O que há de melhor para fazer num sábado à tarde do que um programa de família?
O Niall já me tivera dito para eu não combinar nada para sábado porque ele tinha um programa para a nossa família, perguntei-lhe o quê que ele tinha em mente, mas ele fechava-se sempre em copas.
Hoje chegou o tão esperado sábado e ele apareceu com dois conjuntos, em tamanhos pequenos, de fatos para o golfe e dois sacos de tacos pequenos. Eu fiquei a olhar para aquilo e pensei que iria ser uma tarde um pouco entediante, nunca gostei muito de golfe e ele sabe, mas quando vi a felicidade dos meus filhos e o entusiasmo do Niall eu não resisti.
Sei que este programa é muito esperado pelo Niall e ele preparou tudo com todo o amor e muita dedicação, que eu simplesmente me deixei levar. Vesti umas calças de ganga confortáveis, uma sweater, prendi o meu cabelo e estava pronta. Ajudei-o a vestir os nossos pequenos e lá iam os três armados em jogadores de golfe.
Quando chegamos ao campo de golfe, o Niall já tinha um carro à nossa espera. Os pequenos ficaram super elétricos porque iam andar no "carro do golfe" e o Niall andou pelo recinto para fazer a vontade aos filhos.
O vento batia-me na cara, estava uma brisa fresca mas a risada daquelas três pessoas que eu amo aquecia todo o meu coração.
O Niall preparou um piquenique para o nosso almoço, o que estava delicioso. As nossas crianças adoraram comer ao ar livre porque tanto podiam estar a comer como a correr de um lado para o outro.
Durante o almoço o Niall esteve a explicar todas as regras do golfe aos nossos filhos e a esclarecer todas as suas dúvidas. Os pequenos parecem entender, eles são muito inteligentes.
Chegou a hora do jogo começar.
Inicialmente o Niall esteve a auxiliar o João e o Noah nos seus lançamentos, explicando como deveriam posicionar o corpo mas breve os dois despacharam o pai e quiseram fazer tudo sozinhos.
- João, não podes fazer isso assim! - O Niall ria surpreendido.
- Posso sim, não viste? - O João encarou o pai com a sua cara mais safada.
- É! A bola do mano entou no bulaco, papa! - O Noah sempre a defender o irmão.
- Mas ele não podia fazer tantas jogadas, tu sabe disso João. - O Niall tentava não rir dos tontinhos dos meus filhos.
Eles saem mesmo ao pai, batoteiros! Comecei a rir com a discussão deles enquanto a bola continuava no buraco.
- Agola sou eu! - Informou-lhes o pequeno Noah e tanto o Niall como o João ficaram a olhar para ele com cara de parvos. Não entendo nada de golfe, mas claramente não era a vez do Noah.
O meu corpo continuava encostado ao carro de golfe vendo o Noah a escolher que taco iria usar. O meu filho parecia indeciso quando nem ele mesmo tem noção de qual a diferença entre eles.
A sua atitude de pessoa grande e independente fez-me rir, ele é uma criança muito segura de si. Encarei o Niall e ele caminhou até mim, encostando-se ao meu lado.
- Estás-te a divertir? - Perguntou-me com um sorriso nos lábios e um brilho no olhar.
O meu olhar encarou os meus filhos que estavam a discutir sobre se o que o Noah fez estava bem ou não, e ri.
- Muito. - Encarei-o e ambos caímos em gargalhadas voltando a olhar para os nossos pequenos.
- Eles são umas crianças muito especiais. Apesar de tudo, eu acho que estamos a fazer um bom trabalho. - A sua voz era calma e o seu rosto sereno.
- Não duvido disso. - O meu olhar encarou o dele e ofereci-lhe o meu sorriso mais meigo.
- Não queres jogar? - Ele tirou o boné da sua cabeça e meteu-a na minha.
- Deixa lá isso. Já tens problemas que cheguem com aqueles dois. - Respondi-lhe rindo mas não lhe devolvi o seu boné. Ajeitei melhor aquele acessório na minha cabeça e pisquei-lhe o olho.
Ele soltou um riso nervoso e os seus olhos direcionaram-se para a relva verde. Como ele é lindo.
- Papa, anda! Agora é a tua vez. - O João chamou o Niall.
O Niall assentiu e beijou a minha face tomando caminho até aos nossos filhos com o taco na mão.
- Vejam e aprendam. - Ele tentou falar seriamente e eu caí em risos.
Ele posicionou-se e o seu olhar fintou o meu. Empinou mais o seu rabo não deslocando o seu olhar do meu e eu percebi que ele me estava a provocar. Um sorriso apareceu nos seus lábios e ele empinou ainda mais o seu rabo piscando-me o olho.
Eu levei as minhas mãos aos meus olhos tapando-os, enquanto desatava a rir.
- Falhaste, papa! - O Noah informou, rindo.
- O papa quer-nos ensinar a jogar como uma menina e perder. - O João falou para o Noah e eu não contive os meus risos.
- Jogas como uma menina, papa. - O Noah meio que cantarolou.
O Niall ficou totalmente surpreendido e eu não contive as minhas gargalhadas.
Aquelas suas crianças começaram a provocar o pai de tal maneira que quando dei conta aquilo deixou de ser um jogo de golfe para ser um jogo de apanhada. Os dois pequenos estavam a fugir do pai aos gritos enquanto o Niall os tentava apanhar ecoando a sua gargalhada em todo o campo.
Finalmente o Niall conseguiu apanhar o João e ambos caíram no chão. O João ria enquanto gritava socorro, tentando se livrar nas cocegas do pai, já o Noah foi logo a correr para tentar ajudar o irmão. É lindo de ver a cumplicidade destes dois, eles são mesmo o meu maior orgulho e eu sei que mesmo que eles não tenham mais ninguém, eles de terão um ao outro.
Resolvi correr até eles e tentar parar aquela cena toda. Eles já pareciam exaustos.
- Vá, viemos aqui para jogar ou para andar à batatada? - Separei-os rindo.
Ajudei o Noah a meter-se a pé, sacudindo as suas roupas que continham alguma relva.
- Não achas que o papa joga como uma menina? - O João perguntou-me rindo quando o ajudei a levantar.
- Mau! - O Niall repreendeu-o rindo.
- O que eu acho é que são todos uma cambada de batoteiros. - Respondi-lhes rindo.
Eu sinto-me tão feliz. Este dia está mesmo a valer a pena.
- É uma coisa de família. - O Niall provocou-me rindo.
- Estás-te a referir a mim oh? - Encarei-o ofendida.
- Não, que ideia. - A sua gargalhada soou.
- Joga também, mamã. - O João sugeriu.
- Sim, joga! - O Noah gritou batendo palmas enquanto pulava.
- Estão doidos! - Encarei-os rindo.
- Tens medinho, é barbie? - Ele continha um sorriso safado no rosto.
O meu coração disparou. Não sei se pelo fato de ele me ter chamado Barbie ou pelo fato de ele me estar a provocar, quando ele não tem feito nada para me ter. Tirando há duas noites que adormeci no seu colo no sofá mas logo acordei de manhã na minha cama e ele dormiu na sua.
- Eu nem sei jogar. - Encolhi os ombros tentando parecer indiferente.
- Aprendes, mamã! - Falou o Noah.
- Nem sei como segurar o taco, quanto mais. - Tanta insistência, que chatos!
Vi o Niall caminhar até à sua mochila dos tacos e tirou um.
- Eu ajudo-te. - Ele segurou na minha mão e eu comecei a andar atrás dele sem ter por onde fugir.
Chegamos ao sítio de lançamento e ele disse onde eu deveria colocar as minhas mãos.
- Assim? - Mostrei-lhe.
- Deixa-me ajudar-te. - Ele riu e posicionou-se atras de mim.
Os seus braços rodaram o meu corpo e as suas mãos seguraram o taco por cima das minhas. Senti a sua intimidade a roçar levemente no meu rabo e engoli em seco.
- Não te estiques. - Sussurrei virando a minha cara ligeiramente para ele.
Ouvi o seu riso ao meu ouvido e ele voltou a fazer o mesmo movimento arrepiando todo o meu corpo.
- Agora balanças assim o taco. - E dito isso o seu nariz roçou no meu pescoço.
Ele está mesmo a provocar-me.
- Descontrai. - Ouvi novamente a sua risada no meu ouvido.
Se ele quer provocação, então ele vai provar do seu próprio veneno.
- Assim? - Falei enquanto empinava mais o meu rabo chocando contra o seu corpo.
Ele soltou um gemido. Bingo! Mesmo em cheio.
- Quem está a provocar quem, hum? - Ele sussurrou ao meu ouvido.
- Não estou a provocar ninguém. - Ri e atirei a bola indo parar bem longe.
- Eu vou lá buscar! - Disse o João correndo e logo o Noah foi atras dele.
Eu fiquei imóvel e o Niall também.
- Muita força. - Ele voltou a falar baixinho sem descolar o seu corpo do meu.
- Há coisas que não se controlam. - Falei no mesmo tom que ele, vendo os nossos filhos a correr por aquele campo verde.
- Verdade.
O meu olhar cai até à minha cintura onde a mão do Niall parou. A mão dele caminha até à minha barriga, vincando os seus dedos perto do meu umbigo, por entre a camisola.
- Para... - Sussurrei não conseguindo ter os meus olhos abertos.
- O teu perfume está por todo o lado, é difícil resistir. - A sua voz era demasiado sensual ao meu ao meu ouvido, excitando-me.
Soltei um ruido que foi uma mistura de êxtase com súplica. Ele tinha de parar.
O meu corpo estava a corresponder ao dele de maneira espontânea e ele estava a jogar isso a seu favor.
A sua mão começou a deslizar até pela minha cintura, passando bem perto da minha intimidade, por cima das calças, e parando junto à minha virilha.
- Tens mesmo de parar. - Eu supliquei quase sem voz e a sua mão acariciou aquele bocado de carne da minha virilha - Olha os nossos filhos.
Ele tem mesmo de parar ou vou-me arrebentar aqui mesmo.
Este jogo de sedução é bom. Estou a sentir coisas que não sentia há muito e que posso confessar que quero muito voltar a sentir e até mais.
Quero tanto que ele faça comigo o que eu sei que ele está a pensar.
- Essa é a única razão? Os nossos filhos? - A sua voz era provocadora mas incrivelmente sexy.
A sua mão deslizou um pouco mais por entre as minhas pernas. Porra, ele sabe bem o que está a fazer. Não consegui dizer nada, os meus lábios morderam o meu lábio inferior tentando que o meu gemido não se ouvisse.
Sem sucesso. Ele riu e começou a depositar beijos molhados na parte detrás do meu pescoço.
Fechei os olhos e deitei o meu pescoço mais para trás encostando a minha cabeça no seu ombro e ele logo fez um caminho de beijos pelo meu pescoço.
- É errado eu não te superar? - Os seus beijos pararam e a sua voz sexy voltou a soar ao meu ouvido. - Há algo em ti que não deixa. Há algo em ti que não quer que eu me vá embora.
Eu engoli em seco e abri os olhos. Ele tem razão, eu não quero que ele vá embora.
- N-não me faças isto. - Gaguejei vendo os nossos filhos a vir na nossa direção.
- Filhos! - O Niall gritou soltando o meu corpo e eu desequilibrei-me de tão bambas que estavam as minhas pernas.
Eu caminhei até ao carro pegando numa garrada de água pequena, bebendo-a quase toda. Está tanto calor. Sentei-me nos bancos detrás do carro e tirei a minha camisola ficando com uma t-shirt branca.
O meu olhar viajou até ao Niall e ele olhou para mim com o seu sorriso mais safado. Este homem continuará a ser o meu ponto fraco, não importa o quanto mal ele me faça.
Talvez o bom que eu sinto quando estou com ele se sobressaia.
Enquanto conversava com os filhos, continuava a lançar-me olhares e eu estou a ver que ele acha esta situação divertida.
Ele sabe que o meu corpo está a chamar por ele mas se ele pensa que isto fica assim, está muito enganado!
Fui buscar o meu sorriso mais perverso e lancei-lho. Os seus olhos arregalaram-se admirados.
Que comece a guerra, meu querido.Olaaa leitoras lindas!! 😊
O que acharam do capitulo? O que acharam deste momento em família? E do momento deste casal? O que acham que está para vir?
ACHO QUE ESTE CAPITULO MERECE MUITOS COMENTÁRIOS E MUITOS VOTOS!!! 😉
Beijinhos, fiquem bem fofas! 😘❤❤

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Irresistible 3 (Acabada)
FanfictionEles perceberam que o maior amor sobrevive as piores condições porque o que eles são um para o outro é algo maior do que qualquer coisa já vista ou existida. Eles passaram por tudo, algo dito e coisas nem imaginarias mas agora eles têm uma chance. A...