VII

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- E você gosta dele? Quer dizer você aceita o facto de você ser prometida à ele, sem o seu consentimento? - pergunto me deitando na cama e ela me acompanha.

- Completamente! - ela diz para a minha indignação. - É como às coisas funcionam. - ela diz e eu me revolto por ela. - Mas, ele cresceu connosco, e digamos que eu sempre me senti atraída por ele. - ela diz toda embalada na sua imaginação. - Tem uma lenda que diz, que os prometidos sempre se pertencerão nem que seja à distância. - ela diz e eu me seguro para não revirar os olhos.

Tudo bem que isso seja, sei lá, uma regra de vampiros dessa linhagem. Mas eu acho que à partir do momento em que eu sei o que quero para mim, não devo ser obrigada à nada, principalmente se nem se sabe se o amor será ou não correspondido.

- E se você não gostasse dele? Vocês se casariam na mesma? - questiono e ela assente.

- Infelizmente, o nosso destino já estava escrito bem antes do nosso nascimento. - ela fala e isso é ridículo. - O nosso mundo, depende de nós Ashley. Todos os descendentes devem estar juntos, vidas eternas se perderam para a nossa proteção. Porque a nossa responsabilidade, o poder, e a linhagem à que pertencemos, não é vã, o sacrifício é mais nosso do que qualquer um. - ela justifica e eu estou arrepiada, com todo esse choque de realidade que ainda estou recebendo.

- Mas eu sempre gostei dele. - ela conta sorrindo. - Ele é quem não gostava lá muito da ideia, afinal de contas ele e o Tyler, bem, tem os mesmos amigos, e bem, preferem vidas mais luxuriosas, cheia de mulheres, festas, e trabalho que lhes dá a fortuna que eles esbanjam por dia. - ela diz revirando os olhos. - Mas, com o tempo, ele começou a olhar para mim com outros olhos, talvez porque cresci. Mas melhor que ele, eu garanto que não há. - ela diz e essa história é tão melancólica, sei lá, talvez seja porque eu não sou necessariamente à pessoa mais romântica do mundo.

- Você está apaixonada mesmo! - digo rindo da cara de apaixonada dela e ela me dá um tapa no ombro me fazendo rir!

- Mas, o que você acha do seu noivado com o Tyler? - pergunta me olhando, com cautela.

- Bem, primeiro que eu tenho certeza de que o Tyler, não quer esse casamento e muito menos que tenha sentimentos de carinho para comigo. - falo. - Segundo, não é isso que eu sonhei e nem quero para mim. Casar só por sei lá quantas, isso para mim é uma ideia absurda. - falo.

- O Tyler é muito mulherengo e egocêntrico. - fala e não tem como duvidar, alguém bonito como ele, não seria alguém de todo humilde e da vibe quieto. - Ele está habituado à ter todas as mulheres aos pés dele, sem nenhum esforço. E não necessariamente para um compromisso sério, se é que me entende. - ela diz e eu assinto. - Por isso tudo, está sendo muito difícil dele digerir. Mesmo ele tendo conhecimento disso, faz tempo. - ela explica.

- Tudo bem! Mas na minha óptica, é desnecessário ele me tratar de forma tão, sei lá, eu nem sequer sabia de... tudo isso, e se dependesse de mim, nem eu gostaria de ter sido prometida à ele. Eu não pedi isso. - digo indignada.

- Eu entendo, mas meu irmão é teimoso, e não se acostuma ao facto de ficar apegado à ninguém. - como se eu quisesse.

- E por outro lado, ele até já está mostrando sensibilidade, então ele liga para você não é um completo ogro. - ela diz e a encaro, apenas observando ela falar das criações das suas próprias histórias.

- Tá! - falo revirando os olhos.

- E liga! - ela reafirma. - Quando você ia caindo ele te segurou com feição preocupada estampada no rosto, você é filha das pessoas que ele considerava segundos pais, é óbvio que ele não é totalmente indiferente à você. - ela diz e eu meio que me arrepio. - Ele te trouxe para o quarto e ficou qui até você acordar sem contestar. - fala de uma forma que faz uma corrente eléctrica passar velozmente pela minha espinha e sinto me arrepiar toda.

Prometida de um Vampiro. - REVISÃO.Onde histórias criam vida. Descubra agora