MORTE?

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-Adam Nobel

--------- Nãããoo! - acordei em um grito - Kat... - olhei para os lados e estava em meu quarto, a luz solar invadia o ambiente me fazendo ter uma grande dor de cabeça. Apenas um pesadelo, um dos quais minha mente ainda estava a se atormentar.
   Meu corpo dolorido, parecia que uma boiada havia passado por cima, uma tremenda ressaca, vontade de vomitar e bater a cabeça em uma parede para cessar a dor.
  Juntando forças acabei levantando da cama, alguns passos cambaleando até a janela e então a cortina sendo puxada, finalmente a escuridão! Finalmente meus olhos sendo libertos.
  Me joguei na água fria na tentativa de acabar com aquele mal estar e, inutilmente me livrar do peso daquele pesadelo, quando voltei senti meu corpo pesar, como se tudo voltasse com ainda mais intensidade, todas as cenas e todas as minhas vontades.
  Ficar ali só me deixaria pior, sai do quarto meio zonzo porem respirei fundo e me recompus. Uma mala estava próxima a porta, pela cor rosa supus ser de Ana.
  Caminhei até o quarto da mesma e nada, até o banheiro do corredor e muito menos, até a cozinha e como das outras vezes não obtive sucesso.
   Foi então que ouvi a porta principal se abrir, me movi até a sala e lá estava ela, óculos escuros, salto alto e vestido preto. Acompanhada pelo porteiro do prédio, esse que se movia para pegar a mala.

-------- O que significa isso? - interferi, porem fui ignorado por Cavalliery.
-------- Leve a mala para o carro Martin! - ordenou dando ao homem uma boa nota de cinquenta dólares, o mesmo se virou e saiu do apartamento nos deixando a sóis.
--------- O que pensa que está fazendo? - voltei a falar - O que significa essa mala!?
--------- Você pediu para eu dar o fora, é o que estou fazendo! - se virou.
--------- O que? - gritei - Ficou maluca? Para onde vai!? Eu estou responsável por você!
---------- Responsável por mim? - me olhou cheia de raiva - Você nem olha mais na minha cara! Nenhum homem por mais afeto que eu sinta, nenhum pisa em mim, muito menos me diz coisas que ousou dizer! Você meu querido Adam Nobel... Não tem o direito de abrir a boca para contestar minhas atitudes, como você mesmo ama dizer, "sou maior de idade! Não te devo satisfações!"
--------- Como? - me aproximei me apoiando em alguns móveis - Pare já com essa loucura e peça para aquele porteiro trazer sua mala para dentro!
--------- Não! - respondeu firme.
--------- O filho é meu! - gritei.
--------- A criança também é minha, Adam! - retrucou - E como mãe sei o que é melhor para ele! - gritou.
--------- Não! Você não sabe!
--------- Vá para o inferno! - se virou e cruzou a porta.
--------- Quero o exame de DNA! - gritei á fazendo parar.
--------- Você o que? - se virou com olhar devorador - Exame de DNA!? Serio? Não acredita em minha palavra seu... Desgraçado mimado! Tudo bem... É o exame que quer? então vai ter! - gritou - Idiota! - se virou e saindo do apartamento bateu a porta.

  Talvez eu tivesse exagerado... Ou não! Desde quando as pessoas ousam aumentar o tom de voz comigo? Se fosse antes eu as calaria com um belo soco no meio da boca, sorte Ana ser mulher e estar grávida, não sou covarde muito menos burro.
   O eco mal se espalhou pelo ar e logo um jarro voava na parede, minha raiva queria novamente me dominar.
Peguei meu celular e liguei para Brian, um dos gemeos.

-------- O número chamado não está... - interrompi.
-------- Para de graça! Sou eu, Adam!
-------- Adam!? Pensei que estava preso... - riu.
-------- O difícil é me pegar... - ri - Onde esta o Brendo? - perguntei.
--------- Em Chicago, por quê?
--------- Chicago? - sorri - Preciso que entre em contato com ele.
--------- Para..?
--------- Preciso de um favor...
--------- Ok, diga!
--------- Lembra a garota da última vez? Cabelos negros, olhos verdes...
--------- A que vigiamos contra o tal Joe?
--------- Exatamente! Ela está em Chicago, temo que em perigo... Preciso que seu irmão de uma olhada nela já que estou longe.
--------- Em perigo? Que tipo de garota ela é? - deu uma leve risada - Temos que sumir com alguém?
--------- Espero que não seja necessário... Diga apenas para ele ficar de olho e me manter informado.
--------- Tudo bem, vou entrar em contato com ele! - pausa - Ela é tão importante assim para você? - me calei - O que fez por ela no passado, o que está fazendo agora... Vocês... - interrompi.
--------- Não! Apenas fiz uma promessa, sabe muito bem que cumpro com minha palavra. Brian tenho um trabalhinho para você também! Descubra onde está Ana Cavalliery.
--------- Ana... - pareceu gaguejar - Aquela garota é louca Adam! Sem duvidas vai me matar quando saber que estou espionando ela!
-------- Não! Ela não vai! Acredite, sei o que estou falando... Ela sem duvidas está me bloqueando, se eu tentar achá-la ela saberá, então preciso dos seus olhos e ouvidos em Londres.
--------- O que não faço por você? Se ela me matar vou voltar e te levar!
--------- Apenas descubra onde ela esta, nada ira te acontecer...
--------- Tudo bem, vou ver o que posso fazer... Seria mais rapido se Thomas estivesse aqui, ele é um verdadeiro hacker! - (Thomas, desgraçado) - Sabe o que aconteceu com ele? - respirei fundo.
--------- Não! - cortei o assunto - Me mantenha informado! - desliguei.

   Outra vez sozinho, com um mal pressentimento e uma mente atormentada pela droga de um pesadelo.

> uma suicida e seu psicopata < CONTINUAÇÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora