Extra 26

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JA POSTEI ESTE CAPITULO À UNS DIAS MAS NÃO APARECEU E MUITA GENTE NAO LEU AINDA... ESPERO QUE DESTA VEZ A APLICAÇÃO AJUDE...

- Já vai! – Gritei enquanto descia as escadas pro andar de baixo.
Este barulho era ensurdecedor, estava a dar cabo de mim!
- Calma, porra! – Voltei a gritar enquanto corria para a porta.
Se foi o Niall que se esqueceu das chaves e está a tocar desta maneira à campainha, ele será um homem morto!
Abri a porta com o meu estado de irritação bem lá no alto mas o qua os meus olhos alcançaram fez com que eu me desmoronasse.
- Podemos? – O seu sorriso era tão lindo como da última vez que o vi.
Eu não tinha palavras. Lágrimas começaram a escorrer pela minha cara enquanto eu sentia uma enorme saudade no meu peito.
Eles estão bem aqui! Dei um passo em frente de braços abertos e agarrei aqueles dois corpos.
Nem acredito que estou abraçar os meus melhores amigos!
- Oh minha linda. – O Harry voltou a falar enquanto a sua mão fazia festas no meu cabelo.
- Isso são tudo saudades? - A Cat riu abraçando-me mais contra eles.
- Muitas! – E eu sorri afastando-me deles, limpando o meu rosto com as minhas mãos. – Entrem.
- Estava a ver que não. – O Harry gargalhou entrando em casa de mão dada com a sua mulher.
- Desculpem. Não estava à espera. – Confessei meia envergonhada. – Porque não disseram que vinham?
- Era surpresa. – A Cat respondeu rindo com os braços no ar.
- E as crianças? – Perguntei.
- Ficaram lá com os avos. Não iriam faltar as aulas. – O Harry logo respondeu.
- Está bem… Sentem-se no sofá, estejam à-vontade! Vou fazer café.
Eles assentiram e eu fui a correr para a cozinha. Estou tão feliz e temos tanto para conversar!
Fiz três cafés e meti alguns bolinhos numa taça e levei tudo numa bandeja. Quando cheguei à sala meti a bandeja em cima da mesa de centro e sentei-me de frente para eles no sofá.
- Meu deus o João quando vos vir vai delirar. Ele fala muito nos padrinhos. – Falei entusiasmada.
- Também já estou cheia de saudades do nosso pequenote! Como estão todos? – A Cat falava com um sorriso no rosto.
- Está tudo bem. Os miúdos ainda estão na escola mas também não demoram a sair, o Niall vai busca-los.
- E as coisas entre ti e o Niall, como vão? – O Harry perguntou de uma maneira cuidada, dando depois um golo no seu café.
- Não vão, eu acho. – Dei de ombros. – Temo-nos dado bem, este mês que ele tem passado aqui em casa tem sido bom. As crianças adoram estar com o pai.
- Só as crianças? – Ele perguntou com um sorriso nos lábios.
- Não são só as crianças. – Eu soltei um sorriso envergonhado e foquei o meu olhar no meu café. – Eu sinto-me bem por o ter aqui mas é complicado. Ele também anda estranho, confunde-me.
- Estranho? – A Cat olhou-me confusa.
- Sim… Ele agora mal passa tempo em casa, sai de manhã e entra à noite. Ele diz que tem muito trabalho mas não entendo que trabalho é esse.
- Ainda dormem em quartos separados? – Ela perguntou.
- Sim, desde que ele está cá não voltou acontecer nada. As vezes ele provoca-me e eu tento fazer o mesmo mas não passa disso. Não sei bem o que ele quer de mim, se ainda me quer.
- Achas que ele não te quer? – O Harry falou rindo. – És doida! Aquele irlandês sempre foi tão doido por ti.
O seu sorriso era deslumbrante e acolhedor. Como eu sentia falta deste conforto.
- Pois, não sei bem… Mas contem-me de vocês. – Encarei-os sorrindo.
Quero mudar de assunto, sinceramente não quero falar disto.
- Está tudo bem, amiga. As crianças crescem a olhos vistos, mas ter lá os pais do Harry ajuda muito.
- E como vai a representação Harry? Quem diria! – Encarei-o, vendo-o meio envergonhado.
- Parece que ele não tem queda só para a música. – A Cat falou e caímos todos em gargalhadas.
- É uma experiencia nova mas estou a gostar. Los Angeles tem outras oportunidades. – Ele parecia mesmo feliz.
- É bom ver que cada um está a fazer algo da sua vida. – Estou feliz por eles.
- Quem sabe um dia a banda volta e em grande! - O Harry brincou. – Não foi bem o final, só precisávamos de nos dedicar mais às nossas famílias.
- Pena que o Niall não entendeu isso e fez tudo menos se aproximar de nós. - Os meus olhos caíram até o chão.
- Não sejas assim, linda. O Niall sempre teve uma maneira especial de lidar com as coisas mas ele está realmente arrependido. – O meu olhar encarou o da Cat.
- Eu acho que sei isso…
- E então, a tua mãe e o Jack ainda estão juntos? – O sorriso do meu melhor amigo fez-me sorrir.
Ele é um anjo. Sei que ele mudou de assunto porque eu não estava muito confortável.
- Estão! E muito felizes. – Assenti sorrindo.
- Aí está algo que nunca imaginei. – A Cat falou rindo.
- Há coisas na vida para as quais não se encontram explicações. – Ri também.
- Gostava de os ver. – O Harry falou.
- Boa sorte então. A minha mãe é fácil a encontrares, já o Jack… não o vejo pelo menos há duas semanas.
- Que anda a fazer? – O Harry parecia surpreendido.
- Sei lá! Anda ocupado, diz ele. – Encolhi os meus ombros suspirando. – Desde que vendemos a galeria que anda assim.
- Talvez esteja a tratar de outro trabalho. – A Cat sugeriu.
- Talvez. A vida segue não é?
Gostava de conseguir encontrar algo que me preencha também.
Desde que passo mais tempo em casa que dei um maior lugar à arte na minha vida. Tenho-me dedicado à escultura mas sinceramente só criar não me deixa plena, mas já é um bom início. Eu acho.
- Quanto tempo ficam? – Questionei-os.
- Três dias. – A Cat falou e eu fiz uma cara triste. – É pouco tempo eu sei, mas é o que temos por agora, amor.
- Tudo bem. Hoje jantam connosco certo? – Sorri batendo com as minhas mãos de maneira entusiasmada.
- Estava a ver que não convidavas. – O Harry piscou o olho rindo e eu atirei-me para ele abraçando-o.
Tenho saudades do tempo em que eramos adolescentes e eles estavam sempre perto de mim. Tenho saudades do tempo em que eu e o Niall eramos o casal maravilha. Tenho saudades de coisas que não voltam e se voltassem não seria algo tão bom como são agora em lembranças.
A felicidade é isso, poder relembrar as coisas boas. É ter algo bom que faça parte da nossa vida. E por isso me sinto feliz por ter aqui agora.
A conversa com os meus melhores amigos continuou, tínhamos tanto para falar e histórias a contar!
Assim que as crianças chegaram a casa, juntamente com o Niall, a surpresa tomou conta deles.
Emocionei-me quando vi o sorriso no rosto do João quando viu os padrinhos e desatou a correr até eles. Agarrou-se aqueles dois serem tão importantes para esta família e posso dizer que aquele abraço pareceu ter durado horas.
O Noah também ficou feliz por ver os tios e quis logo jogar à bola com o tio Harry.
O Niall também ficou surpreendido por os ver, mas vi a felicidade nos seus olhos por reencontra-los. Sei bem o que ele está a sentir, eles são de longe os nossos melhores amigos e por mais tempo que passe essa ligação não se vai desmoronar.
Os homens foram todos para o jardim jogar à bola. O João e o Noah estavam tão entusiasmados e fará bem ao Niall estar um pouco com o Harry.
Eu e a Cat fomos até à cozinha preparar o jantar.
- Já tinha saudades. – O seu olhar encarou o meu enquanto ela cortava cenouras para a sopa dos pequenos.
O seu sorriso era nostálgico.
- Eu também. Ainda bem que vieram, precisava tanto de vocês. – Tentei fazer o meu melhor sorriso.
- Não estão a ser momentos fáceis, hum? – A sua cara enviava-me conforto.
Eu simplesmente neguei com a cabeça e suspirei baixando o meu olhar.
- Normalmente, quando de fecha uma porta, abrem-se duas janelas bem grandes. – A sua mão aconchegava agora o meu ombro.
- Espero que sim. – Os meus olhos alcançaram o fundo da cozinha.
Eu não consigo esconder dela o quão triste me sinto.
- Tens dois filhos maravilhosos, um homem que te ama. Isso é o que realmente importa, a família é tudo. – Ela continuou.
- Eu não sei bem se ele me ama. Não como antes. – Confessei o que passa pela minha cabeça já há uns dias.
- Ama pois! Porque dizes isso? – No rosto dela reinava admiração e confusão.
- Tenho feito tanta coisa Cat. Tenho o provocado com coisas que eu sei que ele nunca na vida resistiria e olha bem, ele afinal resiste.
- Estás assim porque ele não faz nada? – Ela riu.
- Oh… – Senti-me ridícula por ter admitido isso.
- E hum… tu querias que ele fizesse algo?
- Claro! Quer dizer… não sei. – Eu tapei a minha cara com as minhas mãos completamente atrapalhada. – Eu tenho saudades dele, de nós quanto casal mas eu não sei se consigo confiar novamente. Ele também não parece estar para aí virado.
- Posso-te contar uma coisa? Mas fica um segredo nosso. – Ela aproximou-se de mim com um sorriso no rosto e a sua voz baixa.
Eu assenti aproximando-me mais dela também. Vejo no seu sorriso que ela tem algo na manga.
- Ele quer muito isso também, ele está doido! Confia em mim. – Ela piscou-me o olho, sorrindo entusiasmada.
- Como sabes isso? – Eu fiquei imóvel a olha-la.
- Então, eu sou a melhor amiga do Niall. Falamos quase todos os dias. - Ela deu de ombros dedicando-se novamente às cenouras.
- Mas… se ele quer, porque não faz algo? – Questionei-a confusa.
- Porque tu disseste que querias espaço e ele está a fazer o que pediste. – Ela falou como se fosse a coisa mais normal do mundo.
E até é. Ele está-me a respeitar fazendo o que eu lhe pedi.
- Idiota. – Falei baixinho sentando-me.
- Se o queres de volta deverias de lhe mostrar isso. – O meu olhar subiu para encarar o dela. – Ele só está à espera que tu avances.
- Porquê eu? – Questionei-a estupefacta.
- E porquê ele? – Questionou-me e eu olhei para os meus dedos.
Ela tem razão. Ambos já erramos, ambos já acertamos. Temos estado a lutar por algo melhor e mesmo separados temos conseguido tudo juntos.
O problema é que eu não sei se nos resta outra oportunidade.
- Eu tenho medo que ele me magoe novamente. – Confessei baixinho.
- Ninguém te garante que isso não possa acontecer mas essa é a parte boa de uma relação. Viver no escuro só sentido o amor que o outro tem para nos dar e dando o que temos guardado para o outro.
- E se isso não for o suficiente? E se não damos certo? – Encarei-a totalmente desesperada.
- Isso são muitas questões. Se lhe deres uma oportunidade, ele mesmo te responde a isso.
- Eu não sei…
- Um relacionamento é aquilo que as duas pessoas fazem dele, amiga. Se ambas as pessoas quiserem fazer as coisas funcionarem, elas conseguem.
Eu fiquei a olhar para o vazio enquanto aquelas palavras ecoavam na minha cabeça uma e outra vez.
- E será que é isso que eu quero? – Inconscientemente, tornei os meus pensamentos palavras.
- Isso só tu podes responder. As respostas estão em ti, (t.n).
Ela tem razão. Percebi que ele só está à espera que o tempo, que eu tanto queria, acabe.
Meti mãos ao trabalho e fiquei em silêncio.
A minha cabeça já está barulhenta demais.

Oiiii babes!! Voltei 😉
O que acharam do capítulo? Saudades do Harry e da Cat? O que acharam do reencontro? E de tudo o que conversaram?
SE ESTIVEREM A GOSTAR COMENTEM E VOTEM LINDAS!!!
Beijinhos!!! ❤

Irresistible 3   (Acabada)Onde histórias criam vida. Descubra agora