma não me ama, não do jeito que eu à amo, sei que é verdade mas a esperança é a última que morre.

-------- Ela é o meu amor de infância, Sofi... - olhei para ela - Já falamos sobre isso, vocês deviam conversar um pouco, aposto que se tornariam grandes amigas.
--------- Eu acho que não! - sorriu - Você já é grandinho sabe o que faz... Mas, minha intuição nunca erra, essa tal Katherine não é  para você! - ignorei aquelas palavras.
-------- Já vou indo, quer carona? - me voltei para ela.
-------- Não, estou com meu carro... Pode ir.
-------- Se cuida... - beijei o rosto da mesma, virei e segui meu caminho até o estacionamento.   
  O silencio predominava o ar, o estacionamento estava deserto e a rua ao fim do mesmo também. A iluminação um tanto precária, como naquelas cenas de filmes. Ao longe avistei o meu carro, me aproximei do mesmo me preparando para ligar para Katherine, passeio na cidade, por que não?
   Uma sombra se formou, me virei para trás e um homem se aproximava, capuz cobrindo parte do rosto, não dei a mínima continuei caminhando. Foi então que senti o perigo no ar e como em camera lenta uma tentativa falha de me levar ao chão, desviei e empurrei o homem revelando parte do rosto do mesmo, um rapaz, tão jovem quanto eu.
   Ele se recompôs e voltou a tentar ir ao meu encontro, não falava absolutamente nada, apenas procurava por pancadaria.

-------- Quem é você? - perguntei completamente confuso com aquilo.
-------- Me passa a droga do celular! - me olhou cheio de raiva, levou a mão até o bolso e agarrou uma faca, um tanto grandinha, como um canivete só que maior. 
-------- Ei, calma... - levei a mão até o bolso, agarrando o aparelho - Aqui... - tentei entregar para ele - Calma, é só pegar e ir embora...
-------- Idiota! - puxou o celular da minha mão e em seguida me deu um golpe com o cabo da faca. Virei o rosto e então outro golpe em minha direção, cambaleei para trás porem me recompus rapidamente, estava treinado para aquele tipo de circunstância mesmo que nunca à tivesse vivido.
  Esperei pelo próximo golpe, desta vez agarrei o braço do agressor e o virei para trás, neutralizei o mesmo e o levei ao chão.

-------- Rick! - uma voz surgiu ao longe, olhei para o fim do estacionamento por um mísero segundo me deparando com Sofi, foi tempo mais do que suficiente para o rapaz revidar o golpe, me levar ao chão, socar o meu rosto e esfaquear meu estômago.
  Tudo parou, olhei diretamente nos olhos dele e o reconheci, o garoto que nos seguia...

-------- Não! - o grito de Sofia o fez levantar, rir e correr para longe. Não demorou muito e então senti as mãos daquela garota em meu ferimento, as luzes do lugar começavam a me fazer mal, se intensificavam a cada segundo - Rick! Não apague agora! - a realidade começava a se distorcer, olhei para Sofi e a mesma ligava para uma ambulância, tentava me manter acordado, mas... Apaguei. 

  

> uma suicida e seu psicopata < CONTINUAÇÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora