24 - Sinto Muito

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Sim, vídeo do Felipe Neto na multimídia sobre um assunto muito importante.


UPDATE: No fim do livro farei várias alterações, mas para quem já está aqui acompanhando adiantarei algumas delas, não fará diferença na narrativa, porém é só para avisar mesmo.

Ponto 1: a história não será mais no Brasil, deixarei como "Sul", assim, com letra maiúscula mesmo, como se o Sul fosse o nome de uma cidade, não uma região.

Ponto 2: há uniforme no colégio q Greg estuda sim, mas não no terceiro ano, o qual ele frequenta.

P.S.: Bem, sobre Tate... Muita gente está perguntando sobre ele, mas, lembre-se  que, apesar do clima meio romântico que tivemos com Tate e Greg, a história não é um romance e seu foco é a depressão na adolescência. Mas, não se preocupem, ele aparecerá no momento certo e estou programando cenas muito bonitas <3

***


Eu estava calado deixando Mila olhar meu rosto com cuidado e reclamar consigo mesma que deveria ter gelo em sua casa, para na madrugada ela colocá-lo em mim, mas, segundo ela, seu congelador de sua geladeira estava com problema e não gelava direito, sendo assim, era óbvio, não tinha gelo.


– Se meu pai estivesse aqui, – ela reclamou – ele já teria consertado esse congelador.

– E onde ele está? – perguntei.

– Ele morreu há alguns anos de câncer. – antes que eu tivesse tempo para abrir a boca e falar meus pêsames, ela continuou – Não diga que sente muito, porque, na verdade...

– Ninguém sente como você? – eu completei por ela e Mila assentiu, soltando meu rosto e se sentando de maneira relaxada no sofá.

– Ninguém sente como eu. – ela sussurrou, mas não parecia triste, apenas pensativa.

Ainda estávamos sentado do sofá e Diogo no chão, agora quase deitado sobre uns travesseiros. Antes que o silêncio entre nós se perdurasse, Diogo falou:

– Ele era incrível. Era o pai que queria ter.

Mila riu e olhou para mim enquanto apontava para Diogo.

– Este daqui vinha todo dia para minha casa quando era criança, simplesmente porque meu pai tinha boas histórias.

Diogo riu.

– Ele me incluía em tudo! – ele disse encarando o teto – Eu era sempre tão incrível nas histórias que ele contava que não queria mais ouvi-lo parar de contar. Era como se ele soubesse exatamente o que falar para me fazer sentir bem...

Diogo e Mila estavam melancólicos e para mudar o tom da conversa, quis saber:

– Vocês se conhecem a muito tempo, não é?

Mila confirmou.

– Diogo conheceu Maycon no início do fundamental, pouco depois eu o conheci e comecei a ajudá-lo em algumas matérias. Mas logo descobri que ele não precisava de mim para ensiná-lo.

– Como assim? – questionei e Diogo jogou um dos travesseiros embaixo dele em cima de Mila, que o agarrou no ar, rindo.

– No fundamental eu ensinava a Maycon e Diogo fingia não entender as matérias para não fazer Maycon se sentir mal e também para passar mais tempo com ele enquanto ele tentava estudar.

Este é o porquê da minha morteOnde histórias criam vida. Descubra agora