Capítulo 65

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Thiago

Eu queria muito passar a virada em ANGRA com meu irmão, minha sobrinha, meus tios e primos, porem a Carol tinha colocado na cabeça que queria ir para a Europa, seria legal passar com meus pais, mas não faz tempo nenhum que estivemos na Europa, fomos nas últimas férias e mês passado fomos novamente, por isso eu queria tanto ficar com minha família em Angra, aí até ontem ela estava irredutível, só que hoje para minha surpresa, ela apareceu com uma conversa meio estranha.

—Thiago, meus pais vão viajar e querem que eu vá com eles, faz tempo que não fizemos nada juntos, se você quiser pode ficar com o Giovane, ele fica melhor com você sempre.

—Seus pais nunca viajam Carol, pra onde é essa viajem?

—Virginia.

—Ah onde o Matheus mora?

—Tá ele mora lá, mas isso não tem nada a ver, quer ligar para os meus pais? E se não quiser ficar com o Giovane eu levo, só queria deixar contigo porque sei que ele gosta mais de ficar com você. –Desconfiei dessa viajem dela, mas eu queria ir para Angra, então só aceitei, levei ela e os pais ao aeroporto, pelo menos era verdade que ela iria com os pais e depois quando estava sozinho com meu filho comemorei.

—EHEHEHEHEHHE, filho finalmente sozinhos. –Ele dava suas gargalhadinhas gostosas, cada dia que passa está mais lindo, agora com nove meses, não vejo a hora de ouvi-lo me chamar de papai pela primeira vez. —Filho nós vamos para Angra, lá o pai conheceu a Giovana. –Coloquei Giovane na cama e me deitei ao seu lado fitando o teto. Angra está recheada de boas memorias, foi lá que eu conheci a minha princesa, ainda me lembro dela saindo do carro, lembro até da roupa que ela usava naquele dia, assim como eu lembro do vestido vermelho que ela usou naquele natal e do branco que ela usou naquela virada, então cada vez que eu vejo alguma mulher vestindo vermelho ou branco, eu volto, ÀQUELE VERÃO.

Fiz uma ligação.

—Oi tita, quer viajar pra Angra comigo? O Hiago vai tá lá.

—Ai serio? Estou morrendo de saudades do Hiaguinho. Eu quero sim.

—Então vem pra cá, arrumar minhas coisas e a de Giovane vou comprar nossas passagens.

—E a dona Carol?

—Foi viajar, louvado seja Deus, pensa cinco dias de extrema paz.

—Oh gloria, ah e o Rodolfo, vai levar?

—Vou sim, quero aproveitar esse final de ano com os que amo.

—Ok, logo chego aí.

Não demorou muito e ela chegou, então enquanto ela arrumava minhas malas, coloquei meu filho no colo e peguei a guia do Rodolfo e caminhei até a esquina onde ficava o Pet que Rodolfo frequentava, nossa fazia tanto tempo que eu não fazia isso, com a Carol aqui, eu passo muito mais tempo no hospital e quase não dava atenção para o Rodolfo, quem levava ele no Pet, era sempre a empregada. Deixei Rodolfo para tomar seu banho e fui com meu filho até uma sorveteria, ele era pequeno, mas eu ia dando só um pouquinho na boca dele, quando ele sentia o gelado, gargalhava.... Mas o que vocês não irão acreditar foi quem eu vi entrando na sorveteria com um homem mais de idade e eu sabia que aquele não era o pai dela. Quando ela me viu ela sorriu, eu sorri levemente e voltei meus olhos para meu filho, logo a vi se aproximando de mim e sentando na minha frente, olhei para ver se achava o cara com ela, mas não achei.

—Preto que saudade, você está tão lindo. –Ela disse com os olhos marejados.

—Oi Patrícia, você também está ótima.

—Seu filho? –Ela sorriu.

—É.

—Com a Carol? –Assenti. —Nunca imaginei que você casaria com aquela mulherzinha. –Não disse nada por algum tempo e ela mudou o assunto. —Também me casei.

—Com aquele senhor? –Disse deixando escapar um sorrisinho de deboche, ela riu.

—Ele me faz muito feliz, nos casamos no ano passado e moramos em Miami, ele tem três filhas moças que moram com a gente. Estamos aqui porque vamos passar a virada com a mãe e com o pai.

—Fico feliz por você Patrícia.

—Mas preto e você está feliz?

—Estou sim, meu filho enche a minha vida de felicidade.

—Ele é lindo, mas não tem nada de você né? Eu sempre achei que nossos gêmeos seriam a tua cara. –Nesse momento abaixei a cabeça, eu evitava pensar nos gêmeos, isso sempre me trouxe tristeza.

—Ele puxou mais a família da Carol. –Ela sorriu e brincou com Giovane, que sorriu pra ela.

—Bom preto, foi tão bom te ver, sei que não terminamos da melhor forma, mas eu guardo só os bons momentos que passamos juntos, você foi muito especial pra mim, tivemos uma história de sete anos, então é por isso que eu sempre vou te levar aqui. –Ela apontou para o coração, com os olhos cheios de lagrimas, me levantei e abracei ela.

—Desejo tudo de bom pra ti. –Ela se foi, está tão diferente, mais madura parece, que bom que encontrou alguém. Depois desse episódio fui buscar Rodolfo e depois fui para casa, onde fiz as compras das passagens e avisei com antecedência que levaria meu pet. Na manhã seguinte viajamos.

Quando chegamos em Angra, já era quase horário do almoço, quando o taxi parou, meus tios saíram para fora, tia Marlene arregalou os olhos.

—Thiago? –Ela disse vindo até mim e me abraçando e tomando meu filho do meu colo. —Cadê a Carol?

—Foi viajar para a Virginia com os pais dela, e eu não quis ir para Europa, queria passar com vocês.

—Meu amor, leve suas coisas para o mesmo quarto da outra vez. Tita, vou arrumar um quarto pra você.

—Tia e esse corredor? Não tinha da outra vez.

—É que construímos mais quartos.

—Ah, que bom. –Tita pegou meu filho e eu fui para o quarto, quando entrei já fitei a cama e olhei ao lado as almofadas amontoadas, sorri ao lembrar que aquelas almofadas formaram uma barreira entre eu e Giovana, naquele verão. Larguei a bolsa do meu filho em cima da cama e a minha mala num canto, e me deitei na cama, me virei de lado e fiquei olhando o espaço onde ela dormiu e parece que eu a via ali, parece que foi ontem que eu a conheci. O que será que ela vai fazer nessa virada. Fiquei ali pensando em mil coisas que ela poderia fazer, mas de repente algo me fez sentar.

—Meu Deus, ela vem pra cá. –Eu pensei em voz alta, e fiquei eufórico, me levantei abri a cortina e podia ver as ondas batendo nas pedras. —Claro, ela não passa nenhuma virada longe da Emily, e agora ela é melhor amiga do Hiago, obviamente eles chamaram ela para vir para cá, porque sabiam que eu iria para a Europa, meu Deus como vai ser essa virada com ela aqui? Carol vai ficar uma fera quando descobrir.

Almocei e depois do almoço dormi com meu filho na rede, o barulho do mar era tão relaxante eu estava no paraíso.

Ali pelas três horas da tarde, uma Hilux preta, entrou na propriedade seguida por uma BMW X6 vinho e um Kia Soul que eu sabia perfeitamente de quem era, meu coração começou a bater muito forte, fiquei olhando de longe, da Hilux desceu Pablo, Marcely e minha sobrinha Alice, da BMW saiu Marcelo e Emily, e do Kia saiu Hiago e Giovana, não gostei de vê-los juntos não, mas me distraí totalmente com a bermudinha que Giovana usava, caminhei com meu filho no colo até onde eles estavam e quando Giovana me viu ela arregalou os olhos, encarou Hiago e saiu em direção à praia. Hiago estava indo atrás dela, barrei ele.

—E aí, brother. –Sorri. Ele me abraçou.

—Preciso ir falar com ela, eu garanti que você não ia estar aqui.

—Deixa que eu me explico, segura ele pra mim. –Dei meu filho no colo de Hiago, cumprimentei todo mundo, até Marcely que agora estava de bem comigo e fui até a praia atrás dela. 

AQUELE VERÃO - COMPLETAOnde histórias criam vida. Descubra agora