Extra 30

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Acordei com a respiração pesada do Niall ao meu ouvido. Abri os olhos calmamente e percebi que o meu corpo nu dormia sobre o dele.
Depositei um beijo no peito do Niall e fiquei a admirar aquele homem, não tão loiro como em tempos, mas lindo como sempre. Ele estava totalmente caído no sono, com o seu corpo totalmente alerto na cama, ocupando assim mais de metade do espaço, mas isso não importa, o meu cantinho estava ali bem junto ao corpo dele e confesso que já não dormia assim tão bem há seculos.
O seu rosto era angelical e ele continha um pequeno sorriso nos lábios. A noite de ontem foi maravilhosa, é tão bom eu estar de volta aos braços dele.
Olhei para o relógio e já passava das nove e meia da manhã, hoje é sábado por isso não ade tardar muito para os meus pequenos filhos acordarem esfomeados e prontos para a manhã deles cheia de desenhos animados. Num sábado de manhã ninguém é capaz de os tirar do sofá.
Depositei um beijo no rosto do amor da minha vida e saí da cama devagarinho para não o acordar. Vesti uns calções e acabei por pegar na camisola do Niall que estava caída do chão, ele é sempre a mesma coisa. Ri enquanto vestia aquele pedaço de tecido, tinha saudades de usar as suas roupas e o seu perfume ainda está tão presente.
Fui até ao andar debaixo, alguém tem de fazer o pequeno-almoço para estes homens esfomeados. Quando entrei na cozinha liguei o radio, como é de costume, nesta casa a música começa pela manhã. Foi um hábito que adquirimos com o Niall.
Comecei por fazer o café e encher uma caneca para mim, a minha manhã só começa depois do meu café. Decidi fazer tostas mistas e ovos mexidos, as crianças adoram e eu já não preparo isso para eles há algum tempo.
Estava a mexer os ovos numa taça enquanto dançava ao som do Ed Sheeran quando umas mãos agarraram a minha cintura.
- Olhem se não é a mulher mais sexy deste mundo. - A sua voz soou ao meu ouvido num tom de brincadeira.
O meu coração batia forte devido ao susto que apanhei mas logo um sorriso instalou-se na minha cara, Niall. Virei-me para ele e logo os meus braços caíram sobre os seus ombros e os meus dedos brincavam com algumas manchas do seu cabelo.
- Bom dia, amor. - Encarei o seu olhar azul brilhante e sorri.
- Bom dia, minha linda. - O seu sorriso era de igual modo grandioso e os seus lábios beijaram os meus.
Logo o puxei para mim abraçando-o fortemente, as minhas mãos viajavam pelas suas costas enquanto as dele estavam firmes no fundo da minha cintura.
- Pensei que tinhas fugido. - Ele sussurrou baixinho ao meu ouvido.
- Não vou a lado nenhum, estou tão feliz amor. - Afastei-me ligeiramente dele para que ele percebesse no um olhar que eu estava a ser sincera.
- Amo-te. - Ele disse sorrindo.
- Eu também te amo. - Garanti-lhe passando a minha mão pelo seu rosto.
- Então, estamos bem? - O seu olhar era cuidado.
- Eu quero muito estar novamente contigo. - Sorri.
- Então, isso quer dizer que estamos juntos novamente? - O seu olhar tivera ficado maior tal como o sorriso nos seus lábios.
- Sim, estamos. - Assenti com o meu melhor sorriso.
Ele gargalhou, e garanto que foi o som mais genuíno e belo que alguma vez tivera ouvido, pegou-me pela cintura começando-me a rodar no ar. O ar estava leve, ou então era eu que estava demasiado feliz. Não parávamos de sorrir!
Eram mais que sorrisos sinceros, sorriamos com a alma. Aquela alma que em tempos estava destruída e cansada mas que hoje está a renascer novamente e quero torna-la mais forte que nunca.
- Niall, para. Tenho de fazer o pequeno-almoço, amor. - Pedi-lhe que ele me pousasse enquanto eu o agarrava fortemente e gargalhava como uma criança.
Ele sentou-me sobre a mesa da cozinha e meteu-se no meio das minhas pernas abertas. Não me deu tempo de dizer uma palavra que fosse, quando dei conta os lábios dele estavam envolvidos nos meus e eu agarrava-o como se o calor do corpo dele me desse vida. Na verdade, este momento está-me a trazer de volta à vida.
- Estou tão feliz. - Ele disse ofegante no meio do nosso beijo.
- Somos dois. - Consegui finalmente falar quando os seus lábios se afastaram dos meus.
- Adoro ver-te com a minha roupa. - Ele falou rindo enquanto as suas mãos entraram por dentro da camisola.
As suas mãos eram quentes contra a minha pele e ele foi subindo-as até ao meu peito.
- Para! - Arregalei os meus olhos fazendo-o tirar as mãos de dentro da camisola - Estou sem nada por baixo!
- Eu sei. - Ele provocou-me, piscando o seu olho em seguida.
- Parvo! - Ri um quando envergonhada e puxei-o para mim abraçando a sua cintura.
- Já pensaste na minha proposta? - Ele olhava-me atentamente enquanto o seu dedo indicador metia uma mancha da minha franja atras da minha orelha. - Sobre a galeria... - Ele concluiu.
- Tu tens a certeza de que é isto que queres, amor? Sabes que é algo diferente...
Ele lançou-me um sorriso e depositou um beijo na minha bochecha.
- Eu pensei muito, (t.n) e a minha decisão está tomada. Acho mesmo que isto pode resultar e vamos poder estar mais tempo juntos e eu não terei de andar sempre a viajar. É um ótimo começo para nós, para a nossa família e para mim. Eu quero mesmo isto e eu sinto que posso ajudar muitas pessoas no mundo da música.
- Também acho que sim, és um excelente músico e um ótimo profissional. - Sorri enquanto roçava o meu nariz no dele, abraçando-o mais contra mim.
- Então isso quer que alinhas? - Ele depositou um beijo no meu nariz.
- Claro que sim, amor. Juntos, vamos conseguir fazer da Wonderwall algo em grande!
Nenhum de nós conseguia perder os nossos sorrisos, é tão bom estar de corpo e alma neste nosso novo começo.
- Eu, tu e o Jack vamos fazer um bom trabalho.
- Obrigada por isto, Niall. - Abracei-o fortemente não sabendo expressar em palavras o quão grata me sinto.
Não estou grata simplesmente por ele ter comprado a galeria e ainda incluir o Jack nisso. Estou grata por todo o seu esforço, por todo o seu carinho, por tudo o que ele tem feito por nós e como conseguiu remediar as coisas. Eu vejo isso, vejo o seu esfoço e reconheço que ele merece muito esta oportunidade.
- Só te quero ver sorrir. - O seu olhar penetrou o meu.
- Tal como agora? - Eu lancei-lhe o meu melhor sorriso e ambos acabamos por cair numa gargalhada.
- És linda. - As suas mãos pousaram em cada lado do meu rosto e o seu olhar tornou-se intenso.
- Sou, é? - Sorri envergonhada.
- És a mulher mais linda e maravilhosa de sempre. Tenho tanta sorte em te ter na minha vida. - As suas palavras estavam a sair com uma energia tão profunda, com uma intensidade que eu não consegui mais olhar nos seus olhos devido ao tamanho do meu constrangimento e vergonha.
O seu dedo indicador alcançou o seu queixo, fazendo-me encara-lo novamente. Os seus lábios vieram na direção dos meus e eu logo o puxei para mim dando início ao nosso beijo.
Passe o tempo que passar, eu não me canso deste homem. Por vezes a rotina é letal mas ele é como um vício e quanto mais o tenho, mais o quero. É por isso que não nos cansamos um do outro e cada beijo parece ser único, temos o vício dentro de nós.
Separamo-nos assim que ouvimos uns risos, vendo o João e o Noah ao nosso lado de mão dada. O João sorria com os seus olhos esbugalhados, o Noah segurava o seu ursinho Titi com a sua mão livre e por de trás da chupeta na sua boca eu podia ver um sorriso.
- Os papas são namolados novamente, mano! - O Noah falou rindo safadamente.
Eu deixei escapar um sorriso e saí de cima da mesa um quanto constrangida. O Niall coçava desajeitadamente a parte de trás da sua cabeça e eu sei que ele também não sabia como reagir.
- São mamã? - O João encarou-me sorrindo mas logo olhou para o pai - Papá?
O Niall olhou para mim e depois encarou o filho mais velho.
- Sim, filho. É verdade, eu e a mãe estamos juntos novamente. - O Niall respondeu-lhe com um sorriso no rosto.
Sem demora o João foi a correr até ao pai abraçando-se à sua cintura.
