SOLIDÃO

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-Adam Nobel

------- Se algo acontecer com ela eu juro que te mato! - apontei o dedo para Jordan - Temos a droga de um trato, sigo o seu jogo e ela fica livre!
------- Certo filho - riu - Sua amada Jackson está segura, não se preocupe... Apenas obedeça! - seu olhar se tornou serio - Agora pare de me amolar com suas crises! Antes que eu mesmo decida matar ela. O noivado será amanhã não faça nenhuma bobagem! - fez sinal para um dos seguranças, esse que tentou me pegar pelo braço porem fui ágil e desviei, mostrei o dedo do meio para Jordan e sai da sala.
  Katherine estava segura e meu plano caminhava, lento porem caminhava.
  Sem perceber comecei a me afastar cada dia mais de Ana, olhar para ela me fazia lembrar de Jordan mesmo que ela não tivesse culpa de quem ele era. Cada um em seu canto fingindo apenas para as malditas cameras, usados como fantoches. Tão irritante, tão inumano, nossos próprios pais.
  Quando a Thomas... Bem, ele se mantinha em silêncio, obviamente pensava ter vantagem por conta do antigo modo de comunicação restaurado, um passo errado que ele desse e eu mesmo o destruiria.
  Quem diria, eu, trabalhando e me humilhando para proteger uma garota, isso sem duvidas daria um bom livro.
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------- Adam! Ei, acorde! - recebi um cutucão que me fez voltar a realidade. Um salão, políticos, repórteres, Jordan e seus seguranças, taças de champanhe, risos falsos e dona Cavalliery me encarando frente a frente.

------- Menino!
------- O que houve?! - lancei-lhe um olhar sério.
------- Ana está triste, será que você pode... - interrompi.
-------- Dane-se ela D. Cavalliery, você e Jordan são dois filhos de uma... - observei uma das repórteres  do jornal local se aproximar - Você devia sentir vergonha de fazer isso com o fruto do seu próprio ventre! - falei baixo, olhei para um garçom e agarrei outra taça de champanhe - Agora se me der licença, tenho uma festa para curtir! - passei por ela a deixando sem a menor graça, dando sorrisinho para os convidados e tentando manter a pose.  
  A mesma repórter que caminhava até nós, me olhou de cima a baixo vesti o meu sorriso mais malicioso e pisquei para ela.
  Caminhei por entre os corredores chegando ao segundo andar da casa, bati na porta do quarto de Ana e entrei acabei por me deparar com a mesma sentada na cama enxugando as lágrimas, acompanhada por uma outra garota essa que à abraçava.

-------- Meninas... - me aproximei recebendo a atenção de ambas - A festa já... - me calei por um momento - O que está acontecendo?!
-------- Ela... - antes da garota começar a falar Cavalliery à interrompeu.
-------- Pode ir Lucy - se olharam, a garota nada disse apenas levantou olhou-me no fundo dos olhos e saiu.

