PENÚLTIMO!
Vamos de novo no desafio dos comentários? Se chegarmos a 150 aqui antes de sábado, novamente adianto o capítulo.
A Teoria do Caos teve seu prelúdio (tipo um prólogo do que virá) publicado. Confiram lá! Livro em minhas obras e também no link externo - fim do capítulo.
P.S.: este capítulo explicará tudo. Mas, mesmo depois do último, colocarei mais um para conversarmos sobre a história.
***
Sorriso. Seu sorriso sempre me chamava à atenção. Não apenas pelos seus dentes simétricos e sua aura de arrogância, mas sim pela sua presença, pela sua forma de sorrir, e, às vezes, dar de ombros, como se nunca se importasse com ninguém ao nosso redor, como se soubesse de tudo, como se já fosse o suficiente o que tínhamos, mesmo, na verdade, nós não tendo nada.
– Você não se importa? – mesmo já supondo sua resposta, perguntei.
Estávamos atrás da quadra abandonada. Era nosso ponto, não secreto, mas nosso mesmo assim.
Era início da noite e não havia ninguém além de nós. Não naquele horário, pelo menos. Sempre íamos embora antes que outras pessoas chegassem, mas, às vezes, acabávamos perdendo a hora e nos esbarrando com outras pessoas. Elas não se importavam com nossa presença. Acenavam e fumavam um em um canto mais isolado e abaixo, mais perto da quadra do que onde nós normalmente ficávamos.
Estávamos no topo e era muito visível para quem passasse por fora da quadra, mesmo sendo atrás dela. Eu acreditava que as pessoas que vinham para ela para fumar ou beber ficavam mais abaixo para realmente se esconder de quem passava de fora.
Já eu e Tate estávamos visíveis, sempre e ele parecia não se importar. Nem mesmo quando um policial, certa vez, de longe, iluminou nossos rostos. Tate não tinha nada na mão, eu também não e o policial não podia nos culpar por estarmos ali e nem era tão tarde assim.
– De quê? – ele sorriu mais, irônico – De ficar deitado num lençol fino que me faz sentir a grama que coça embaixo de mim? Com certeza!
Eu ri e desviei minha atenção de seus olhos escuros para o céu iluminado por estrelas.
– Não se importa de ficar deitado em um lençol, aqui?
– Aqui com você ou simplesmente aqui deitado em um lençol?
O olhei de canto de olho e ele me encarava quase sem piscar. Eu também estava deitado, mas com minhas costas viradas para o lençol enquanto ele estava deitado de peito, se elevando com seus braços flexionados.
– Aqui comigo. – admiti desviando meus olhos mais uma vez.
– Greg... – ele sussurrou e eu não me mexi quando sua mão tocou meu queixo e deslizou para meu rosto, segurando-o.
Virei minha cabeça para o lado, devagar e encontrei seu rosto ainda mais perto do meu.
Minha vida estava finalmente se ajustando. Com meu pai preso, eu me sentia livre. Minha mãe estava ainda frágil, porém, muito melhor. Em breve eu começaria a trabalhar em uma clínica veterinária como assistente de Mila e, finalmente, acreditava que as coisas poderiam dar certo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Este é o porquê da minha morte
Teen FictionQue tal começar um livro já sabendo o fim? Afinal, este é o porquê da minha morte.