XXV

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- Boa tarde! - eles respondem fazendo aquela vênia bizarra.

Não demorou para nos passarem os aventais e botar às mãos na massa.

- Bem eu já vou, por favor trate de fazer os deveres que deixei em sua mesa de estudos, e estude também. - a Ursula diz, e lamento imenso.

- Tudo bem, tchau. - digo a despedindo.

- Senhorita Amie você é a primeira! - a Safira diz e partiu rir da Amie e a sua tentativa de fritar um ovo.

- Primeiro pegue na frigideira e coloque numa das bocas do fogão. - a Safira diz e a Amie, meu Deus.

- O que é frigideira? - ela pergunta com as bochechas coradas, nos fazendo rir.

- O que está em cima do balcão, Amie. - digo apontando e ela vira sorrindo pegando-a e colocando-a numa das bocas do fogão.

- Agora pisa no primeiro botão a sua direita para a boca acender. - ela explica e a Amie faz.

- Agora unte-a com o óleo. - diz.

- Parta um bocado do ovo no meio e o abre pra dentro da frigideira. - ela pega o ovo e o parte mais que o devido sujando todo o avental, minha barriga está doendo de tanto rir.

- Para de rir Ashley! - ela diz manhosa e corada, me fazendo explodir no riso ainda mais.

E assim o dia foi, cheio de desastres na cozinha.

(•••)

E a tarde foi passando assim,  a Amie já sabe fritar ovo de todas as maneiras, aleluia, claro que só depois de uns sairem estranhos ou a melecarem toda, né? Mas já é uma vitória.

Porém vi o que não deveria e me arrependo brutalmente.

Ao fundo da cozinha tem uma adega, como se fosse de vinhos até. Mas na verdade é uma adega de depósito de sangue, provavelmente humano, e neste momento estou no quarto, depois de básicos vômitos no banheiro.

Fui então para a mesa de estudos, estudar. Visto que o senhor príncipe dos góticos, cancelou às minhas aulas hoje. Provavelmente não farão falta, já que pretendo sumir esta noite, mas mais valhe isso do que continuar pensando naquele sangue.

Vamos pensar em física, mais prático.

Decidi ir estudar para a imensa biblioteca, então peguei as coisas o celular e fui parar no corredor para apreciar a bela imagem dos meus pais naquele quadro.

E meu coração aperta. E fica ainda mais baralhada do que já é.

E mal.

Eu tenho os meus pais, que pensei que tivessem me abandonado, que por acaso são vampiros, mortos por minha culpa, culpa toda minha, numa parede atrás do closet do quarto onde durmo todos os dias.

E ainda seria responsável por deixar a Amie, a Katherine e o Tyler sem o pai deles. Por minha culpa.

Tudo é culpa minha.

Depois de uma chacoalhada na cabeça continuei o meu caminho até a biblioteca.

- Samuel! - chamo o morceguinho, que vem me causando um tanto de arrepios gelados, porém se forma na minha frente.

Às vezes acho que estou vivendo em outra dimensão e fui raptada por alians.

- Senhorita Ashley, que prazer em vê-la. - ele diz fazendo aquela vênia esquisita. - Em posso ter a honra de ajudar? - ele questiona todo cordial.

- Boa tarde Samuel! - o saúdo. - Também é te ver! Eu vim aqui porque preciso desses manuais. - o mostro. -  Poderia me dar? - pergunto.

- Claro, aguarde uns momentos. - ele diz e eu assinto. Como é óbvio o perco de vista em questão de nanossegundos, enquanto isso vou me acomodando em um lugar para estudar.

Prometida de um Vampiro. - REVISÃO.Onde histórias criam vida. Descubra agora