------- O que houve Ana?! - adiantei.
------- Não podemos fazer isso... Eles querem nos usar, usar o meu bebe para a própria glória... - interrompi. ------- E..?
------- Ninguém, jamais nos disse o que fazer, como agir ou quem obedecer... Adam - levantou - Não vou permitir isso! Eu vou para a França, queira a minha mãe ou não.
------- O que? - ela não podia estar falando serio - Você não pode ir! - aumentei o tom - Ficou louca? E o noivado? E a criança?!
-------- Você mesmo disse que essa droga toda é falsa, e realmente é! Quanto ao bebe você pode ir visitá-lo, o que não posso permitir é que o usem para... - me aproximei com certa raiva.
-------- Não! Nós iremos noivar, você ficará em Londres e fim de papo!
-------- Está aceitando o que eles... - interrompi.
-------- Você ira noivar comigo nem que seja arrastada! Se não fizer ela morre, ele mataria ela por sua culpa! Sua mãe desfazeria o trato e ele me culparia, puniria ela por nossa culpa! - olhei para ela no fundo dos olhos - E isso eu não irei permitir!
-------- Do que está falando? Ele? Ela..? A minha mãe..? - Cavalliery ficou confusa - O que raios não estou sabendo?
-------- Escuta... Você não quer noivar e eu muito menos! Acredite existe uma razão maior para eu aceitar toda essa palhaçada! - abaixei o tom de voz - Jordan está com as cartas nas mãos, colocou Katherine na mira de uma arma! Thomas está tramando para atingi-la e eu não posso fazer nada além de observar essa merda toda! Iremos cumprir com o noivado até eu encontrar uma solução.
-------- Katherine... - o azul daquele olhar se apagou -  Demos essa volta toda para chegarmos outra vez ela?! Meu filho será usado para proteger ela!? Só pode estar brincando Adam... Eu não, - interrompi.
--------- Eu parti o coração daquela garota, coloquei ela no meio disso tudo! Vou protegê-la nem que seja a última coisa que eu faça!
-------- O que? Isso só pode ser brincadeira! - deu um passo para trás - Uma garota? A droga de uma garota... Uma simples e tediosa garota, Adam! Não... - riu - Serio mesmo? Você, o psicopata que despreza o amor finalmente apaixonado? Se submetendo a regras pela vida de alguém?!
-------- É isso ou um massacre!  Jordan e Thomas tentariam matá-la, meus homens entrariam no meio, se ela morresse eu mataria tanto Frankin quanto Nobel, você não quer o pai do seu filho atrás das grades ou sendo procurado pelos quatro cantos do mundo. Quer?
-------- Essa é a desculpa para dizer que está amando? - se aproximou - Isso é ridículo.
-------- Ela vive Ana, você querendo ou não, se for para escolher... Se for para optar, é ela! Porque aquela garota fez o que nenhuma jamais fez, e se eu precisar fingir para a droga das cameras então assim será feito, quando mais cedo aceitar o que a sua querida mamãe quer mas cedo acabamos com essa farsa! - lancei-lhe um olhar fusilante me virei e  caminhei até a porta - Ah, e para deixar claro... Nossa amizade não passa disso, tente algo para prejudicar esse contrato e juro que se arrependerá.
-------- É uma ameaça?
-------- É um aviso! - sai do quarto.
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   De volta ao salão, a falsidade pairando no ar. Papo furado de um lado, papo tedioso no outro.
  Quando o grande e inesperado momento finalmente chegou, um belo bolo o sorriso de Ana e minha cara fechada, bem isso era difícil disfarçar.
   Outro cutucão e então a cara amarrada de Jordan em minha direção, os fotógrafos preparavam as cameras e os políticos o falso riso de alegria, uma grande mentira entre facções manipuladoras de mente.
  Ana se aproximou encostou as costas em meu peito e agarrando a minha mão esquerda pôs sobre a barriga  mostrando tanto a falsa representação de afeto (a aliança) quanto a criança.
  Um clique, dois e assim por diante. Jordan e dona Cavalliery me olhavam e me fusilavam, meu querido pai levantou um envelope e me mandou sorrir, sem duvidas aquilo estava relacionado a Kat, um frio me subiu do estômago no mesmo instante que o mesmo se contorceu. Voluntariamente um sorriso fraco saiu de meus lábios, ameaças contra a menina Jackson me tiravam do normal, meu corpo agia por si próprio.
  Outro clique e então Ana se virando e encontrando os lábios com os meus, me afastei surpreso e quando me dei conta aquilo já havia sido registrado. Jordan riu, dona Cavalliery também.

-------- Se é para fingir então vamos fingir! - Ana cochichou se virou e seguiu para perto dos convidados.
  Aquele gesto inesperado me deixou desconfortável, irritado e sem duvidas sedento por vingança, aquela foto me custaria, então cobraria o preço de ninguem menos que a fazedora da divida.

-------- Muito bem Adam... - olhei para o lado me deparando com Jordan - Ótimo teatro... - sorriu - Isso que é um belo casal!
-------- Apenas para as cameras, desgraçado! - agarrei um copo de whisky da bandeja de um novo garçom e sai de perto do mais velho Nobel.
  Olhei para Ana e para as "amigas" da mesma, a que estava no quarto momentos antes agora me olhava, timidamente porem olhava.
  Observei seus gestos, risos e olhares em direção as demais pessoas. Até sua ida ao banheiro, aquela era a minha hora. 
  Atravessei o salão e passei por Ana, olhei para ela por cima do ombro e apenas por aquele gesto ela pode entender meu próximo passo. Sorri maliciosamente e atravessei uma nova porta chegando ao corredor, encostei na parede do lado de fora do banheiro feminino e ali esperei, ouvidos atentos ao menor sinal de movimento. A maçaneta se moveu e junto a ela dei um passo para frente, como calculado acabei por esbarrar na garota.

------- Ai! - deu um passo para trás - Adam? - me olhou surpresa - O que você... - sem a menor enrolação a calei com o dedo indicador.
------- Você é uma gracinha Lucy, mas não engana ninguem... - me aproximei - Se ela descobrir você... - a mesma me interrompeu.
-------- Como..? - tentou desviar o olhar, me dando todas as cartas de um bom jogo - Do que esta falando? - a encarei  - Você viu? Ah droga! Por favor Adam não diga nada a Ana, ela arrancaria a minha cabeça...
-------- Vou pensar no seu caso! - sorri e virei para sair.
-------- Adam! - agarrou o meu braço - Por favor eu faço o que quiser...
-------- O que eu quiser..? - sorri.
-------- Eu... - tentei me soltar de suas mãos porem ela novamente me agarrou - Tudo! - ouvir aquilo me fez sorrir interiormente.

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Quarto de Ana Cavalliery 
durante o noivado:     

   A vingança perfeita, provocar ciúmes no local de descanso da loira

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   A vingança perfeita, provocar ciúmes no local de descanso da loira. Vê-la se encher de raiva enquanto outra garota idiota era ridiculamente iludida.
         
     

> uma suicida e seu psicopata < CONTINUAÇÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora