Giovana dos Santos uma garota tímida que aos 22 anos perdeu os pais e o irmãozinho de 3 anos em um terrível acidente automobilístico, enquanto velava sua família, seu namorado Leandro a traía com uma mulher que tinha idade para ser sua mãe, mas isso...
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Giovana
Marcamos a data do nosso casamento para dia 20 de março, a única data que conseguimos livre e compatível com a folga do Thiago, no início achei estranho por ser em uma segunda, mas Thiago disse que isso tudo era obra do destino, casaríamos no último dia do verão e iniciaríamos o outono já casados, achei tão fofo. Iremos nos casar em são Paulo, porque a família Drummond e Ferraz, a maior parte é de são Paulo, os únicos daqui do rio era o Marcelo e os pais dele. Da minha parte pouquíssima gente foi convidada, Emily e os pais, Victor meu amigo cabelereiro, ele que ficou comigo para me ajudar a pegar o vestido e viajaríamos junto no dia 19 para são Paulo, meus dois tios irmãos do papai foram convidados e seus filhos, eles não são muito presentes e eu nunca tive tanto contato com meus primos, mas ou eu chamava eles ou não teria ninguém da família para me ver casando, a tia Valeria eu não convidei, nunca consegui perdoar ela por tentar tirar a casa de mim, da parte da mamãe, convidei só a tia Frida, era a única irmã de mamãe viva, convidei os meus amigos da agencia e a Lorena, falei que ela podia levar o Mason se quisesse, mas ela disse que ele estava todo estranho, então deixei que ela levasse a Solange. Da parte do Thiago, senhor amado, a família dele era enorme, sem contar que muitos médicos foram convidados e até a coisinha, mas ela disse que não ia, que bom, "agradece". E sabe o que eu descobri? O Thiago sabemos que é rico, mas o que não sabemos é que eles são multimilionários, os pais dele são donos de uma rede de hospitais espalhados por toda a Europa e américa latina, fiquei de boca aberta quando Marcely me contou, os pais do Thiago insistiram para que eu assinasse um acordo pré-nupcial, mas Thiago bateu o pé e não deixou, por mim eu assinava, o dinheiro dele não me interessa, o que me importa realmente é esse homem lindo que eu tanto amo. Os nossos padrinhos são Emily e Marcelo, a daminha vai ser a Alice. E quem vai me levar ao altar será meu segundo pai, seu Osvaldo pai da Emily, ele ficou todo emocionado quando eu pedi e choramos juntos ao lembrar do papai.
As duas horas eu vou para o aeroporto com o Victor, gente pensa que engraçado o Thiago com ciúmes do Vitinho, eu dizia vida, ele é gay, mas ele custou aceitar. Almocei, na casa do Victor, e agora estamos indo para o aeroporto de taxi.
—Você não está esquecendo de nada né minha diva? –Ele perguntou.
—Está tudo aqui, senhor preciso que pare em um lugar para mim. –Paramos no cemitério e pedi para que Victor esperasse no carro, comprei flores na entrada e fui até o jazido da minha família.
—Oi papito, mãezinha, maninho. –Cumprimentei sentindo as lagrimas molhar meu rosto. —Amanhã será um dia muito importante na minha vida, queria tanto que estivessem aqui, Giovani, meu pequeno, você seria o meu paje com a Alice, ah como você estaria lindo, paizinho, sinto tanto por você não poder me levar ao altar. –Solucei engolfada por uma onda de lagrimas. —Paizinho, mãezinha, maninho, o Thiago me faz muito feliz, tenho amigos maravilhosos e tento fazer várias coisas para poder me distrair dessa saudade que aperta o meu coração e me falta o ar... Mas a vida é cheia de momentos, e momentos nos traz lembranças, aí eu me lembro que vocês se foram... e me deixaram aqui, morrendo de saudade, querendo vocês aqui, eu não tive tempo de me despedir, estava trabalhando e de repente recebo a pior notícia da minha vida, não tive tempo de abraçar vocês e dizer que os amo infinitamente! Oh pai, como eu te amo! Mãe como eu te amo, Giovane da Zovana, como eu te amo. Sei que vocês estão ao lado de Deus... e me olham aí de cima... Não se preocupem, sempre vou fazer com que vocês tenham ainda mais orgulho de mim, e ficarei aqui pensativa, pensando em todos momentos que tivemos e no quanto foi bom, vou lembrar de vocês sempre sorrindo! –Saí do jazido e tranquei com o cadeado, sentei no banquinho que ficava ao lado e chorei toda a minha saudade, flashes de uma infância e adolescência feliz tomaram conta da minha mente.
