Capítulo 44

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Mason

Aqueles vinte minutos foram os mais dolorosos da minha vida, finalmente reconheci que eu também tive a minha parcela de culpa no que aconteceu entre Marcely e Thiago, Giovana me fez ver isso, a realidade era que tudo eu contava para o meu irmão, e quando eu me apaixonei de verdade, eu não tive coragem de contar, tudo aquilo gerou isso, por causa de uma vingança idiota a única garota que em anos me fez sentir um humano com sentimentos, estava sob a mira de uma arma. Ela me olhava nos olhos e tentava dizer algo, em um movimento rápido ela agachou e golpeou De la Fuente, foi muito rápido, ela o golpeou, ele colocou o dedo no gatilho e eu atirei nele aproveitando sua distração, ele caiu morto com um tiro na cabeça, Giovana olhou para o cara no chão de os olhos esbugalhados e sem vida, então desmaiou, caindo por cima do corpo do homem morto.

—Mama, faça as filmagens e mande para o Garcez, tome cuidado pois a casa está sendo vigiada ainda.

—Neto acabou de me ligar, que os homens que foram encontrados aos redores da casa estão derrubados.

—Mas mesmo assim tome cuidado, eu preciso tirar ela daqui e levar para o esconderijo, depois preciso abrir caminho para voltar para o Brasil.

—Você matou ele, o exército dele vai vir atrás de você, terá uma guerra e talvez você não sobreviva. –Peguei Giovana nos meus braços e desci para um esconderijo subterrâneo, molhei um paninho com álcool e logo ela recobrou os sentidos.

—Giovana, você tem que ver esses seus desmaios, aquela vez do Leandro você também desmaiou, tem que ver isso.

—Pressão baixa, sempre tive isso desde os 15.

—Você devia fazer uma consulta, algumas causas de desmaio são inofensivas, outras podem ser mais graves. Um dispositivo de monitoramento pode ajudar seu médico a concluir ou excluir que um ritmo cardíaco anormal está fazendo você desmaiar. –Ela colocou a mão nos cabelos e olhou em volta, se encolheu e começou a chorar.

—Onde eu estou? Estou presa? Hiago me tira daqui.

—Calma, calma. –Ela começou a chorar e me abraçou, seus braços frágeis estavam tremendo. —Olha pra mim Giovana. –Afastei ela e olhei nos olhos dela, coloquei ela sentada e me agachei perto dela, segurei seus joelhos. —Eu vou ter que sair agora, tem muitos homens atrás de mim, e eu não posso ficar aqui para tua própria segurança.

—Hiago fica aqui comigo, eu tenho medo de ficar sozinha, por favor. –Ela chorava.

—Eu preciso ir, de La Fuente está morto e os homens dele estão furioso, eu tenho que tentar escapar sem deixar pendencias, por isso eu tenho que ir atrás deles, olha para mim. –Disse segurando o rosto dela. —Giovana me escuta, você vai ficar aqui, se eu não voltar em duas horas.... –Ela me interrompeu.

—Se você não voltar em duas horas é porque você estará morto? –Ela soluçou. Peguei um pacote com algumas coisas dentro.

—Aqui estão, seu celular, mas está sem bateria e os seus documentos que estavam no seu bolso no dia que peguei você, também tem uma carta que escrevi de madrugada, não saberia dizer tudo que quero pessoalmente, então aqui está a carta, tem um número, e um relógio, quando passar duas horas, você vai até aquele telefone. –Apontei para um aparelho na parede. —E vai ligar para o Neto vir te pegar, você só vai sair desse esconderijo quando ele te tirar, me entendeu?

—E a mama?

—Mama já deixou o abrigo. Giovana promete que vai me obedecer?

—Promete que não vai morrer?

—Isso eu não posso prometer, mas prometo que vou tentar e eu sinto muito por ter destruído a sua felicidade, se meu irmão não te perdoar, é porque ele não merece você. –Me afastei dela com um nó na garganta e depois me aproximei de novo, dei um beijo na testa dela. —Só lê a carta quando chegar ao Brasil, quando estiver no conforto da sua casa. –Então saí e a deixei com lagrimas nos olhos.

Giovana

Aquelas duas horas, pareciam anos e anos, tantas coisas passaram pela minha cabeça, cogitei até a hipótese de que Thiago me interpretaria mal, não sei o que Hiago falou pra eles, também não tem como ver se eles me mandaram mensagens porque o celular está sem bateria, mas eu não preciso me preocupar, porque Thiago me ama, e vai me escutar, será que ele cancelou tudo? Mesmo se eu voltar hoje vou chegar só na madrugada, mas podemos casar amanhã. O importante é que nosso amor é maior que tudo. Pensei em Hiago e confiava que a qualquer momento ele voltaria e me levaria para casa, eu sei que eu devia odiar ele, por todo o medo que me causou, por todo o frio que passei, e por ter me afastado do meu noivo bem nas vésperas do meu casamento, mas veja pelo lado bom, ele me poupou de gastar dinheiro com aula para habilitados, e não é só isso, ele tem aquela casca de malvado, mas ele é um docinho. Não curti muito o selinho que ele me deu, eu não entendi direito, mas o que importa é que ele é meu irmão também, e eu estou feliz por ele estar vivo.

Duas horas em ponto e ele não chegou, meu coração começou a doer e a sentir um grande vazio, eu havia perdido ele também, não quero nem imaginar ele caído com uma bala no crânio, esperei mais meia hora e ele não veio, então liguei para o número que ele deixou, e meia hora depois escutei a porta do esconderijo abrindo, tive esperança que fosse ele mais não, era outro cara, me encolhi no canto de medo.

—Ele não voltou? –O tal cara perguntou e eu balancei a cabeça em negativa e ele respirou e apertou os olhos, virou de costas e fungou.

—Você acha que ele morreu?

—Impossível ter sobrevivido. Vamos, vou te levar para casa. –A parte "a" da frase me deu uma sensação de perda, de vazio. Mas a parte "b" me fez sorrir e me deu uma sensação de alivio, eu voltaria para casa.

Saímos por uma outra saída, igual ao primeiro abrigo, essa casa também tinha um carro na garagem que saia em outra estrada. Eu estava cansada, emocionalmente abalada, fedendo a vomito, mas estava voltando para casa. Assim que entramos na aeronave neto me mostrou minha cabine, minha roupa que usava no dia do rapto, estava lá dobradinha, os aquecedores foram ligados e começou a esquentar, a aeronave era tão chique que tinha até banheiro com chuveiro. Antes de começarmos a nossa viagem tomei um banho e vesti as minhas roupas e me acomodei em uma das poltronas. Neto recebeu uma ligação do tal Garcez, avisando que Hiago poderia ter sido preso pelos caras do de La Fuente, e que seus homens estavam a procura, não podíamos sair do México sem ter a certeza de que Hiago estava ou não vivo. Depois de três dias fomos liberados para voltar para o Brasil, e Hiago não foi encontrado, segundo os homens ele tinha sido eliminado.

Depois de 9 horas e vinte minutos, neto me acordou porque tínhamos chegado em são Paulo, agradeci e peguei a carta, dobrei e coloquei no bolso, meu celular coloquei em outro bolso e peguei um taxi, para o CONDOMÍNIO EDIFÍCIO DESIGN ARTE JARDINS. Era uma e meia da manhã, o porteiro me atendeu.

—Oi, eu sou a noiva do doutor Thiago Ferraz, pode me liberar? –Disse sorridente, e o porteiro deu um sorrisinho debochado.

—Hum, o doutor Thiago, está de plantão hoje.

—Obrigada. –Parei outro taxi e fui para o Sírio-libanês, chegando lá peguei o elevador para a cirurgia e encontrei encostados em um dos balcões Isa, Jackson e outras duas medicas, elas me olharam, Jackson parecia nervoso, mas Isa tinha um sorriso no rosto. —Oi, poderiam chamar o Thiago para mim?

—Já chamo. –Jackson disse quase derrubando o aparelhinho da mão.

—Jackson ela conhece o caminho, ele está no conforto medico, pode ir lá. –Ela deu uma risadinha com as duas medicas e eu estava sem entender.

—Eu...... –Jackson ia falar alguma coisa, mas Isa puxou ele pela gola da camisa, que estranho, Jackson nervoso, Isa com esse sorrisinho, tem caroço nesse angu.

Caminhei com meu coração na mão, alguma coisa estava errada, Isa estava muito estranha,aquele sorrisinho de vitória dela, não era coisa boa, apressei os passos e abri abruptamente a porta do conforto e.................Ah.................minhas pernas bambearam, meu coração falhou, tudo porque o vi................................ali............................???

AQUELE VERÃO - COMPLETAOnde histórias criam vida. Descubra agora