http://www.youtube.com/watch?v=CBJ2TRkj_ms
- Aquilo que aconteceu ontem... - Ele disse olhando o chão.
- Tudo bem, Harry. - Eu olhei o chão também. - Eu percebo.
- Não. - Ele desviou os seus olhos do chão, e olhava-me agora com os seus olhos brilhantes. - Eu amo-te. Eu não estava a brincar. - Eu sorri de canto. - Eu não sei se tu sentes o mesmo. Mas eu sinto que tenho que te proteger. Desde o início que tu mexeste comigo. - Olhei para ele confusa. - Eras misteriosa, e eu queria descobrir a tua história. Eu sabia que tu sofrias, não sabia era o porquê. Isso deixava-me doido. Não poder chegar perto de ti e abraçar-te, dizer que estava tudo bem. - Eu olhava os seus olhos verdes. Estavam mais brilhantes que o normal. É, ele estava com as lágrimas prestes a escorrerem pela sua cara. Isso assustou-me. Pensar que o deixava daquele jeito. - Eu precisava de te poder aquecer nas noites frias. Eu precisava de poder brincar com os teus cabelos enquanto conversavamos. Eu precisava de te dizer o quanto tu eras importante. Eu precisava de te ter só para mim. Eu preciso de ti, Samanta. - Ele terminou, encarando o chão.
- Eu também preciso de ti Harry. Tu não fazes ideia. - Harry sorriu aproximando-se de mim.
- A campainha. - Eu disse afastando Harry e levantei-me. - Louis? - Eu perguntei confusa depois de abrir a porta.
- Esqueci-me do casaco, e está frio! - Louis disse correndo pelas escadas em direcção ao seu quarto. - Pronto, já o tenho. Até logo. - Ele disse saindo, acenando. Fechei a porta ainda confusa. Senti as mãos de Harry agarrando-me a cintura, por trás. Encostou a sua cabeça ao meu ombro e os seus braços passaram a rodear a minha barriga. Sorri. Senti-o beijando o meu pescoço carinhosamente. Virei-me encarando os seus olhos, o seu sorriso, os seus caracóis, a sua pele macia. Passei os meus braços à volta do seu pescoço e Harry aproximou a sua cara da minha. Sentia a nossa respiração cruzar-se, até que os nossos lábios se tocaram. Ele mordeu de leve o meu lábio inferior, como costumava fazer. Dei-lhe a permissão que ele queria e pouco tempo depois as nossas línguas lutavam. Interrompemos o beijo com as nossas respirações já ofegantes. Ambos sorrimos. "Queres namorar comigo?" Ele perguntou assim que recuperou a sua respiração. Não respondi. Fiquei apenas olhando os seus olhos, fazendo com que ele encontrasse a resposta nos meus. Beijámo-nos mais uma vez. Harry pegou-me ao colo, rodando-me no ar.
- Olhem os pombinhos. - Louis disse acordando-me. - Desculpa! Não sabia que estavam a dormir. - Ele sussurrou atrapalhado.
- Não faz mal Louis. - Eu falei com uma voz ensonada. Harry acordou também.
- Louis? - Harry perguntou confuso.
- Eu mesmo carrot. Já vi que me traíste. - Louis disse e Harry sorriu para mim. Ri-me com a situação.
- A Hannah? - Eu perguntei procurando-a pela sala.
- Estou aqui! - Ela disse aparecendo na sala. - Samanta, podes chegar aqui por favor? - Ela disse olhando-me com a sobrancelha arqueada.
- Claro. - Olhei para Harry como que dizendo "Volto já", e fui ao encontro de Hannah, que já se encontrava no quarto de Louis esperando-me.
- Vocês namoram? - Hannah perguntou séria, assustando-me.
- Sim, porquê? - Eu perguntei e Hannah não respondeu. - Hannah? O que se passa? - Eu quase gritei.
- Preciso de pensar. - Ela disse andando pelo quarto com as suas mãos na cintura. - Uma festa, é isso! - Hannah disse dando pequenos saltinhos e correndo até mim, abraçando-me.
- Assustaste-me! - Eu suspirei de alívio. - Mas não é preciso festa nenhuma.
Depois de tentar convencer Hannah a não fazermos nenhuma festa, acabamos por combinar um jantar para o dia seguinte. Dirigi-me à sala de novo, onde Louis e Harry viam algo na televisão. Despedi-me de todos e dirigi-me a casa pensando naquele beijo. Senti-me perseguida de novo, o que me assustou. Da outra vez eu não tinha contado nada, e tinha sido uma má decisão. Entrei em casa e depois de cumprimentar a minha tia, dirigi-me ao meu quarto. Peguei no meu telemóvel digitando o número de Harry.
- Já com saudades? - Eu ouvi Harry dizer do outro lado. Senti um sorriso formar-se.
- Muitas, mas Harry, preciso de falar contigo. - Eu falei séria.
- O que aconteceu princesa? - Ele perguntou preocupado.
- Amor, eu senti-me perseguida mais uma vez. Da outra vez eu não te contei, e fiz mal. Eu tinha que te contar desta vez. - Eu disse tremendo, olhando pela janela e certificando-me de que ninguém entrava na casa de Harry.
- Eu vou já ter contigo. Esperas por mim? - Ele perguntou.
- Sempre. - Eu respondi, lembrando-me do quanto me senti bem quando ele mo disse a mim. Desliguei a chamada, ficando à janela enquanto esperava ve-lo aparecer. Finalmente vi Louis, Hannah e Harry saírem da sua casa, e Harry dirigiu-se à minha. Assim que me certifiquei de que ele tinha chegado à porta de minha casa, desci correndo e abri-a. Abracei-o.
- Olá Harry! - A minha tia disse, levantando-se para o cumprimentar.
- Desculpa não ter avisado, tia. É que... - Eu ia falar mas ela interrompeu.
- Não há problema nenhum querida. Jantas connosco, Harry? - Ela perguntou.
- Eu não queria incomodar. - Ele disse envergonhado.
- Não incomodas nada, ficas connosco. - A minha tia respondeu.
- Obrigado. - Ele disse, continuando envergonhado.
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How to save a life
FanfictionEsta fanfiction foi escrita por mim em 2012. Já está terminada. Há pouco tempo comecei a publicá-la aqui, com algumas melhoras na escrita nos capítulos que publiquei, mas devido a falta de tempo não consegui acabar de a publicar. Esteve na página On...