Capítulo 47

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Thiago

Fiquei ali sentado, vendo a minha felicidade escorregar por entre meus dedos. Pois bem, a felicidade sempre foi algo que quando eu pego, do nada, parece escorregar entre os meus dedos... não dura muito tempo. Sempre foi assim, não seria diferente agora.

Conheci patrícia e senti que seria feliz, mas logo percebi que não estava tão feliz assim, soube que seria pai de gêmeos, agarrei a felicidade, mas logo a vi indo embora deixando só duras lembranças.

Conheci Giovana, dessa vez eu tive certeza que tinha alcançado a felicidade plena e que dessa vez ela não escaparia como areia fina pelos meus dedos, aqui estou eu, vendo a minha plena felicidade indo embora, escorrendo pelos meus dedos sem que eu consiga aparar. Meu rosto agora está marcado por lagrimas de arrependimento e de culpa, observo as horas passarem, com inquietude e tudo que eu faço é continuar sentado vendo a felicidade partir. É tão duro não poder alcança-la. Mas eu terei que trilhar esse caminho, porque enquanto segurava a amargura com as minhas mãos firmes, soltava a felicidade, o único culpado sou eu, e agora o que tenho a fazer é ir sobrevivendo, porque sem você Giovana não vivo, meu coração não bate, apenas mantém o ritmo cardíaco, respiro com dificuldade, o ar parece rarefeito. Tenho quase certeza que meus dias daqui pra frente, serão todos cinzas e custarão a passar, apenas lembranças dos momentos bons ficarão.

Uma vez li em algum lugar a seguinte frase, "Um homem de verdade assume seus erros e tenta se redimir, um farsante foge do assunto. " Estou me sentindo um farsante e terei que conviver com isso, pois por mais que eu sofra e tente vencer o meu orgulho, eu não consigo assumir que eu errei, não agora, não hoje, talvez nunca, não sei.

Já estava escuro, quando resolvi que ficar sentado em um sofá com uma garrafa de vinho vazia, não estava adiantando. Me levantei, fui até o quarto, coloquei uma camisa, uma calça jeans e desci, em frente à minha casa tinha um bar, sentei lá em uma cadeira de aço e a música que tocava no bar era cadeira de aço, que ironia. Pedi a primeira dose e as lagrimas caiam como enxurrada, eu estava bebendo para amenizar a minha dor, mas a dor só aumentava, a dor estava me matando aos poucos, olhei a minha volta e pessoas me olhavam, com olhar de pena. Para me arrasar ainda mais, começou a tocar vidinha de balada, o pedido de namoro passou inteiro na minha cabeça, com as mãos na cabeça, eu soluçava, acabei com a minha vida, destruí a minha vida. Me levantei, mas foi para pedir um maço de cigarro, só foi colocar o cigarro na boca e a música sarcasmo de Thaeme e Thiago saiu das caixinhas do bar, a música me definia. Joguei aquele cigarro fora e saí me arrastando, Jackson estava entrando naquela hora.

—Cara cê tá horrível, vou te levar pra casa. –Relutei, mas Jackson me levou para casa, sentou em um sofá e ficou me olhando, me joguei no sofá e tapei meu rosto com as mãos e chorei, chorei, chorei, até adormecer de tão bêbado. Na madrugada acordei com uma dor horrível de cabeça, tudo girando, abri os olhos e Jackson estava dormindo sentado.

AQUELE VERÃO - COMPLETAOnde histórias criam vida. Descubra agora