Extra 6

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O Niall não me levou para casa como lhe pedi, em vez disso, levou-me para casa da minha tia como seria de prever.
Não falamos pelo resto do caminho e nem comunicamos muito durante o jantar.
O Niall estava estranho, não parecia estar chateado nem tão pouco amuado. Acho que ele só está a tentar adaptar-se à situação. Tal como eu.
Passamos parte da noite a jogar aos animais com os nossos filhos, tentamos estar bem por eles mas os momentos de constrangimento eram evidentes.
Resolvi, ou resolveram por mim, que ficaria a dormir em casa da minha tia. Por já ser tarde a minha mãe e o Jack ficaram lá também a dormir e convenceram-me a ficar, já que o meu carro está na oficina não me restaram muitas alternativas. Não iria aceitar mais boleias do Niall.
Consenti que os meus bebés dormissem no quarto de solteiro do Niall com o pai, acho que vai fazer bem aos três.
A mim calhou-me o quarto que em tempos tivera sido meu. A decoração não se tivera alterado desde o tempo em que tivera de vir para aqui viver enquanto estava grávida do João.
Procurei algo no armário, na esperança que lá houvesse um pijama meu perdido, mas nada. Acabei por vestir uma camisa branca antiga do Niall. Ele já não usa isto há mais de 5 anos.
Fui tomar um duche rápido e depois de prender o meu cabelo fui novamente até ao quarto e deitei-me.
Sentia um cansaço enorme em meu corpo mas a minha cabeça não parava. Acho que estou a sofrer de stress, demasiado stress! Apesar do trabalho em excesso que tenho tido, a minha relação com o Niall não ajuda em nada.
Foi triste tudo o que aconteceu hoje, mas não podemos andar sempre a cometer os mesmos erros. Dizem que os fracos desistem, eu acho o meu ato de coragem. Todos os atos em nome do amor são obra da coragem.
A minha garganta estava seca e uma ponta de sono, nem vê-la... Resolvi levantar-me e descer até ao andar de baixo. A casa estava escura, num total silêncio e sinceramente era disso que eu precisava, de paz no meio do meu caos.
Acendi somente a luz da cozinha e fui direta ao frigorífico buscar leite, enchendo uma caneca. Adoro leite simples frio e era só algo assim que eu precisava para descontrair. Sozinha.
Ao observar a cozinha recordações vieram à minha mente... Lembro-me da vez em que estava aqui a dançar que nem uma doida, com uma barriga do tamanho do mundo e depois do nada o Niall entra por aquela porta depois de semanas foras e acabamos a fazer amor. Foi tão bom!
As palavras do Niall estavam certas, apagar as memórias seria apagar-nos e sem isso eu estaria resumida a nada. Ele foi a melhor coisa que me aconteceu, apaga-lo da minha vida meteria em causa a minha existência. Eu não existo sem ele.
Encostada ao balcão caí em risos ao me lembrar daquele dia que quase queimei a comida porque eu e o Niall estávamos com demasiado desejo um pelo outro.
Foram bons os tempos que passamos nesta casa, e até mesmo fora dela, mas se queremos que as coisas boas pesem mais do que as más, então temos mesmo de ficar por aqui.
Virei-me de novo para o balcão de mármore e voltei a pegar na caneca, bebendo.
- Com insónias? - A voz rouca do Niall soou atras de mim fazendo o meu corpo todo se arrepiar.
- hum... Não está fácil. - Falei baixinho sem me virar para o encarar.
- Os nossos bebés já dormem que nem anjinhos. - Enquanto ele falava ouvi o frigorífico abrir e algo a verter. Pelo canto do meu olho, notei que ele estava a beber um copo de água.
Assim que reparei que ele estava somente de bóxeres, voltei a mobilizar o meu corpo de frente para o balcão e pousei as minhas mãos sobre o mesmo.
- Precisas de alguma coisa? - A voz dele voltou a soar trás de mim.
- Não é preciso. - Falei rapidamente.
- Pareces cansada...
- Estou só stressada, ando com muito trabalho. - Mas porque raio lhe estou a dar satisfações da minha vida?
Por momentos não ouvi nada, pensei até que ele tivesse voltado pro seu quarto mas quando senti o seu toque na minha cintura, eu vi que estava errada.
O meu corpo estremeceu todo ao seu toque até que os meus olhos também se fecharam.
Uma das suas mãos descaiu da minha cintura até à zona da minha anca onde acabava a camisa, começando a viajar a sua pele pela minha. A outra mão prendeu a minha cintura mais firmemente e num movimento brusco as minhas costas chocaram contra o seu peito, começando agora a ouvir a sua respiração contra o meu ouvido. E esses simples gestos foram o suficiente para que eu pudesse sentir as minhas cuecas molhadas.
Oh meu deus, que lhe deu?
Não tinha forças no meu corpo, os meus olhos continuavam cerrados enquanto os meus dentes mordiam o meu lábio inferior.
- hum... Já estás assim? - a sua voz soou novamente sedutora ao meu ouvido enquanto a sua mão passava pela minha zona pélvica e eu involuntariamente fiz força nas minhas pernas para as fechar.
Eu não sabia o que estava acontecer comigo, eu não conseguia comandar o meu corpo. Estava totalmente vulnerável ao toque do Niall.
Um gemido saiu da minha boca quando a sua mão conseguiu perfurar as minhas pernas e dois dos seus dedos conseguiram tocar na minha intimidade tapada por umas cuecas pretas.
- Meu amor, como já estás. - Ele voltou a falar, mas desta vez beijou o meu pescoço.
Eu engoli em seco tentando depois apanhar um pouco de ar. Eu estava a arder, estava quase a soar.
- Sabes que esse stress todo não é por causa do trabalho, não sabes? - A voz dele continha um toque de atrevimento e brincadeira.
- pára, por favor. - A minha voz saiu mais baixa do que eu pensaria ser possível.
- Eu sentar-te-ia em cima desse balcão e aposto que te irias sentir melhor. - Provocou-me.
A única coisa que me passou pela cabeça foi eu e o Niall a fazer amor agora, aqui mesmo. Fodasse! Ele sabe mesmo o que está a fazer e está a deixar-me louca!
Está a jogar tão baixo este irlandês irresistível!
- faria-te gemer e pedir por mais. - Ele continuou.
Este filho da mãe sabe que fico louca quando ele começa com estas coisas, sabe que fico excitada quando ele me fala coisas eróticas ao ouvido.
- A minha língua percorreria o teu corpo e a minha boca morderia as tuas zonas mais sensíveis. - Ele continuava com o seu jogo de sedução fazendo-me abrir ligeiramente as minhas pernas para que a sua mão pudesse massajar a minha intimidade.
A minha cabeça caiu para trás, ficando apoiada no ombro do Niall. As minhas pernas tremiam como varas verdes e o meu coração parecia querer saltar do meu peito.
Um gemido escapou dos meus lábios quando ele fez o meu corpo rodar e ai os meus olhos encontraram os dele. Aquele tom azul brilhava de tal maneira que eu fiquei ligeiramente envergonhada, eu vi desejo no seu olhar e um sorriso safado nos seus lábios.
Eu estava a sentir uma montanha russa de sentimentos e sensações, eu sentia mesmo a falta de estar com ele e ele sabia isso.
A sua mão estava fria e quando ela invadiu o interior das minhas cuecas o meu corpo ficou em pele de galinha. Enquanto me massajava, ele começou a espalhar beijinhos pelo meu pescoço, passando depois a sua língua ao longo da minha clavícula nua pela camisa aberta.
- A ideia de te fazer minha aqui não te agrada? - Ele falou olhando agora nos meus olhos - Não te excita a adrenalina? Quer dizer - ele riu - não te excita mais do que já estás?
As minhas mãos agarraram o limite da mármore​, tentando controlar o meu corpo. Foi em vão.
Sem pensar em mais nada aproximei o meu rosto do dele para o beijar mas ele surpreendeu-me. A sua face foi desviada ligeiramente para trás contendo um sorriso safado nos seus lábios, moveu-a dizendo não e com esse sentido o seu nariz roçou no meu.
As suas mãos estavam agora a desapertar os botões da camisa que tinha vestida e quando o meu tronco ficou totalmente amostra para ele, o seu olhar observou-me fogosamente.
Sem aviso prévio, as suas mãos agarraram a minha cintura e ele sentou-me sobre a bancada começando logo a beijar o meu peito investindo também umas mordidelas.
- Tenho saudades do teu sabor. - falou enquanto lámbia os seus lábios e se ajoelhou no chão.
Eu teria percebido logo o que ele quereria fazer e tanto o meu coração como a minha mente não queriam que ele mudasse de ideias. Isto não devia de acontecer mas não é um erro, erros já cometemos demais no passado. E se ambos precisamos e queremos isto, então eu vou-me deixar levar.
- O amanhã não é garantido mas o agora ninguém nos pode tirar. - Ele parece ler os meus pensamentos e apesar de isso me assustar um pouco eu fico feliz por a nossa ligação ainda estar viva.
A sua boca começou a espalhar beijos pelas minhas pernas nuas chegando á zona da minha virilha abrindo mais as minhas pernas e arrancando as minhas cuequinhas para o chão.
Eu estava a ficar ofegante sentindo agora pequenas mordidelas nas minhas virilhas e logo a minha intimidade sentiu algo húmido. A boca do Niall começou a fazer maravilhas e quanto mais sentia a sua língua na minha intimidade mais vontade tinha de gemer e não sei como me estava a conseguir controlar.
Uma das minhas mão estava sobre o balcão de mármore ajudando-me a segurar o meu corpo, que arqueava cada vez mais, e a outra agarrava fortemente os cabelos loiros do Niall puxando a sua cara mais pro meio das minhas pernas.
Senti ele a penetrar-me dois dedos enquanto ele sugava mais e mais a minha intimidade. Da maneira que eu estava, eu não conseguia aguentar muito mais.
E assim foi, cheguei ao orgasmo rapidamente.
Niall afastou-se ligeiramente e foi se levantando ao mesmo tempo que depositava beijos pela minha barriga fazendo um caminho até ao meu queixo e quando ficamos da mesma altura eu pensei mesmo que as nossas respirações ofegantes se formassem numa só mas isso não aconteceu. Ele não me beijou, ele depositou somente um beijo na testa e abaixou-se para apanhar as minhas cuecas.
- Sentes-te melhor? - O seu rosto transbordava provocação.
Ele sabia que eu não sou mulher de ficar bem só com estes preliminares. Ele sabia perfeitamente que eu precisava de mais.
- Niall, por favor. - Supliquei. Estava tão ofegante que a minha voz soou demasiado fraca.
Não sei qual era a ideia dele, mas se ele me queria vulnerável, se queria que eu suplicasse pelo toque dele, então ele conseguiu.
Ele levou as minhas cuecas ao seu nariz e cheirou-as sorrindo.
- Se queres mais, tens de ser tu a procurar-me. - Provocou-me.
Ai odeio-o!
- Niall... - Suspirei. Desde quando não tenho resposta pro que quer que seja?
- Não te estou a cobrar nada (t.n), eu quero fazer amor contigo e tu sabes bem disso mas não vou ser culpado por te pressionar. Sabes onde me encontrar se quiseres mais. - e dito isso ele saiu porta fora com as minhas cuecas na mão.
Eu fiquei nua sobre o balcão, totalmente confusa com o que tivera acontecido.
Ele sabe que eu não lhe consigo dar mais e aproveitar-mo-nos um do outro para sexo é uma ideia absurda.
Não sei qual a ideia dele.
Voltei apertar a minha camisa e saltei do balcão. Eu estava confusa, sem saber se devia ir ter com ele ou não.
Eu não queria estar sozinha, eu sinto a falta dele. Claro que sinto, e ele sabe isso!
Quero tanto o beijar, abraçar aquele corpo, sentir o seu toque. Já há mais de 8 meses que não acontece nada entre nós e uma mulher não é de ferro...
Direcionei-me até às escadas que dão caminho ao andar de cima e enquanto as subia tentava decidir o que iria fazer.
Porquê que tudo é tão complicado e ao mesmo tempo irresistível?

Oi oi minhas lindas!! Como foi esse ano novo?? Um bom ano para todas!!
Agora falando do capitulo, o que acharam? Quero muitos comentários com opiniões e com sugestões pro que vem a seguir, sim??? Please!!!
Como sabem nas próximas duas semanas vai ser difícil para mim escrever, tenho mesmo muito trabalho para fazer e estudar. Mas eu estarei de volta rapidamente, vão ver!!
Beijinhos grandes e sejam felizes neste 2017 ❤❤❤

Irresistible 3   (Acabada)Onde histórias criam vida. Descubra agora