Extra 14

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Estou farta destas reuniões de negócios que acabam sempre tarde.
Eu e o Jack estamos a tentar arranjar alguém, dentro da área, que queira investir na galeria. Já vimos melhores dias.
O Jack está à conversa com dois possíveis investidores coreanos, mas sinceramente esta não me parece uma boa opção. Já eu, deveria de estar aproveitar o jantar para fazer contactos mas a minha cabeça não pára de pensar no Niall e em tudo o que aconteceu ontem de manhã. Desde então ele não me responde nem atende os meus telefonemas e eu começo a sentir culpa.
Eu magoei-o e não é só isso que dói, dói também a saudade que já sinto.
Como sou apaixonada por aquele homem.
Centrei o meu olhar no copo de vinho que tinha na minha mão e bebi mais um golo. Acho que já vou no meu quarto copo.
- Não achas que já estás abusar do vinho, (t.n)? – O Jack aproximou-se de mim.
- Eu estou bem. – Respondi-lhe com um pequeno sorriso nos lábios.
- Não estás. Onde tens a cabeça? – A sua mão acarinhou o meu ombro.
Baixei a minha cabeça, vendo o vinho a dançar vagarosamente no meu copo. Dançar. Como eu gostaria de agora estar a dançar com o Niall.
- Nele. É inevitável, estou sempre a pensar nele. – Suspirei sem o encarar.
- Pensei que as coisas já estavam melhores.
- E estão. Ou estavam… Eu não sei bem. – Subi o meu olhar até ao dele e ele dirigiu-me um sorriso acolhedor.
- Vocês sempre foram assim. – Ele riu.- O vosso amor sempre foi caótico mas ao mesmo tempo parece uma canção calma e romântica e depois o caus parece que se entrega a uma dança e com ela vem a felicidade.
Dança. Felicidade. Tudo leva à dança.
- Importas-te que eu vá embora?
- Contigo nesse estado também não vale de muito neste jantar. Queres boleia?
- Não, obrigada. – Sorri, aproximando-me dele para um abraço.
- Sou tão ingrata por não mostrar a minha gratidão. Obrigada por estares sempre aqui.
- Só te quero ver feliz. – Ele sorriu.
- Eu vou lutar por isso. – Devolvi-lhe o sorriso e ele beijou a minha testa.
Despedi-me dele e vesti o meu casaco antes de sair do restaurante.
Sentia as minhas pernas arrepiar-se, cada vez que o vento levantava um pouco mais, devido ao meu vestido. Apertei mais o casaco contra o meu corpo e peguei no meu telemóvel.
Inicialmente, liguei para o Niall uma e outra vez. Liguei tantas vezes que perdi-lhes a conta, mas foi sempre parar ao voice-mail.
Grrr idiota!
Depois liguei para a minha mãe, que tivera ficado em minha casa com os netinhos, a dizer que já saí do jantar e não tardaria em casa.
Antes de perder as forças e pedir um táxi tentei ligar uma última vez para o Niall. Seria a minha última tentativa.
O sabor do vinho ainda estava na minha boca e eu só pensava na tal dança. As mãos dele na minha cintura e a sua respiração ao meu ouvido, enquanto a música acalmava o nosso caos.
- Espero que seja algo mesmo importante, para me estares sempre a ligar. – Notava arrogância na sua voz.
Bolas! Não imaginei que ele atendesse!
E agora? O que lhe digo?
- Vem dançar comigo. – As palavras saíram da minha boca sem sequer eu pensar no que estava a dizer.
- Dançar? Estás a gozar comigo?
Porquê que ele está tão zangado, caraças?
- Não… - Falei começando a passar a estrada, porem não vi que vinha um carro e mostrando a sua insatisfação começou apitar como se o mundo fosse acabar. – Idiota! Passa por cima! – Gritei mas o carro já tinha seguido.
- Que se passou? Onde estás? – Agora notara uma ponta de preocupação.
- Estou na rua, um idiota agora ia-me atropelando. Já não estamos seguros em lado nenhum! Fodasse Niall. – Queixei-me.
- Estiveste a beber?
- Hum… sim? – Falei a medo – Foram só uns copos de vinho, nada demais.
- E sentes-te bem? – A sua voz já era mais calma.
- Sim… Agora que estou a falar contigo a noite ficou muito melhor.
Ouvi um suspiro do outro lado da linha deixando-me confusa.
- Desculpa-me. – Sussurrei.
- Vai para casa (t.n). – Ele mandava.
- Não aparece nenhum táxi aqui… – E sinceramente, não passava mesmo nenhum. Estranho.
- Estás onde?
- Na rua transversal à da galeria.
- Eu já te vou buscar. Não saias daí. – Lá estava ele com a sua voz autoritária. Isso excita-me!
- Está bem. – Falei sorrindo.
Ele desligou a chamada e eu encolhi-me um pouco mais. Está mesmo frio.
O sorriso voltou aos meus lábios quando me apercebi que ele vinha mesmo ter comigo. Inevitavelmente os meus dentes começaram a devorar o meu lábio inferior, ando tão necessitada daqueles beijos irlandeses.
É inexplicável esta vontade que tenho dele desde sempre. Ainda ele não está perto de mim e o meu corpo já sente a sua presença e deixa-me agitada. Ou então é só o vinho.
Vi o Range Rover do Niall a parar do outro lado da rua e logo a atravessei para o alcançar. Entrei no carro e vi o Niall com o pijama vestido.
- Já estavas a dormir? – Perguntei rindo.
- Não. – Ele revirou os olhos. – Estava no sofá a ver um filme e tu? Para onde foste assim vestida? – Ele perguntou enquanto metia o carro em marcha novamente.
- Jantar de negócios. – Respondi sem nunca tirar o olhar de cima dele.
- Ahh ta bem. E porquê esse vestido? – Ele olhou-me por breves instantes.
- Porque não este vestido? – Questionei-o.
- Como queiras. – Ele disse arrogantemente. – Vou levar-te para casa.
O silêncio tomou conta do nosso espaço, ultimamente isso acontece muito dentro deste carro. O perfume do Niall estava a dançar por todo o lado e com ele acompanhava uma música tremendamente sexy.
Está tanto calor aqui dentro!
- Porquê que não me atendes os telefonemas? – Falei enquanto tirava o meu casaco.
Está mesmo calor.
- Estava ocupado. – Ele falou de uma maneira breve e por alguns segundos olhou para o meu decote.
Agora entendo o problema do vestido, é demasiado decotado.
- Nem tempo tinhas para me responderes às mensagens?
- Julguei que não fosse importante. – Continuava a falar com indiferença.
- Desculpa Niall. Tu entendeste tudo mal, eu não quero que te afastes, tem sido tão bom estarmos juntos.
- Não quero falar disso. – Ele cortou as minhas palavras – Chegamos. Podes ir.
Eu fiquei a olhar para aquele edifício que chamo de casa. Ela não me diz nada sem a presença dele.
- Isto não é a minha casa. – Sussurrei.
Ele olhou pelo espelho da frente do carro e respirou fundo.
- Para a próxima não abusas do vinho e já não ficas nesse estado. Lol. – Revirou-me os olhos.
- Não estás a entender. – A minha mão pousou sobre a sua perna e ele simplesmente encarou o meu olhar. – Já tiveste a sensação que a tua casa é um corpo e não um edifício?
- Como assim? – Ele parecia confuso.
- E-eu não sei. – O meu olhar caiu novamente sobre a rua contemplando aquela casa enorme. – Para quê que temos uma casa tão grande? Para quê que a compramos se ela não nos serve de nada?
- Definitivamente o vinho fez-te mal à cabeça.
Voltei a encara-lo e fiz um movimento de negação com a cabeça.
