> uma suicida e seu psicopata < CONTINUAÇÃO

Sem saídas

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-Katherine Jackson

(anteriormente)

Distraída em um mar pensamentos, surpreendida por um idiota indesejado.
Thomas me prendeu a parede antes que eu me atrevesse a correr. Tentei socá-lo porem o mesmo prendeu meus pulsos com as mãos, tentei chutá-lo porém ele trancou minhas pernas com as dele. Sem saidas em um beco deserto, aquele riso invadia e fazia minha alma estremecer, totalmente despreparada, nada além de um vestido idiota e um salto desconfortável, sem movimentos e falas, eu simplesmente não sabia se gritava ou desmaiava de surpresa.

-------- Finalmente nos encontramos... - iniciou com um belo sorriso nos lábios - Minha bonequinha. - sua voz me fazia ter arrepios, sua aproximação me causava medo, meu corpo pesava queria se defender porem estava preso.
-------- Bastardo! - respondi - Me solta antes que eu mesma mate você! - tentei ser dura em minhas palavras, de nada adiantou, ele apenas riu.
-------- Andar com o Adam te fez começar a falar como ele? - me olhou no fundo dos olhos - Você está linda... - olhou para o decote do meu vestido - Ele realmente teve muita sorte - sorriu - Pena isso estar acabando! - levantou a cabeça me encarando outra vez.
-------- Ele vai te matar idiota! E eu vou rir quando acontecer! - cuspi em seu rosto. Thomas parou, me prendeu com uma mão e limpou calmamente o rosto com a outra, respirou fundo, sorriu e me surpreendeu novamente. Apertou ainda mais meu corpo contra a parede e tampou violentamente a minha boca.
-------- Existem dois caminhos... - sorriu - O primeiro e mais fácil é, você vir comigo por vontade própria, me ajudar a matar o Adam e depois ser a mulher mais rica desse mundo ao meu lado, ou, ir comigo a força, ver Adam morrer e depois ser minha até eu me cansar e te jogar fora como um pedaço de carne podre... Bem, eu aconselho a primeira opção, será menos dolorosa... - sorriu outra vez soltando a mão levemente de meus labios.
-------- Você é doente! - retruquei - Tem inveja de tudo o que o Adam tem, de tudo o que ele é e você não! Perdedor Thomas, é isso que você é! - sorri como provocação - Prefiro morrer do que ser tocada por você seu inútil desgraçado!
-------- Segunda opção? Tudo bem docinho... - me agarrou, segurou meus braços com ainda mais força e me beijou, revidei arrancando sangue daqueles lábios imundos. Mordi com tanta força que o fiz ir para tras.
-------- Você nunca será melhor que ele! - gritei, me vi por um instante livre porem antes que eu pudesse correr ele se apressou e agarrou-me pelo cabelo, me voltou para a parede e deu-me um tapa no rosto, esse que me fez ir ao chão.

-------- Ele não vai ser feliz com você Katherine Jackson... Não será feliz com ninguém, nem hoje e nem nunca! - os gritos de Thomas me faziam odiá-lo ainda mais, meu rosto dolorido, minha cabeça girando e tudo o que me vinha a mente eram os olhos azuis de Adam.
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Arrastada como uma criança, coração disparado em uma perseguição que parecia não ter fim. Sentia meus sentimentos aflorados como se eu fosse ter um infarto a qualquer instante, como se aquele carro fosse bater em todo novo poste. Adam havia nos encontrado, Thomas fugia, porem ria... Era como se cada passo estivesse planejado, tentei impedi-lo porem fui ameaçada de um novo tapa. Tudo como um pesadelo, como um filme. Quando dei por mim estava com uma arma apontada para a cabeça, Nobel sob a mira de outra e ambos como reféns.
Vi Adam se rebaixar e se mostrar fraco, seu olhar para mim quebrava a minha alma... Outra vez alguém em perigo por mim, novamente uma vida sendo dada para a minha continuar.
Nobel de joelhos com uma arma apontada para a cabeça, aceitou a proposta ridícula de Frankin apenas para não me ver morrer, Ana estava certa ele não merecia aquilo, apesar de tudo eu não queira que ele tivesse aquele fim.
Lágrimas eram poucas comparadas ao que eu estava passando, palavras me faltavam para descrever, a morte estava tão próxima que sentia sua força me sugar. E então, um tiro... Fechei os olhos e...
Abri, viva?
Olhei para Adam desesperada, ele não... O sangue em sua blusa, meu coração a mil. Não... Não! Segundos como anos, meu mundo por um instante indo ao chão e então... Seu olhar em minha direção, estava bem! Vivo... Ambos.
Levei meu olhar para o rapaz atrás do mesmo, Yuri, e ele quem estava estendido no chão, a bala havia lhe acertado o peito, não estava morto, porem imobilizado pela dor.

-------- Cheguei a tempo da diversão! - a voz de patricinha invadiu o vazio daquele lugar, Ana.
A loira havia atirado em Yuri e agora apontava uma bela e detalhada arma de fogo para a nuca de Thomas.
------- Sentiram minha falta? - riu - Adam, você está bem? - Nobel olhou para ela, não acreditando porém sem duvidas aliviado e agradecido por ela estar ali, apenas balançou a cabeça em sinal positivo, levantou e para alivio do meu coração ele estava na medida do possível, bem. O mesmo agarrou a arma de Yuri, a própria e se aproximou.

-------- Acabou Thomas! - tentou me tirar das mãos de Frankin, ele negou apertando ainda mais a arma contra mim.
--------- Não acabou não! - respondeu furioso me fazendo olhar para Adam poucos metros a frente com a arma apontada para ele, olhos furiosos, raiva transbordando, porem Thomas apertaria o gatinho a qualquer instante, o ódio que guardava de Adam e a vontade de ter aquilo que o ex amigo tinha o deixava louco, o fazia querer que tudo o que fosse importante para o menino dos olhos lindamente azuis, fosse por água abaixo. No caso, eu... Menos um porto seguro para Adam mais ele se desequilibraria e assim racharia e se quebraria, tornando-se nada além do caos.
Mesmo Nobel e Cavalliery apontando a arma para ele, ainda sim Frankin não se rendia. Não tinha saídas, porem ele continuava a insistir, se mantinha firme.

-------- Vocês são patéticos! - continuou - O psicopata apaixonado pela suicida que só causa desgraça na vida alheia e a assassina grávida que não enxerga que o noivo nunca irá amá-la! Vocês são ridículos, estou cheio de ficar sob as assas de criaturas frágeis como vocês! Agora eu que mando, eu que venço!

Vi os olhos de Adam mudarem de cor, se tornavam cada vez mais ódio, tanto que como horas mais cedo eu o senti outra vez por completo, novamente seus sentimentos em mim.

------- Desta vez não! - sussurrei.
Thomas vacilou por um mísero instante e isso me fez pisar em seu pé com meu salto alto, sua mão deslizou para a minha boca e isso me deu oportunidade de morde-la, algo rapido demais porem que gerou resultados, a arma caiu no chão e ele ficou totalmente sem reação. Vencido por uma mísera mordida.

Inacreditável? Totalmente!

Ana continuou o tendo como vítima, quando dei por mim já abraçava Adam, um abraço tão forte que pude sentir o pulsar de seu coração e o acalmar de sua respiração.

------- Obrigada! - cochichei.
------- Você está bem? - Nobel levantou o meu rosto tentando ver o avermelhado que a mão de Thomas causou.
-------- Tudo bem! - voltei a abraçá-lo, ah Deus... Como era bom abraça-lo depois daquele pesadelo - Estou bem... - respondi com certo alívio.
-------- O que vamos fazer com eles Adam? - Ana se pronunciou nos fazendo olhar para ela, a loira não desprendia o olhar de Thomas mesmo com a barriga enorme, ainda sim se mantinha firme com a arma apontada para a cabeça dele. Nobel me soltou e se aproximou de Frankin.

-------- Amigos verdadeiros apunhalam pela frente! - suas palavras saíram juntas a um belo soco de direita que fez Thomas ir ao chão.
-------- Você não entende não é mesmo!? - com os lábios sangrando Thomas ainda se atrevia a falar - Desta vez eu ganho, amigo... - sorriu e olhou para cima, ambos olhares seguiram o mesmo. Em cima de um vagão abandonado outro comparsa se preparava para atacar, diretamente em Adam, desta vez para matá-lo.
Segundos o separaram de uma bala mortal, como um raio me movi em sacrifício, desta vez eu seria aquela que daria a vida por um outro alguém.

    Empurrei Nobel e senti o impacto que me fez dar um passo para trás. Olhei para o meu ombro esquerdo e uma mancha de sangue começou a se abrir molhando o meu vestido, olhei para Adam e seu olhar penetrou minha alma, sorri e fui ao chão.