Protegida

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-Katherine Jackson

  Uma humilhação atrás da outra, o que dizer, o que fazer, como agir?
  Carla me odiava pelo fato de estar na casa dela, usando as roupas dela, Ana por eu amar Adam, Jordan me olhava como um pedaço de carne velha, Max como uma Zé ninguém namorada do aluno nota 10, Rick perdeu todas as minhas esperanças quando me usou para atingir Adam, ele me usou, ah que filho de uma...
   Minha cabeça explodia, tudo o que eu mais queria era o meu quarto, sair o mais rapido daquela casa e sumir do mundo, porém inacreditavelmente isso me foi negado, Negan não estava nem um pouco afim de ir embora aquilo era importante demais para ele e nem todas as minhas lágrimas o mudariam.
   Foi então que algo inusitado aconteceu, Adam apareceu, meu coração disparou porém Allan também, meu coração quase escapou pela boca ao vê-lo, o que diabos ele fazia ali? Nada fazia sentido, o nome Allen se tornava mais real, aquela mentira toda não tinha nexo, a frase "estar segura" tomava outro rumo.
  Allan olhava para Adam como se tivesse a vida dele nas mãos, como se escondesse um segredo mortal, algo que envolvia a mim, era isso ou me achavam inapropriada para o assunto, Galf mentiu para mim ele conhecia Nobel porém havia dito que não, minha raiva falou mais alto e eu quase surtei no meio de ambos.
  Um toque de ameaça com o olhar fusilante de Adam, como chamas ambos em guerra.
   Nobel se pôs em minha frente como um escudo, tentava me proteger de algo que eu desconhecia, Allan me olhava de forma assustadora até mesmo o riso do mesmo me causava calafrios, antes que Galf desse um passo e Nobel levantasse a mão Jordan apareceu os fazendo parar no mesmo instante.

------- O que está acontecendo aqui?
------- Nada - Adam respondeu, curto e firme - Não aconteceu nada! - pai e filho se encararam.
------- E quem é você? - Jordan olhou para Allan.
------- Amigo da Katherine senhor, prazer! - Galf sorriu dando um passo a frente, observei as mãos de Adam e as mesmas continuavam fechadas. 
------- Hum - o mais velho Nobel me olhou - E o que fazem aqui? - olhou para Adam - Tem algo para dizer filho? - uma pontada me fez dar um passo para trás, como se alguém apertasse meu coração, meu medo estava a ponto de se revelar e as lágrimas tentavam ultrapassar minha garganta. Não sei definir ao certo, não era algo que eu desejava sentir, não era algo que eu Katherine estava vivendo no momento. Olhei para Adam e seus olhos estavam diferentes, sua postura defensora, foi quando percebi que aqueles sentimentos pertenciam a ele, ele vivia e eu sentia. Como? Que tipo de coisa era aquela, algo sobrenatural, como almas ligadas.
   Meu corpo estava ficando pesado, minha visão embasava, meu coração cada vez mais acelerado, apoiei as mãos na janela tentando me manter em pé, Adam me olhou e foi rapido o bastante para me segurar, seu olhar se voltou para o pai e sua voz me fez respirar por um instante. 

------- Deixe-me levá-la para casa... 
------- Se tentar ature as consequências. - a voz de Jordan me fez ficar com raiva, instantaneamente.
------- Olhe para ela! - Adam aumentou o tom - Vinte minutos Jordan! Nada além...
-------- O namorado dela pode levá-la, o amigo dela pode cuidar enquanto você cuida da sua noiva... - ouvir aquilo me fez sentir as veias de todo o meu corpo arderem. 
-------- Eu cuido dela... - Allan se aproximou.
------- Sai de perto dela, Nolf! - Adam o empurrou, foi tempo mais do que suficiente para que eu me recomposse e impedisse que Allan/Allen revidasse.

------- Eu a levo! - todos os olhares se voltaram novamente para o corredor, Ana nos olhava - Eu levo ela para casa... Vocês homens saiam e esfriem a droga dessas cabeças!
------- Você está grávida senhorita Cavalliery, deve voltar para o quarto! - Jordan foi interrompido pela loira.
-------- Estou bem e o bebe também, além disso não sou uma prisioneira querido sogrinho! - começou a se aproximar - Preciso tomar um ar... Então libere o motorista para nos levar! - o que ela estava fazendo?
------- Não acho que é uma boa ideia - Jordan tentou questioná-la porem outra vez a mesma revidou.
------- Pode escolher seu melhor segurança para "guardar" nossas vidas, faça o que quiser mas me deixe respirar! A garota esta passando mal, no caminho eu a deixo em casa. - Cavalliery dizia cada palavra como se tudo fosse tão simples quanto o mover de seus lábios.
-------- Ana... - Adam mal começou a falar e logo a mesma o calou.
-------- Vamos Katherine! - me olhou, um olhar que me fez soltar a mão de Nobel, olhar para ele e mesmo sem dizer uma palavra se quer, declarar que tudo estava bem.
   Sem duvidas aquilo tudo era por minha culpa, toda aquela confusão, mesmo que de um jeito estranho ainda sim, eu estava de algum modo envolvida.
   Observando bem, aquela casa estava como uma fortaleza seguranças por todos os lados. Saímos pelos fundos ou seja, nem me despedir de Rick pude, evitando novas confusões e tentando controlar aquele amontoado de emoções acabei por ceder a Ana, encarar a fera era mais fácil do que ver Adam em uma nova briga por mim.
Entramos em um dos carros estacionados no pátio, Jordan, Allan e Adam continuavam com os olhos presos em nós, ainda ligados tanto que na medida que saiamos da casa meu coração se apertava ainda mais, como se o arrancassem.
   Olhei para Ana e a mesma olhava para a paisagem do outro lado da janela, me ignorava por completo. Parei e olhei para o motorista, ele mantinha mais os olhos em nós do que na própria estrada, um clima estranho e um grito, ambos olhares se voltaram para Ana a mesma estava com as duas mãos grudadas na barriga, se contorcendo no banco e gemendo de dor.

-------- Meu bebe! - sua voz fez o motorista parar na primeira oportunidade. Me aproximei e tentei ampará-la, tudo o que faltava era a criança decidir nascer naquele instante.

------- O que houve senhorita Cavalliery? - o homem abriu a porta fazendo com que a mesma pudesse respirar com maior facilidade.  
-------- Meu remédio! Preciso do meu remédio. - olhou para ele - Por favor, eu... - Ana começou a falhar na respiração.
------- E onde ele... - o mesmo se abaixou para procurar por entre os bancos, no mesmo instante Ana me olhou seria aquilo não passava de uma farsa. Manipuladora do jeito que era estava nada menos que incenando.

-------- Farmácia, eles vendem lá... - o homem a olhou novamente - Ralbin, calmante! - Ana voltou as mãos na direção da barriga.
-------- Não posso sair e... - Cavalliery o interrompeu.
-------- Ai! - outra vez em gemidos de "dor" - Se o meu bebe nascer antes da hora eu mato você! - olhou para ele com raiva - E não é uma ameaça, é uma promessa!
-------- Não saiam do carro! - o mesmo se afastou, abriu parte do vidro e fechou a porta - Você, - me olhou - Cuide dela! - se virou e seguiu correndo pela rua. Meu corpo ainda estava paralisado, uma bela atriz (até demais)

-------- Finalmente! - Ana suspirou em um riso, voltei a olhar para ela ainda sem entender nada, sua atenção se voltou para mim e seu sorriso desapareceu - Temos pouco tempo até aquele idiota voltar... - interrompi.
------- Que raios foi isso? Pensei que... - me interrompeu.
-------- Katherine! - sua voz me fez calar - O Adam está em perigo.
-------- O que? - fiquei confusa.
-------- O que aconteceu hoje, não foi coincidência ou algo assim, querem vê-lo morto.
-------- Como? - nada fazia sentido - Não faz sentido Ana, do que está falando? Quem quer machucá-lo? E por quê?
-------- Olha, não importa, você apenas precisa saber que o motivo tem nome e sobrenome, o seu! - paralisei.
-------- Impossível! Adam e eu nem se quer temos contato, hoje foi apenas..  - me interrompeu outra vez.
-------- Não você idiota, mas sim por você! Duas seitas querem a sua vida e ele esta lutando com ambas para te proteger. - ele... - Adam é forte mas nesse fogo cruzado pode se machucar! E não é justo você viver o que ele deveria estar vivendo! - me olhou seria - Não é justo que ele morra!
-------- Eu não sabia... - todas aquelas palavras vieram como um choque em minha direção - É pior do que pensei... - encostei no vidro, sentindo minha respiração falhar realmente.
-------- Ele não disse porque não pode! Se encontrar com você é como declarar guerra, uma palavra entre vocês e você morre! - antes de eu abrir a boca Ana já tomava novamente a voz - Nesse momento ele deve estar tentando reaver o que aconteceu, se não conseguir viram atrás de você e ele ira lutar, se falhar... - se calou - Katherine você precisa ir embora, volte para onde veio, saia de cena por um tempo, evite lugares que sabe que pode encontrá-lo. Hoje talvez você tenha sorte mas o amanhã é incerto, Adam esqueceu o que é a vida pois vive para te proteger, dia e noite com os olhos em você... É lindo? Ah sim, quem dera ele gostasse de mim a ponto de jogar a própria vida no ralo, mas é totalmente perigoso! Katherine não quero o pai do meu filho morto, se o ama realmente deve ir embora, Chicago é o lar de Thomas e Jordan, aqui você está totalmente vulnerável, deve partir o mais rapido! - interrompi.   
-------- É realmente verdade?
-------- Pareço brincar? O amo tanto quanto você, vou lutar pela... - outra vez interrompida.
-------- Não vou deixar que ele de a vida por mim - minhas palavras saíram decididas - Não posso permitir que mais alguém sofra por mim - a olhei dentro dos olhos - Pode cuidar dele, realmente? Pode fazer isso reverter?
-------- Posso, se você... - interrompi.
-------- Eu faço, pela vida dele e se for verdade, sim, então farei! Tem razão Ana, apesar de tudo ele não pode morrer por mim.
-------- Isso quer dizer que você aceita?
-------- Muito mais do que apenas aceitar, vou resolver essa situação. - olhei pela janela e o motorista retornava, Ana se calou talvez por não acreditar no que tinha acabado de acontecer, sim eu a odiava porém, por mais que Adam tivesse sido o pior cachorro, manipulador, mentiroso de todos, ainda sim não merecia  sofrer o que estava sofrendo.
   Todo aquele sentimento de minutos mais cedo era apenas uma pequena parte do que passava pela alma dele, ninguém por mais cruel que fosse, não merecia. Toda aquela agonia, todo aquele medo espremido e comprimido no mesmo ser, não era justo que ele vivesse preso para que eu fosse livre, ainda mais agora que o filho esta prestes a vir ao mundo, não é certo que ele perca ou lute por aquilo que não tem salvação, bem... Não ha esperanças para mim, se estamos juntos fazemos coisas para nos machucar, se separados o mundo luta para nos matar, que droga de amor é esse? É louco e perigoso, NÃO! ADAM NÃO IRA PASSAR PELO QUE PASSEI, NÃO IRA EXPERIMENTAR A MORTE, não antes do tempo.                               

> uma suicida e seu psicopata < CONTINUAÇÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora