Escolhido

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-Katherine Jackson

------- Sabe mesmo como me fazer chorar, não é? - enxuguei algumas lágrimas que desciam por meu rosto - Adam Nobel sendo fofo? - sorri - É você mesmo?
------- Um pouquinho mudado mas o mesmo... - sorriu - Sua mãe deve estar te procurando...
------- Como sabe del... - me calei - Claro que sabe, - ("olhos em todos os lugares") - Sim, ela deve estar revirando o hospital agora... - Adam riu.
-------- Você devia estar... - interrompi.
-------- Não se atreva a dizer descansando! Estou bem... Até mais do que pude imaginar.
-------- Graças ao Rick... Ele te levou a tempo para o hospital, o garoto prodígio salvou o dia.
-------- Sei que tem dedo seu nessa historia, sempre um passo a frente... - sorri - Devo aos dois... É tudo muito estranho, mas obrigada! 
------- Estranho? - sorriu - Ou assustador?
------- Um pouco de cada... Quem diria que tudo isso pudesse acontecer, pessoas querendo me matar... Seitas, você... - parei para refletir - Pensei que só acontecia em filmes, aqueles em que a garota se apaixona pelo vilão que na verdade não é um, um filme onde tudo luta para separá-los... Onde seitas sempre aparecem, onde pessoas se machucam gravemente, morrem... Tudo isso, não sei como definir é tão... Indefinível.
-------- Totalmente... Quem diria que a garota se apaixonaria pelo vilão - Adam riu, ironizando minhas palavras - A pergunta que não quer calar... Ela ainda está apaixonada? - senti meu estômago se contorcer, e a resposta parar em minha garganta - Calma Kat... - riu - Estou apenas brincando.     
------- Você é um canalha, sem noção. Fez da minha vida um inferno (literalmente), mas... Eu não sei, talvez sim ou não. - acabei deixado escapar um leve riso. Olhares cruzados, a chama em meu coração queimando ainda mais... Sim, claro que a garota ainda o amava além do que podia imaginar, com todas as forças sem entender o porque.
-------- "Talvez" já é um começo... - Adam sorriu.
-------- E o que vem agora? - perguntei com certo receio da resposta.
-------- Tenho que terminar isso... Você não vai estar segura enquanto Thomas estiver a solta, Allen já se foi, mas ainda existem outros problemas e preciso resolvê-los.
-------- Thomas? Pensei que você tinha... - me calei.
-------- Não, tive distrações ele foi para um outro hospital e acabou fugindo. Sei que é questão de tempo até ele voltar, preciso agir logo. - interrompi.
-------- Você não está no melhor estado! 
-------- Não vou ficar aqui parado! - retrucou.
-------- Mas Adam... - me interrompeu.
-------- Katherine tenho que por um ponto final nisso!
-------- Olha só para você! Quem te assegura que da próxima saíra vivo? - aumentei o tom de voz, a mistura de medo com raiva. Eu sabia de toda a verdade, sabia o porque de tudo, eu era o motivo ele estava naquilo para me manter viva - Quem me assegura de que você vai voltar? Eu nunca me perdoaria se alguém  morresse por mim! - acabei soltando o segredo que Ana havia revelado a mim - Eu sei Adam, sei de tudo! Do seu pai e as ameaças, Allen que trabalha para ele... Thomas, sua luta para me salvar tendo que noivar com a vadia loira (glórias por ela). Sei de tudo! Bem antes dessa bomba estourar, Thomas me pegou porque tentei fazer algo para parar isso... Tentei revidar mas fui pega de surpresa! - os olhos de Nobel vibraram em mim - Olha... - acalmei o tom de voz - Adam não faça isso sozinho... Por favor não se arrisque pela minha vida, eu te proíbo de tentar me salvar!
--------- Foi a Ana não foi? Ela quem... - interrompi.
--------- Não importa agora tudo está esclarecido... Não precisa mais fazer nada! Não sozinho, se quer dar um jeito nisso OK! Mas que seja comigo, se é por mim então que eu faça alguma coisa a respeito!
--------- Não Kat... A resposta é não! Você não vai entrar ainda mais nisso, eu comecei então eu termino - tentei me pronunciar porém Adam tomou novamente a voz - Sem mais! - a porta se abriu nos fazendo olhar para a mesma, Brendo junto ao segurança pareciam sérios, aquilo seria minha deixa.
--------- Não vou permitir que ninguém sofra pela minha vida! - sussurrei olhando Nobel no fundo dos olhos - E essa decisão você não pode tomar por mim. - apertei por um mísero instante a mão do mesmo, beijei o canto de seus lábios e me virei para sair do quarto, cruzei a porta e olhei para Brendo, bem... Eu estar viva era parte dos cuidados dele, os méritos deviam ser do mesmo também.

> uma suicida e seu psicopata < CONTINUAÇÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora