Extra 12

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Já dois dias passaram e sinceramente estou admirada pelo facto de eu e o Niall ainda não termos tido uma única discussão.
Ele tem sido incansável. Como sou obrigada a trabalhar até tarde, ele tem ficado encarregue dos nossos filhos e as crianças andam super felizes!
À noite os meus dois filhos contam-me as mil aventuras que fazem com o pai durante o dia e eu fico tão contente por ver a alegria deles. O Niall é um bom pai, disso nunca tive duvidas.
Durante o dia eu e o Niall também temos trocado algumas mensagens, ele tem sido tão fofo, meu deus! Já não me lembrava o que era sentir-me uma adolescente apaixonada.
Hoje o Niall tinha uma data de reuniões aqui em Londres mas ele já me tinha avisado. Quem levou os nossos pequenos à escola fui eu e logo que cheguei à galeria tinha uma mensagem do Niall onde ele me desejava um bom dia e pedia desculpa por hoje estar ausente. Disse também que era um dia complicado mas que estaria a pensar em mim e para não pensar que me estava a ignorar ao não me dizer nada durante o dia e que assim que possível me dizia algo. Até agora não disse nada mais mas mesmo assim achei o seu gesto super querido.
Hoje vim mais cedo para casa, não estava muito bem. Digamos que estou com problemas femininos.
Estou na minha altura menstrual e eu estava cheia de dores de barriga. Cheguei a casa e nem jantei. Estive um pouco com os meus bebés mas logo também os fui meter a dormir e agora estou a deprimir no sofá a ver uma porcaria qualquer que não alimenta o meu estado de carência com um toque de rabuge.
Estou sem paciência para nada.
Há meses assim. Mais complicados.
O meu telemóvel, que estava em cima do braço do sofá, tocou e logo vi que era uma mensagem do Niall.
“Prepara-te, que eu já passo ai para te buscar. A minha mãe fica com os miúdos. Beijos grandes.”
Ao ler aquelas palavras um suspiro saiu da minha boca, não tenho vontade nenhuma de despir o meu pijama quentinho e sair.
Sinceramente, não tenho sequer paciência. Não quero sair deste sofá, quero estar sozinha com a minha carência do mês.
“Desculpa mas fica para outro dia. Convida outra pessoa.”
Depois de enviar a mensagem notei que, se calhar, ele vai achar que eu estou chateada. Não estou, estou só rabugenta.
O meu telemóvel voltou a tocar mas desta vez ele já chamava.
- Sim? – Atendi logo.
- Estás chateada? – A sua voz soou calma do outro lado.
- Não Niall. Fogo, porquê que eu haveria de estar chateada? – Não sou boa pessoa para ninguém, hoje.
- Sei lá, talvez porque mal falamos hoje.
- O meu mundo não gira à tua volta, Niall. - Bufei.
- Está bem. E porque não queres sair comigo?
- Niall, não me apetece. Se queres tanto sair convida outra pessoa, hoje não tenho pachorra para isso.
- É pá! Calma lá, parece que estás com o período (t.n)! – Ele parecia ter perdido a paciência.
- Pois. – Fui breve revirando os olhos.
- Estás? – Ele parecia surpreendido.
- Não te diz respeito! É a minha intimidade.
- Estás. – Afirmou rindo – Agora já entendo essa má disposição toda.
- Deves ser muito entendido em mulheres, tu.
- Em mulheres não sei, mas da minha mulher eu entendo bem.
- Palmas para ti. – Bufei.
- Isso está mesmo mau. – Riu.
Mas onde está a piada, caralho?
- Queres mais alguma coisa? – Não tenho paciência para ele hoje.
- Não, meu amor. Tem uma boa noite.
- Adeus, boa noite. – E nisto ele desliga a chamada.
A minha atenção voltou para a televisão mas logo me comecei a sentir frustrada e um pouco culpada.
Não deveria ter falado com ele daquela maneira. Mas também ele desligou logo a chamada, e ele sabe como fico bipolar.
Sou uma mulher difícil, ele conhece-me! E nestes dias eu fico… Sei lá eu como fico.
Que raiva!
Fui injusta com ele. O Niall tem feito tudo tão direitinho que não merecia que eu o tratasse assim…
“Desculpa Nini. Não tens culpa de nada e eu tratei-te mal… Tem uma boa noite.”
Sei que uma mensagem não resolve nada, mas ao menos ele fica a saber que estou arrependida.
“Agora é a hora da doçura? Cheguei em boa altura então ahah. Desculpo se me abrires a porta.”
A porta? Como assim a porta?
Levantei-me do sofá e fui até à porta de entrada e quando a abri vi a figura esbelta do meu loiro preferido, que continha as suas mãos atras das costas.
- O que estás aqui a fazer? – Perguntei desconfiada.
- Vim tratar da tua carência. – Ele soltou um riso.
- Tu és masoquista, não é? Quanto pior te trato, mais gostas. – Provoquei-o.
- O que se pode fazer? Gosto de mulheres difíceis. – Ele encolheu os olhos com um sorriso no rosto.
- Mulheres? – Cruzei os meus braços elevando uma sobrancelha.
- Tu és mesmo lixada! – Ele suspirou – és a única mulher da minha vida. Agora posso entrar? Está frio aqui fora amor.
- Hum… depende, o que trazes atrás das costas?
Para quê tanto mistério?
Ele soltou um sorriso o que me fez sorrir também. Este homem tem um poder insano sobre mim.
- Coisas. Posso entrar? – Ele brincou.
- Nop. – Travei-o – só entras quando souber se o que trazes vale a pena. – Provoquei.
- És mesmo curiosa. – Ele riu – Trago um filme, gelado e chocolates. – Falou mostrando o que tinha nas mãos.
Oh meu deus!
Ele pensa mesmo em tudo!
Uma felicidade tomou conta de mim, só me apetecia enche-lo de beijos! Ele é tão fofo!
- Hum… do que é o filme? – Estava prestes a ceder.
- Comedia romântica. Mais piroso do que isto é impossível, amor. – Ele riu.
Eu fiquei a olha-lo e aposto que ele poderia ver o brilho no meu olhar. Ele acabara de melhorar o meu dia, só preciso do mimo dele.
- Mandei-te, literalmente, pro caraças a bocado, porque resolveste vir? – Olhei bem nos seus olhos azuis.
- Porque eu sei que quando me mandas foder é quando precisas mais de mim. Estou aqui de braços abertos para curar a tua carência, vais-me mandar embora? – Aquele seu sorriso encantador não desmoronava nem por nada.
Como eu amo este homem!
- O gelado é meu! – Tirei-lho da mão e virei-lhe costas – Fecha a porta quando entrares.
Ouvi o seu riso e logo depois, a porta a fechar.
Ele seguiu-me até à sala e eu sentei-me no sofá tapando-me com uma manta.
- Vai à cozinha buscar uma colher. – Meio que ordenei enquanto o via a despir o seu casaco e a descalçar os seus ténis.
- Sim, senhora. – Ele riu e começou a caminhar para fora da sala.
Fiquei a observa-lo acabando por morder o meu lábio inferior. Já tinha saudades de o ver a andar tão à-vontade pela casa com o seu fato de treino.
Ele está sempre a surpreender-me, mas ainda bem que ele veio.
Ele voltou à sala com duas colheres na mão.
- O gelado era só para mim, oh! -Queixei-me.
- É melhor não. Depois vai tudo para as ancas, como tu dizes. – Ele riu sentando-se no sofá.
- Que bela maneira de dizeres à tua mulher que ela está gorda! Obrigada, agora a minha confiança está no topo. – Dei-lhe o gelado cruzando os braços.
Ele ficou a encarar-me com um sorriso tolo nos lábios e pousou o gelado sobre a pequena mesa de centro.
- Tu és linda, meu amor. – A sua mão caiu sobre as minhas pernas encolhidas enquanto o seu corpo se aproximava do meu – Aliás, a mulher mais lindo do mundo, é a minha!
Riu e os seus lábios começaram a espalhar beijos pela minha bochecha.
- Claro. – Bufei tentando-o afastar de mim mas já estava presa nos seus braços.
- Minha rabugenta linda. – No intervalo de cada palavra ele depositava um beijo no meu maxilar.
- Chato! – Tentei afasta-lo mas acabei por soltar um riso.
- Ai ai ai ai. – O seu riso começou a suar enquanto o seu nariz fazia cócegas no meu pescoço juntamente com a sua respiração.
- Para… - pedi com uma voz mimada, rindo cada vez mais.
Mas ele não parou e num gesto automático as minhas mãos agarraram a sua face e puxaram-na até à minha, unindo os nossos lábios.
Ele logo juntou mais os nossos corpos intensificando o nosso beijo. Os meus braços abraçaram o seu pescoço pedindo cada vez mais carinho.
Afastamo-nos um pouco e ambos sorrimos. Ele passou o seu polegar pelo meu lábio inferior e eu pude ver os seus lábios vermelhos do nosso beijo.
- Posso meter o filme a dar? – Ele falou com o olhar cheio de carinho.
Eu assenti somente com a cabeça enquanto esboçava um sorriso e ele levantou-se do sofá.
Quando ele se voltou a sentar eu abri o cobertor para que ele se metesse dentro dele e assim ele fez.
- Não queres gelado? – Ele passou a sua colher pelo gelado e levou-a à minha boca. Eu abri-a e logo senti aquele sabor frio com sabor a oreo.
- Há coisas melhores. – Encarei-o sorrindo e aproximei-me dele.
Os meus lábios depositaram um beijo na sua face e logo depois outro na sua boca e eu aconcheguei-me no seu peito.
Os seus braços logo rodearam o meu corpo e ele foi depositando pequenos beijos na minha nuca.
Eu não queria saber de mais nada, só queria o seu carinho, a sua proteção.
- Não sei como gostas disto. – Ele queixava-se ao meio do filme.
- Não sejas insensível, Niall. – Suspirei.
- Não é ser insensível, só acho isto muita lamechice junta! - Ele deu de ombros.
- Isto é amor. – Defendi.
- Queres que te mostre o que é amor? – A sua mão agarrou o meu queixo ao de leve e ele fez-me encara-lo.
- És capaz? – Sentia-me perdida no azul dos seus olhos.
Ele somente sorriu enquanto roçava o seu nariz no meu. Os seus lábios rasparam nos meus não me beijando mas a sua respiração pesada foi o suficiente para eu perder as forças e fechar os meus olhos.
- O nosso amor é muito mais bonito que aquilo. – Ele sussurrou contra os meus lábios.
- Obrigada por teres vindo. – Voltei a encarar os seus olhos.
- O meu lugar é aqui e quem ama cuida, não é verdade? – Ele soltou um pequeno sorriso e eu derreti.
- Preciso tanto de ti... – As minhas mãos acariciavam o seu rosto.
- Eu sei. – Ele assentiu e beijou-me.
Eu já não queria saber do filme, eu só queria ser mimada pelo homem da minha vida. Queria ser mimada e mima-lo.
Sem interromper o nosso beijo calmo, ambos caímos para trás, ficando agora as minhas costas deitadas sobre o sofá e o Niall deitado ao meu lado. A sua mão pousou sobre a minha barriga enquanto as pernas dele enrolavam-se nas minhas e as nossas bocas eram uma só.
Não tínhamos presa, não queríamos sexo, só queríamos carinho.
- Isto é o amor verdadeiro. – Ele quebrou o nosso beijo unindo as nossas testas – Sentes isto?
- Como poderia não sentir? – Estava perdida nos seus olhos.
- Isto é a força que move o mundo, o nosso mundo, meu amor! Não quero perder isto.
- Não perdeste! – Sorri e puxei-o para mim voltando a unir os nossos lábios. Aqueles beijos sabiam-me a tão pouco.
A verdade é esta, eu sempre estive aqui à espera dele. Mesmo quando eu dizia que o odiava e que tinha acabado, a esperança sempre teve em mim.
Esta força é maior que qualquer coisa.

Estou finalmente se férias!!!!!! Iupi!!!
O que acharam do capítulo? E da 'tpm' dela? E da acção do Niall? E do serão deles? Deixem comentários meninas, eu fico tão entusiasmada ao lê-los, são mesmo importantes para mim!!
Já sentia tanta saudades de escrever, estou mesmo entusiasmada com estes extras, estou mesmo feliz por estar de volta! Obrigada a todas pelo carinho, vocês têm um lugar muito especial no meu coração!!!!
Beijinhos e comenteeeeem! Ah e votem! 😘❤

Irresistible 3   (Acabada)Onde histórias criam vida. Descubra agora