- Isto não faz sentido sem ti. Nada faz sentido sem ti. Não precisamos desta casa, eu não preciso desta casa.
- Compramo-la para podermos criar os nossos filhos, para formar a nossa família.
- E ela serve-nos de alguma coisa? – Questionei-o. – Não iríamos ter a nossa família de qualquer maneira? Com ou sem mansão?
- Talvez. – Ele respondeu dando de ombros.
- A tua ausência também me fez ver as coisas de maneira diferente…
- E tinha de vir esse assunto. – Ele suspirou impaciente, mexendo-se no seu banco.
- Espera! – A minha mão acarinhou a sua perna – Quando voltaste, eu percebi uma coisa. Ande por onde andar, esteja com quem estiver, tu és a minha casa. E se não precisarmos de uma casa para sermos felizes mas sim um do outro? Isso não era o suficiente?
- É. – Ele sussurrou engolindo em seco enquanto o seu olhar caía sobre os meus lábios.
- Eu amo-te. E não é somente ter-te aqui mas sim precisar de ti. Não que tu sejas o ar que eu respiro ou que morra sem ti mas a verdade é que, senti eu estou perdida.
- Então porquê que não queres lutar por nós? – O seu olhar mostrava tristeza.
Eu ofereci-lhe um pequeno sorriso e desapertei o meu cinto do carro.
- Quem disse que eu não quero lutar? – Encarei-o soltando agora o meu mais verdadeiro sorriso.
Ele ficou em silêncio, totalmente sem reação.
Desapertei o seu cinto e subi o meu vestido para me conseguir mexer melhor e quando ele pôde perceber as minhas intenções, eu já estava sentada sobre o seu colo.
A sua cintura estava no meio das minhas pernas abertas, subi um pouco o meu corpo dando-lhe acesso ao meu decote e isso fê-lo sorrir.
As suas mãos caíram sobre as minhas cochas nuas e ele puxou-me para baixo, fazendo-me sentar no seu colo.
- O que pensas que estás a fazer? – Perguntou rindo.
- Nada que tu não queiras. – A minha mão viajou pelo seu peito, passando pelo seu pescoço e por fim agarrei nos cabelos da sua nuca puxando a sua cabeça para trás, fazendo-o soltar um gemido. – Agora eu pergunto meu amor, não estás a sentir o mesmo que eu?
Fui espalhando beijos pelo seu pescoço e a cada mordidela que lhe dava as suas mãos agarravam mais fortemente as minhas ancas.
- (T.n) – Ele suspirou. – Tu és doida, amor! Estamos na rua.
A sua voz era quase inaudível o que me fez sorrir, ele desejava-me tanto como eu a ele neste momento.
As minhas ancas começaram a movimentar-se fazendo o meu corpo roçar-se no dele. Logo as suas mãos avançaram até ao meu rabo incentivando-me a continuar.
- E depois? Não é excitante? – Levei as minhas mãos ao fecho do meu vestido e desapertei-o, deixando aquele pedaço de vestido deslizar e parar na minha cintura. Os meus seios agora estavam totalmente à mostra para o Niall, só me queria entregar a ele.
Ele ficou a mirar-me engolindo em seco. Puxei-o para mim e dei início a um beijo calmo que logo foi aquecendo.
Os nossos corpos começaram-se agitar cada vez mais, enquanto os nossos beijos se tornaram ofegantes. As minhas mãos puxaram a bainha da sua t-shirt para cima, acabando por a despir.
As mãos do Niall logo agarraram as minhas costas puxando-me para ele. A sua boca começou a depositar mordidelas nos meus seios e as minhas mãos logo agarraram o seu pescoço gemendo.
Este homem não sabe como me deixa louca.
Ainda com a boca do Niall nos meios seios, deslizei a minha mão pelo seu corpo, enquanto tentava respirar mas era tanto prazer que até o meu coração parecia disparar.
Logo alcancei o elástico das suas calças e a minha mão invadiu aquele espaço começando acariciar a intimidade do Niall, que já estava bem excitada.