- Oh mano, num biste os bejinhos? Eles são namolados duuuh! - O Noah falou de uma maneira que me fez rir e eu logo abri os meus braços para ele vir para o meu colo.
- Estão felizes? - Beijei o rosto do Noah e encarei o João que agora estava no colo do pai.
- Muito! - O João não parava de sorrir e isso fazia o meu coração bater muito forte.
- Siiiiim! - O Noah também estava muito entusiasmado.
- E quem tem fome, hum? - O Niall perguntou rindo, acabando com aquele momento bom mas constrangedor.
- Eu, eu, euuu!! - Gritaram os meus dois filhos esfomeados e felizes.
- Que tal tostas com ovos mexidos? - Perguntei e todos mostraram muito entusiasmo.
- Eu trato das tostas! - O Niall logo se disponibilizou.
- Eu trato dos ovos então. - Ri.
- Eu ponho a mesa. - O João ofereceu-se sorrindo.
- Eu aiudo, mano! - O Noah logo quis ajudar o irmão. Eles andam sempre atras das saias um do outro.
- Isto é que é um trabalho em equipa! - O Niall elogiou os filhos.
- Tenho os melhores homens do mundo! - Sorri-lhe.
- Eu sei, meu amor... - A voz do Niall soou ao meu ouvido e ele depositou um beijo no meu pescoço.
Lancei-lhe um olhar repreendedor, eu estou a cozinhar, e ele fez cara de sofrido. Não resisti e cheguei ao pé dele roubando-lhe um beijo ouvindo novamente as gargalhadas dos nossos pequenos atras de nós.
Eles saíram-me mesmo safados, tão safados quanto o pai deles.
É maravilhoso! A minha família é maravilhosa e eu sou a mulher mais sortuda do mundo.
Comemos todos no meio de brincadeiras, cantorias e muitas risadas. Sinto-me completa, senti tanto a falta da minha família feliz que agora que a tenho diante dos meus olhos já nem me lembro do mal pelo que passamos.
Enquanto via o Niall a brincar com os filhos à mesa, eu imaginei os projetos que tínhamos em mente. Sempre sonhamos em ter um João e o uma Kelly e agora temos um João e um Noah. O meu segundo filho nunca foi uma desilusão, quando soube que seria um menino eu amei-o de igual maneira como amei o João e como amaria se fosse uma Kelly. Talvez esteja a ser precipitada mas eu até que gostava de aumentar a família, trazer mais felicidade aos nossos dias.
Assim que acabamos de tomar o pequeno-almoço eles ajudaram-me a levantar tudo e eu fiquei a arrumar a loiça na máquina.
A reação do João quando nos viu juntos foi inexplicável, ele mostrou-se mesmo feliz e agora que penso nisso, isto é tudo culpa dele. Se ele não tivesse ficado com problemas na escola provavelmente eu nunca teria permitido o Niall voltar cá para casa e eu nunca seria capaz de ver como ele realmente mudou e o esforço que estava a fazer para nos compensar pelos seus erros.
Em tempos foi com a ajuda do João, com a minha gravidez, que eu também pude mostrar ao Niall o quanto estava arrependida e consegui remediar o mal que lhe fiz e hoje eu vejo que a história se repetiu. O João juntou-nos uma vez e voltou a faze-lo.
É incompreensível mas o amor do nosso filho move o mundo, o nosso mundo.
Depois de ter a cozinha arrumada fui ter com eles à sala. Estavam todos sentados no sofá, o João estava totalmente focado na televisão, o Noah estava a ver os desenhos animados e a brincar com dois carrinhos e o Niall estava deitado no outro lado do sofá enquanto olhava para o seu telemóvel.
- Está tudo bem? - Aproximei-me dele.
- Sim, amor. - Ele abriu os seus braços para que eu me deitasse junto dele e assim fiz - Estava só a dizer ao Jack para ele avançar com os papéis da galeria. Quero que sejas também proprietária do espaço.
- Não me parece certo... - Aninhei-me melhor nos seus braços.
- Porquê? Somos casados e irá ficar tudo para os nossos filhos.
- Mesmo assim, Niall.
Não sei se é a coisa certa a fazer.
A sua mão puxou o meu rosto de maneira a que eu o encarasse.
- Por favor, amor? Vamos entrar nisto totalmente juntos. - O seu olhar implorava o meu sim.
- Ok, Niall. Tudo bem, eu assino os papéis. - Suspirei derrotada.
