16 - Na Contramão

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Olá! Não respondi a cada pessoa que perguntou quando eu continuaria a história, pelo primeiro seguinte fato: eu não tinha uma data. E pelo outro: eu já tinha dito em meu perfil que tentaria voltar em algum momento em fevereiro.

Vamos comentar muito e votar para me dar aquela animada e fazer a história dar um up no ranking? Bora láaaa, que o capítulo tá intensoooooo!


***


Eu e Tate já vestíamos nossas próprias roupas – agora secas – quando saímos da casa de Luigi e Peach. Estava entardecendo e o clima estava refrescante.

Me espreguicei casualmente e olhei, de canto de olho, para Tate caminhando ao meu lado.

– Amanhã você vai para o colégio? – Tate me surpreendeu ao perguntar.

– Vou sim! – respondi rápido, quase sem pensar, apenas querendo falar, sem palavras, que eu estaria ao seu lado – E você?

Ele deu de ombros, depois assentiu e colocou seu braço sobre meu ombro de um modo relaxado. Eu não tinha como adivinhar o que ele pensava, mas seu jeito estava nitidamente mais tranquilo.

Eu precisava dizer à Peach que ela teria que ser oradora motivacional. Ela tinha o dom das palavras!

Cruzei meus braços frouxamente me sentindo entre confortável por perceber que Tate estava bem e desconfortável pelas pessoas que nos olhavam no meio da rua. Ainda era muito cedo para a rua que estávamos ficar deserta, sendo assim, alguns pessoas passavam por nós e nos olhavam estranho. Eu realmente não entendia o porquê daqueles olhares, afinal, mal nos tocávamos. Apenas o antebraço de Tate estava sobre meu ombro.

Ouvi o riso dele e balancei minha cabeça encarando-o.

– O que foi? – quis saber.

– Você realmente precisa de óculos.

– Quê? Por quê? – franzi o cenho.

Ele tirou seu braço de meu ombro e colocou suas mãos dentro de seus bolsos.

Estávamos perto de minha casa e eu diminui o passo, porque não queria entrar naquele momento.

– Porque você fica olhando para tudo assim... – falou ele enquanto espremia seus olhos, quase os fechando.

Ele aproximou seu rosto do meu, não muito, mas se eu virasse mais meu rosto em sua direção ficaríamos cara a cara.

Ri e bati em seu rosto, afastando-o do meu.

– Eu sou míope! Não se zomba de um míope!

Tate gargalhou e tirou minha mão de seu rosto com facilidade, como se espantasse um mosquito insignificante.

Nós andávamos ainda mais devagar, quase parando no meio da calçada. Eram passos de lesmas. Se não existia aquela expressão, eu tinha acabado de inventar. Era quase como se nós não quiséssemos sair do lugar, mas obrigatoriamente andávamos.

– Onde existe essa regra que não se zomba um míope? – continuou ele – Já ouvi falar que não se bate em um cara de óculos, mas não zombar um míope é nova.

Eu segurei minha risada e cruzei meus braços, fingindo indignação.

– Seu grau é alto? – Tate indagou sem se importar que eu não o tinha respondido antes.

– Na última vez que fiz consulta estava 2.5 no direito e 3.0 no esquerdo. É alto se pensar que a tendência é piorar. Ou seja, agora mesmo deve estar mais alto.

Este é o porquê da minha morteOnde histórias criam vida. Descubra agora