Não era só eu que precisava dele, ele também precisa de mim.
O seu corpo encostou-se ao banco e a sua cabeça caiu para trás enquanto a sua respiração era super ofegante. Os seus olhos estavam cerrados enquanto ele sentia o prazer que eu lhe estava a dar.
- Quero sentir-te dentro de mim. – Sussurrei ao seu ouvido e mordi o lóbulo da sua orelha.
Um gemido saiu pela sua boca entreaberta e as suas mãos invadiram o interior do meu vestido.
Levantei-me ligeiramente para que ele pudesse puxar as suas calças e os boxers para baixo vendo o quão excitado ele estava. Pois bem, éramos dois então.
Desviei as minhas cuequinhas e logo me sentei em cima dele, sentindo-o. Comecei por me movimentar devagar enquanto o meu olhar e o do Niall não se descolavam. Isto é tão intenso.
Logo ele puxou-me para um beijo quente. A sua língua dançava com a minha enquanto eu aumenta os movimentos e as suas mãos acariciavam os meus seios. Quase perdendo as forças, os meus braços agarraram os ombros do Niall, abraçando-o. Não conseguia conter os gemidos, e gemer aos ouvidos do Niall excitou-o ainda mais ajudando-me com os movimentos. Não tardou muito até chegarmos ao nosso limite.
Deitei a minha cabeça sobre o ombro dele e as minhas mãos abraçaram a sua cintura enquanto tentava normalizar a minha respiração.
Estava exausta. Cansada mas completa.
- O teu corpo é o meu lar. Nos teus braços sinto-me em casa. – Sussurrei.
Ouvi ele a soltar um pequeno riso e os seus dedos começaram acariciar as minhas costas.
- Eu sou tão apaixonado por ti. – Ele acabou por dizer.
Afastei-me ligeiramente para poder olhar nos seus olhos.
- Eu também. – Sorri e uni os nossos lábios.
Logo depois do nosso beijo terminar comecei a espalhar beijos pela sua cara fazendo-o rir.
- Eu não quero que lutes sozinho, temos de lutar os dois juntos. – Falei olhando bem dentro dos seus olhos azuis, apelando à sua alma.
- Não me voltes afastar. – Ele implorou.
- Só se não me deixares sozinha…
- Eu não te quero deixar (t.n). – Suspirou.
- Então tenta intender-me, os nossos filhos já sofreram demasiado com os nossos erros. Eles não merecem isso.
- Tens razão.
- Nós merecemos uma nova chance mas vamos com calma. Eles são só crianças, não é tão fácil quanto isso as mudanças na vida deles.
- Está bem. – Ele assentiu.
- Eu quero muito continuar com os nossos momentos, as minhas parvoíces, com as tuas fofuras, com as nossas loucuras. Não vou desistir de ti. – Sorri.
- Fica sabendo que eu também não vou desistir, tu és minha! – Ele falou agarrando-me e beijando o meu ombro.
Soltei um riso e acabei por me aconchegar nos seus braços.
- Acho bem, oh! – Apertei-o mais contra mim.
- E agora? – Ele questionou-me.
- Agora deixa-me estar assim. Não preciso de mais nada do que disto.
Ele aconchegou-me melhor nos seus braços e depositou um beijo na minha nuca.
- Prometes que um dia tudo vai ficar bem? – Pedi-lhe.
- Agora está tudo bem. O barulho dos nossos corações mostra isso.
Eu sorri com a sua resposta.
Ele tem razão.

Hello hello lindas!! Novo capítulo!!! Hehe
O que acharam do capítulo? E das pazes deles? Será que tudo se vai resolver?? Comentem amores e votem!!
Gosto muito que deixem as vossas opiniões, obrigada pelos comentários e nunca tenham vergonha de falarem comigo 😉
Beijinhos ❤

Irresistible 3   (Acabada)Onde histórias criam vida. Descubra agora