Desfecho: Parte final de uma obra literária, quando a trama é, de certa forma, solucionada; desenlace, epílogo.
A realidade, às vezes e, muitas vezes, para uns, é cruel.
Sempre soube disso. Convivi muitas vezes com isso.
Naquela quadra abandonada minha história – ou melhor, a minha história com Tate – começou e, infelizmente, ali ela terminou.
Aquela quadra é especial para mim. Luigi e Peach também sabem disso.
Minha vida não acabará. Agora tenho um propósito.
Eu, Luigi e Peach, depois de finalmente concluirmos o ensino médio, entramos em uma ação judicial para derrubar a quadra e abrirmos no lugar dela uma ONG em favor da vida e da autoaceitação.
Mesmo que Peach vá viajar com seu pai e Luigi fique na cidade com sua mãe, daremos um jeito.
Meu nome é Gregório Duarte e escrevi esta história dedicada a um amor de adolescência. Um amor que me fez refletir sobre julgamentos e pré-conceitos. Um amor que, apesar dos pesares, me fez querer continuar, dia após dia, para, ao longo de minha vida, eu encontrar outros dos quais eu possa ajudar... Outros dos quais eu possa amar.
A vida seguirá. A minha seguirá.
Em memória de Tate Trindade.
***
Vamos conversar agora?
É, é isso! Claro que haverá alguns mudanças ali e aqui quando eu revisar a história, mas, como é uma ficção adolescente, não quis me estender muito no fator vícios e na morte de Tate.
E o porquê de sua morte foi sobre toda sua vida. Tudo que ele não aguentava mais segurar.
Att: sobre o pai de Tate e o porquê de não mostrar mais da vida de Greg depois da morte de TT. Primeiro: não conto mais nada, porque como a história é sobre TT ela não continua sem ele. E sobre seu pai, bem, esse detalhe deixo por aberto mesmo... Imaginem o que vocês quiserem sobre. Ser preso, falir. Mas, boa coisa não acontecerá hahah
No início, não minto, isso aqui sempre foi sobre Greg mesmo, mas, com logo nos primeiros capítulos percebi que a vida de Tate era muito maior e havia muito por trás de sua fachada. Claro que poderia escrever na visão dele, porém, se fosse assim, eu não acredito que conseguiria mostrar o quão bom ele era, apesar de tudo.
A intenção desta história nunca foi ser um drama, mas sim um aviso de alerta de que, nós, com problemas ou não, devemos nos preocupar com o outro também. Sei que soa fácil falar e que, às vezes, somos nós quem precisamos de ajudar e apoio, porém, penso como o Greg... Quando podemos fazer algo de bom, devemos fazer. Mesmo que a nossa realidade seja uma merda, há sempre piores e isso não é uma competição. Apesar de toda a merda em sua vida, se você puder ajudar um amigo, um namorado, um parente, enfim, alguém... Por que não ajudar?
É uma questão simples e empática de não esperar que o outro grite por ajuda. Alguns simplesmente nunca falarão. Tate nunca falou... Mas não pedir ajuda, não faz com que a pessoa não a precise.
Sim, eu vejo um bom futuro para o Greg. Ele viverá. Bem. Sua realidade mudará. Um dia, suas camisas não serão mais de mangas compridas e ele amará o que verá no espelho. E eu espero que ele passe a mensagem clara, que sempre quis para qualquer um que esteja aí do outro lado:
Empatia. Sempre. Respeito. Sempre. Amor. Sempre.
Eu já dizia em minha trilogia de A Estranha e serve para essa também: Respeite. Ame. Cuide.
P.S.: e se você acha que precisa de ajuda, ligue para o Centro de Valorização da Vida; 141.
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Este é o porquê da minha morte
Teen FictionQue tal começar um livro já sabendo o fim? Afinal, este é o porquê da minha morte.