- Boa! Linda menina. - Ele sorriu e beijou os meus lábios.
As minhas mãos envolveram o seu rosto e eu virei o meu corpo de modo a ficar mais de frente para ele. Puxei-o para mim o quanto podia enquanto a minha língua invadia o nosso beijo e logo depois a sua mão caiu sobre a minha anca.
- Ohhhhh! Bejinhos! - Ouvimos o Noah e logo me afastei do Niall vendo o nosso filho mais novo a tapar os olhos.
Todos caímos em gargalhadas e eu cheguei-me ao pé dele agarrando-o e enchendo-o de beijos. Logo, quando dei por mim tinha os meus dois filhos em cima de mim a fazem-me cocegas e a inundar a sala de gargalhadas.
- Não vamos matar a mamã, não é filhotes? - O Niall aproximou-se rindo e afastando os pequenote de cima de mim.
- O papá quer a mamã só para ele. - O João falou rindo.
- Eu chego muito bem pros três, oh safado. - Falei quase sem fôlego.
- Pois chegas, amor. - Ele riu puxando-me para o seu colo - Mas sei que mereces muitos miminhos também.
Ele começou a espalhar beijinhos pela minha face e depois pelo meu pescoço.
- Está quieto, amor. - Pedi enquanto os meus braços agarravam a sua cintura.
- Não gostas dos meus beijinhos, amorzinho? - Ele sussurrou ao meu ouvido.
- Gosto. - Sorri e beijei os seus lábios - Mas estamos com os pequenos, logo já estamos mais à-vontade, amor.
- Mais à-vontade para lhes fazermos uma maninha, hum? - Ele riu ao meu ouvido.
O meu coração bateu forte.
- O que estás a dizer? - Encarei-o sem reação.
- Hum... Estava a brincar, eu sei que pode ser cedo para isso, amor.
- E se... hum... - Não sabia como lhe dizer que isso me passou pela cabeça também.
- Que se passa? Porque estás tão receosa, amor? Fala. - Ele parecia preocupado.
- Não é nada, esquece amor. - Sorri para esconder a minha falta de coragem.
- Fala amor. Tu... tu estás gravida, é isso? - Ele perguntou a medo.
- O quê? Não! Mas... hum... se estivesse, era mau? - Olhei bem nos seus olhos para conseguir entender o que ele achava disto tudo.
- Acho que não. Na verdade, era muito bom. - Um sorriso crescia nos seus lábios.
- Eu não estou gravida, mas hum... talvez possa ficar. Se ambos quisermos. - Falei de maneira cautelosa.
- Então é isso? Estamos a planear uma gravidez? - Ele agarrou-me mais contra si e beijou a minha bochecha.
- Para ser sincera, eu acho que seria bom. - Confessei.
- Talvez seja desta que venha uma Kelly. - Ele parecia realmente entusiasmado.
- Quem sabe. - Beijei os seus lábios e descansei a minha cabeça no seu ombro.
- Então vamos mesmo faze-lo? Vamos alargar a nossa família? - A sua voz era calma mas ele continha um sorriso no rosto.
A sua mão caminhou até à minha e entrelaçamos os nossos dedos, eu fiquei simplesmente a olhar.
- Acho que me sinto pronta para isso. Era maravilhoso sermos pais outra vez.
- Concordo, meu amor.
Sinto-me bem. Sinto-me feliz e em casa.
É certo que nem tudo é sempre perfeito, os momentos menos bons também fazem parte da evolução humana.
Já erramos muito mas também já acertamos muito e eu acho que este é um bom passo para nós agora, talvez seja precipitado mas a nossa historia sempre foi assim, uma roda-viva.
Eu amo a nossa história. De certeza que pode parecer uma bagunça, mas é a história que nos trouxe até aqui. E de outro modo não daríamos tanto valor ao que temos.

E aqui está o PENÚLTIMO capítulo, minhas lindas!!
O que acharam?? O que acham destes dois pombinhos? E da reacção dos pequenos? O que acham da ideia de terem mais um bebé??
SE ESTÃO A GOSTAR COMENTEM E VOTEM PF!! É MUITO IMPORTANTE PARA MIM!!!
Com muita pena minha tenho de informar que o próximo capítulo será o fim mas é um prazer escrever para vocês por isso acabou esta história mas haverão mais!!!
Beijinhos grandes ❤❤❤

Irresistible 3   (Acabada)Onde histórias criam vida. Descubra agora