Por trás de tudo [...]

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JovemEscritora

  Desde o começo digo que há um fundamento por trás das minhas histórias. Bem, >uma suicida e seu psicopata< não foi diferente, apesar dela ter sido uma ideia que surgiu do nada, sem a menor expectativa de algum leitor interessado pelas palavras de uma adolescente.
  Hoje, finalizo uma pequena parte de mim, mas antes e como prometido irei revelar toda a historia por de trás.

   Não presenciei ou vivi todo esse melodrama, mas sou cada um dos personagens... "Claro jovem escritora, você escreveu e criou eles" Não, não exatamente... Sim, são de minha autoria, mas já estavam vivos bem antes do primeiro capitulo nascer.
  Adam, Katherine, Rick, Ana, Melissa, Lucas, Thomas, Jordan, Nicolas, John, e Sarah, são todos parte da minha mente. Como? Okay, eu explico. Quando o livro começou eu estava saindo de uma depressão em que apenas eu sabia o que estava passado em mim, apenas eu sabia dos cortes, me via sozinha, me isolava, me trancava e apenas chorava. Vivia um mar de desilusões em que nada dava certo, minha infância foi cercada pelo bullying, o que não facilitou em minha adolescência... Meus personagens se resumem a vontades de uma garota em busca de uma saida.

John e Sarah, pais da Kat: representam minha familia, não interferiram porque para mim eram como cadáveres, estavam mortos, distantes, não podiam me ajudar. John representa a falta de apoio que tive, assim como quando Katherine sentia a falta do pai, assim estava eu. Sarah no entanto, a mãe ausente, era os meus pais, que nunca entendiam, pegavam no meu pé, me tiravam do sério. Como Katherine, aprendi a amá-los, ver que assim como em uma reviravolta de Sarah, que eles estavam ali para me ajudar.

Nicolas, o irmão Jackson: representa meus conflitos, para todos ele estava bem, mas apenas ele sabia o quão estava afundando, até que uma hora não teve jeito e a verdade veio a tona.

Jordan: meus problemas, a ganância, vontade de poder que meu intimo queria, estar sobre todos, me vingar, fazê-los estarem prostrados diante mim, no final, nada deu certo. Pois a ganância e busca pelo poder destrutivo apenas te corrói aos poucos.

Thomas: toda a falsidade que vi desmoronar sobre mim, amigos que diziam estar ao meu lado, em um piscar de olhos viraram a cara, me apunhalaram pelas costas.

Lucas, amigo de Kat: quando pensava haver esperança, tudo voltava a ruína. Era, o meu pedaço de fé, minha pequena alegria que durava a ponto de me iludir, e então, como um câncer, me consumia e me levava ao túmulo.

Melissa, irmã de Rick: aquela que se sentia oprimida pelo mundo, não encontrava saídas, teve a coragem que desejei ter, e se suicidou.

Rick: o perfeitinho, tentando se manter na linha, ser o exemplo, acabou que no final, falhou. Pois ser perfeito nunca será possível.

Ana: a garota que não tem medo de ser quem quer ser, de demonstrar, iludir e maltratar. Sempre conseguindo o que quer, fazendo o possível e o impossivel para conquistar Adam. A garra dela, era a garra que eu desejava para mim, ir sem medo das consequências.

Katherine: a "inocente" da historia, ou melhor, o lugar que todos os personagens rodam, minha própria mente. Confusa, bipolar, querendo ser e não. Indecisões, querendo fazer o bem ao próximo mesmo que isso lhe custe a vida.

Adam: minha parte docemente louca, insensível, psicopata. É a minha coragem, minha luta, aquilo que me mantém em pé, não me deixa afundar porque já é a extremidade. Nunca sob controle, mas tentando manter tudo sobre ele.

  Melhor dizendo, cada parte criou esse livro. Cada parte com o passar do tempo me moldou, me levantou e hoje estou aqui para salvar outras vidas. Para dizer que elas não precisam passar pelo que passei para saber o que hoje eu sei. Nossa felicidade depende apenas de nós. Meus personagens sempre existiram em mim, eles não são os únicos, são apenas uma pequena parte de um monte de bagunça que existe em mim... Mas hoje, bem... Hoje eu estou no controle, não sou mais controlada e sim os controlo.
Sim, é possível... Assim como eu, se alguém estiver se sentindo como um dia me senti, quero que saiba, que você pode mudar esse quadro. A decisão de sair do lugar e agir, vem de nós mesmos.

  Eu sou a Jovem Escritora, e essa é uma pequena parte de mim.

&gt; uma suicida e seu psicopata &lt; CONTINUAÇÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora