Tornou-se, para mim, inevitável questionar sobre o meu futuro.
Esta foi a primeira noite, em meses, que dormi na mesma casa que o niall mas não na mesma cama. As palavras frias, os olhares magoados com um pouco de indiferença, as conversas que não temos… Tudo isso está acabar com a minha cabeça.
Não sei como perdemos a boa comunicação que tínhamos. As pessoas costumam falar, costumam tentar resolver algo que as inquieta mas parece que quando só uma das duas partes está incomodada não há volta a dar. É, parece que somente eu não gosto deste afastamento que se instalou entre mim e o Niall.
Ele hoje de manha foi tao frio, não distante, tao arrogante. Ele tao tem motivos para me tratar como se eu fosse um cão abandonado, eu sou a namorada ele, a mãe do seu filho. Ou, pelo menos, eu ainda acho que temos uma relação. Será que temos?
Nesta manha ele ficou com o João em casa. Disse que tinha a tarde preenchida mas que queria passar a manha com o filho. Deu-me a sensação de que ele estava a dar-me uma informação e não falarmos pacificamente como costumamos fazer quando resolvíamos algo que toca ao nosso filho.
Assim que entrei em casa para almoçar, ele não demorou muito a sair. Não discutimos, não falamos, nada! A sua indiferença está a matar-me aos poucos e começa a ser indiscritível a maneira como me sinto em relação a isso.
Como esta situação tomou estas proporções?
Eu e o niall já fomos muito maus um para o outro, sim, em tempos passados. Já discutimos demasiado, já nos amamos ainda mais e esta nossa fase, posso dizer, que é a pior delas todas.
Eu só queria ter um reação dele, nem que fossem palavras rudes. Eu somente queria algo que mostrasse que ele ainda se importa comigo, que ainda temos qualquer tipo de solução. Mas ele torna-se longínquo e incompreensível.
Não tive cabeça para ir novamente para a galeria, também a minha presença não valeria de muito nestes dias de obras.
Tinha planos para ficar em casa mas a Cat apareceu lá, juntamente com a sua barriga enorme. Quando me viu em baixo, sim porque ter o niall tao perto mas tao longe está a matar-me, ela disse ter uma solução.
Ao que parece a Anne, a mãe do Harry, organizou um lanche de beneficência para a tarde de hoje. Segundo a Cat, estão a tentar angariar meios para fornecer melhores qualidades à ala de pediatria de um hospital público, não sei bem onde. Tenho a cabeça tao cheia.
Sinceramente, a minha vontade de ir era nula, literalmente nenhuma. Mas ela veio com a conversa de que pessoas conhecidas chamariam sempre mais pessoas e que nenhum dos rapazes da banda, excluindo o Harry, iria ao lanche e que por isso ambas devíamos de ir.
Depois de ela fazer chantagem emocional comigo e de dizer-me para pensar em criancinhas que estão a precisar de melhores cuidados, eu não tive como dizer que não. Dei por mim a agasalhar melhor o João e a entrar no carro da minha melhor amiga, direção ao jardim onde estava a realizar-se aquele evento de caridade.
Cat: vais ver que vai-te fazer bem. – a Cat disse quando saímos do carro.
- não sei como consegui que me convencesses. – pousei a cadeirinha, onde o João estava sentado, no chão e abaixei-me para certificar-me que ele não teria frio.
Cat: vamos mas é embora, já deve ter começado. – ela disse sorridente e pegou na mala do João metendo-a ao seu ombro.
- que pensas que estas a fazer? – encarei-a – não vais levar essa mala, ela é pesada.
Cat: estou gravida, não inválida! – ela resmungou, passando a mão pela sua barriga – tu levas a cadeira do João que já pesa demasiado.
- Chata! – eu suspirei.
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Irresistible 3 (Acabada)
FanfictionEles perceberam que o maior amor sobrevive as piores condições porque o que eles são um para o outro é algo maior do que qualquer coisa já vista ou existida. Eles passaram por tudo, algo dito e coisas nem imaginarias mas agora eles têm uma chance. A...