¡¿Casados?!

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-Adam Nobel

   Adormeci aos pés da cama, minha rotina virou de ponta cabeça, de dia mantinha o sorriso nos lábios, manipulando tudo e todos, ao cair da noite, usar até cansar e jogar fora, tratar tudo e todos como lixo, como fizeram comigo, porem ao chegar da madrugada quando ninguém me via, a dor me consumia... Nem bebida, cigarros ou sexo, nada, nada mesmo resolvia e isso que acabava comigo. O maldito amor, a droga do amor! Perdi minha mãe para ele, depois minha vida toda, superei, recomecei e cai novamente.
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   O dia nasceu, quase duas horas da tarde, minha folga. Sai do quarto e caminhei até a cozinha, Ana estava sentada sobre um banco apoiada no balcão vendo algo no computador. Não dei a mínima não queria  levar outro sermão, abri a geladeira agarrei a caixa de suco e levei a boca. Virei para a garota e novamente ignorei a mesma, a deixei e voltei para a sala ao longe ouvi meu celular tocar, caminhei até o meu quarto, agarrei o aparelho e atendi: Júlio.

------- Fala!
------- Parabéns aos noivos! - o que? Fiquei confuso.
------- Como? Ligou errado cara! - ri.
------- É o cretino do Adam Nobel certo? - riu também.
-------- Sim Júlio, sou eu... Apenas não entendi a brincadeira! - sentei na cama me distraindo com o balançar da cortina poucos metros a frente.
-------- Brincadeira? - o tom de voz do mesmo mudou - Agora eu que não estou entendendo... Você vai se casar ou não?!
-------- Eu o que? Quem te disse isso?! - ri outra vez, tentando entender a zoação, falhei.
-------- Ninguém me disse, eu vi! - fiquei em silêncio - Acabou de sair nos noticiários e sites na internet. "Adam Nobel e Ana Cavalliery anunciaram o noivado" - aquelas palavras me fizeram paralisar.
-------- Quem? Onde viu isso!?
-------- É só abrir a internet Adam, saiu ontem a noite... Não está sabendo do próprio noivado?! - noivado? Internet? Todos sabendo!? Que merda é essa!? É apenas um disfarce para manter Ana em Londres, nada real! Nada para ser exposto! Apenas para aqueles que estão atormentando Cavalliery, pararem.
  Deixei o celular de lado e sai do quarto, a voz de Júlio chamando meu nome ficou para trás. Caminhei até a cozinha puxei Ana para trás e agarrei o computador.

------ Ei! -  se pronunciou, porem não dei a mínima. Olhei para a tela e a notícia que estava estampada era o maldito casório - Adam... - antes de Ana se pronunciar me virei para ela quase que dominado pela raiva.
------- Que droga é essa!? - senti o tom da minha voz mudar.
------- Eu posso explicar... - seu olhar se encheu de medo.
------- Explicar?! Que porcaria é essa Ana? Por que o meu nome está espalhado por toda a internet?! O que você sabe que eu não sei..? - me aproximei ainda mais - Diz! - gritei.  
------- Calma! - levantou as mãos tentando me acalmar - Foi o seu pai... - (o que?) - Ele está por trás disso.
------- Como?! - abaixei o tom por um instante - O que Jordan tem a ver com isso? - aumentei novamente. 
------- O seu pai achou melhor para a carreira anunciar a aliança fortificada com a minha mãe, usou o noivado para isso. Ele soube das ameaças, usou como plano para me fazer ficar e... - interrompi.  
------- Ele está usando a minha imagem para crescer na midia! - dei um passo para trás - Maldito! - joguei um copo que estava em cima do balcão diretamente no chão, Ana deu um grito com o susto - Quem ele pensa que é!? - senti o ódio consumir todo o meu corpo.
------- Calma! - Ana levantou desviando de alguns cacos e se aproximou - Nós íamos casar não é mesmo, qual a diferença deles saberem ou não? - aquela voz suave, aquela pergunta idiota me fez olhá-la com os olhos ardendo em fogo.
------- Essa droga é falsa! Ninguém precisa saber, porque não há nada para saber! - gritei - É a droga de um disfarce, apenas para te fazer ficar em Londres até eu achar outra solução! Não tem casamento nenhum Ana!
-------- Como..? - me olhou surpresa.
-------- Se arruma, vamos ir falar com os nossos pais! - a deixei na cozinha e sai cuspindo fogo.

