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Há Quinze Anos

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Há Quinze Anos

Abriu a porta da sua casa rapidamente, sem fazer barulho correu para o seu quarto. Ainda ouviu a voz daquela mulher enjoada que lhe causava náuseas, sua mãe de consideração - era o décimo lugar que tentava lhe manter como filho, estava cansado daquela vida de órfão - ignorou totalmente os chamados dela com aquela voz fina que nada adiantava ter ordem dentro daquele lugar. Abriu a porta do seu quarto o mais rápido possível, assim passou e trancou quando ouviu passos daquele ser irritante, até as batidas na porta.

— Stiles… — chamou ela. — Abre essa porta do quarto. Quero falar com você.

— Estou com a cabeça doendo. Vou tomar um banho antes. — explicou ele sem alterar o som da sua voz.

— Stiles! — repreendeu a mulher sendo ignorada por Stiles que caminhou até o seu pequeno som que havia na estante ligando até o último volume. — STILES! — gritou ela socando a porta e ouvindo o som estridente da guitarra. Bufou, saiu da porta irritada por aquele garoto insolente.

Stiles fechou os olhos respirando, percebeu que segurava sua mochila. Jogou ao chão, observou suas mãos manchadas de sangue que já havia secado. Suspirou, caminhou para o banheiro que tinha no quarto que dividia com outro garoto, seu “irmão”. Abriu a porta, trancando-a em seguida, tirou sua roupa respingada de sangue, jogou ao chão ligando o chuveiro. Entrou embaixo sentindo a água quente lavar sua pele, sem menos esperar repassou por sua mente todos os acontecimentos que ocorreu nos últimos minutos. Horas. Nem ele sabia, apenas que estava tatuada em sua alma o que tinha feito. Não foi algo muito bom, mas, também não foi tão horrível como havia pensado Sabia que tinha agido por impulso, perguntou-se se teria coragem de fazer a mesma coisa novamente. Assassinar. Ficou surpreso quando não teve negação contra o fato.

Lavou seu corpo tirando qualquer prova do seu ato, molhou suas roupas, tentou lavá-las. Quando desistiu da situação deixou o embrulho molhado no piso do banheiro, iria dar um fim naquela prova. Tentava não se incriminar, entretanto, não sabia como tinha ficado a cena de crime. Suspirou, estava preocupado, não poderia sair daquele lugar e ir para um reformatório. Estava fora de cogitação.

Desligou o chuveiro ainda com o som alto, saiu enrolado do banheiro indo para o seu quarto. Pegou um par de roupas em seu guarda-roupa, vestiu-se rapidamente. Pegou sua mochila jogando todo o seu material em cima da cama bagunçada.

Vasculhou o quarto atrás de uma sacola até encontrar uma onde seu “irmão” guardou algumas de suas coisas, tirou tudo jogando em cima da cama dele enquanto voltava para o banheiro. Praguejou baixo quando notou o sangue que escorreu da roupa, ele tinha feito burrada. Sem pensar duas vezes pegou a tesoura que tinha no compartimento e passou a cortar tudo, até existir apenas farrapos, colocou tudo dentro da sacola preta, amarrou. Ligou o chuveiro lavando o chão até molhou seus pés, foi quando olhou para o seu tênis. Pegou-o e o analisou, suspirou por perceber que não precisava dar fim naquilo também.

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