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  Uma hora depois, cruzei a cidade e cheguei a casa de Dona Cavalliery, Jordan também estava lá. Abri a porta com toda a força e comecei a gritar por ambos, uma das empregadas do lugar correu escada abaixo pensando ter acontecido algo, outras duas puseram os olhos no corredor tentando avaliar a situação, meu pai e a mãe de Ana largaram os copos de whisky, ela levantou do sofá assustada e ele, como sempre apenas me olhou serio.

------- O que foi Adam?! Algum problema com o bebe? - Dona Cavalliery se pôs a falar.
------- A criança está ótima... - respondi grosso e então Jordan tomou a voz.
------- Então por que raios esse escândalo Adam?! - agarrou novamente o copo e levou a boca.
-------- Que droga é essa? - entreguei a noticia imprimida a ele - Quem deu autorização para revelarem isso a midia?
------- Ah... Sobre isso - ele riu - Belo golpe de marketing não foi?! Agora ninguém nos tira do poder... - interrompi.
------- O que? Poder!? Isso não é poder! É a minha vida. - gritei - O casamento sempre foi falso! Não tem droga de casamento nenhum, será que é tão difícil entender!?
------- Acalme-se Adam! - Dona Cavalliery interferiu - Como seu pai já disse é apenas marketing - olhou para a filha - Já que não quer casar então não case.
------- O que?! - fiquei confuso.
------- É assim rapaz, fazemos uma festinha de noivado apenas para afirmar a noticia esperamos a criança nascer e então desmanchamos tudo, minha filha ficará em Londres nesse período e depois pelo fato do filho ser daqui, compreende? - sua voz calma entrou em minha mente.
-------- E por que não me disseram antes? Precisei saber por terceiros! - Jordan me interrompeu.
-------- Sabemos o quanto é impulsivo e o quanto inventaria mil e uma desculpas... Você vai manter a droga do disfarce e andar na linha a partir de agora, queira ou não! Tanto para o bem da criança quanto para o nosso! - Ana tomou a voz antes de eu me atrever a abrir a boca.
------- Espera um minuto... Vocês estão usando o meu bebe como desculpa para se manterem no poder?! Isso não ira beneficiar nem a mim, nem a ele - me olhou - Ou a criança... Muito pelo contrario, nós levamos o foco da midia e vocês pegam uma carona?! É isso? - Ana se encheu de raiva - Não! Eu não aceito, prefiro ser deportada do que ser ponte para essa palhaçada!
------- Estamos fazendo isso para o bem de vocês! - Dona Cavalliery tomou a voz.
------- Ana tem razão! - interferi olhando para Jordan - "Me manter na linha"? Haha só pode ser brincadeira!
------- Parem de criancice vocês dois! - o mais velho Nobel levantou - Já está feito! Ana não será deportada e Adam está mais do que na hora de agir como... - interrompi.
------- Agir como você Jordan? Quer saber..? Pensei que isso daria certo, estava errado! Você apenas quer me manter longe de "problemas" pelo fato da sua campanha depender disso! - aumentei o tom de voz - Não sou o seu fantoche! Nunca serei. - dei de ombros virei e sai. Indignado, sendo dominado pela raiva.
   Mal toquei em meu carro e logo uma mão segurou o meu braço me fazendo parar, olhei para trás e era ninguém menos que Jordan.

------- Não tente me manipu... - me interrompeu.
------- Você vai ir a festa de noivado sim Adam! Vai manter o disfarce também! Sei da sua amada Katherine, sei do trato, você tem olhos em varia cidades eu, em todo o mundo! Ou cumpre o trato dos seis meses, fingindo para as cameras ou faço tudo e quando digo tudo é TUDO mesmo, para destruir o seu relacionamento com aquela Jackson!   
  

> uma suicida e seu psicopata < CONTINUAÇÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora